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38 | II Série A - Número: 102 | 23 de Abril de 2009

3. Património histórico-cultural 1. São Pedro do Sul tem no património construído, paisagístico e gastronómico, uma das suas principais riquezas e oportunidades de desenvolvimento económico. Espalha-se por todo o concelho como manifestação de uma memória comum, conferindo grande variedade da escolha turística e cultural.
Do muito património histórico-cultural, que na vila de S. Pedro do Sul pode ser apreciado, sobressaem: Piscina de D. Afonso Henriques (MN Monumento Nacional - 28 536, DG 66, de 22-03-1938) – Mais conhecida por "Banho", ou "Caldas de Lafões", esta construção localiza-se no epicentro das actuais Termas de S. Pedro do Sul, cujas nascentes de água se situam na margem esquerda do rio Vouga. É um dos complexos termais de origem romana mais bem conservados dos existentes no actual território nacional. As investigações arqueológicas determinaram que a piscina romana fora revestida a opus signinum, correspondendo, muito provavelmente, à zona de banhos frios - frigidarium -, uma vez que parece encontrar-se destituída de vestígios da cobertura essencial no caso de se tratar da sala destinada à água tépida - tepidarium - ou quente - caldarium. É possível, no entanto, que se tratasse do natatio, tanque de grandes dimensões tradicionalmente rasgado a céu aberto, cujas águas eram, neste caso, escoadas para o rio Vouga através do esgoto ainda visível na actualidade.
Igreja da Misericórdia – Data do século XVIII e é composta por uma só nave, capela-mor, coro alto, sacristia. A fachada principal é tipicamente barroca e os seu interior mostra tectos pintados, retábulos de talha dourada e policroma de linguagem rococó e estatuária.
Palácio de Reriz (IIP Imóvel de Interesse Público – 129/77, DR 226, de 29-09-1977) – história do Palácio do Marquês de Reriz encontra-se directamente relacionada com a presença da rainha D. Amélia nas Termas de São Pedro do Sul, que frequentou no final do século XIX hospedando-se, por diversas vezes, neste solar. A arquitectura barroca do Palácio testemunha, precisamente, a época em que foi construído, denotando uma série de características comuns a tantas outras edificações do primeiro quartel do século XVIII. Na fachada principal, com janelas de sacada, rematadas por frontões de volutas interrompidos, destaca-se, ao centro, o portal, com frontão também de volutas, mas em cujo tímpano figura o brasão de armas dos Almeida.
Convento de São José (IIP Imóvel de Interesse Público – 32 973, DG 175, de 18-08-1943) – No antigo convento de São José encontram-se, actualmente, os Paços do Concelho de São Pedro do Sul, que para aqui se mudaram em 1842, na sequência do Decreto de Extinção das Ordens Religiosas, que pôs fim à curta vida conventual deste edifício. A igreja destaca-se pela escadaria que a antecede, delimitada por balaustrada na zona do patamar. esta composição recorda a frontaria de um outro convento franciscano, situado na cidade de Viseu - o convento de São Francisco do Monte. Ambas denotam a influência da arquitectura barroca, de cariz franciscano. No interior, salientam-se os retábulos de talha dourada, principalmente o da capela-mor, com colunas pseudo-salomónicas. Por fim, o claustro, de dois andares, é formado por arcadas de capitéis da ordem toscana no piso térreo, e no segundo nível por colunas semelhantes mas assentes em suportes quadrangulares com os cantos chanfrados.
Na vila e nas imediações é possível encontrar alguns edifícios que pela sua particularidade arquitectónica, merecem aqui referência: o Palacete dos Correia de Lacerda, o Palacete dos Condes da Lapa, o Palacete de Palme-Moniz, o Balneário Rainha D. Amélia e Centro de Férias do INATEL, e ainda várias capelas: Capela de S. Martinho, Capela de Santo António e a Capela de S. Sebastião.
2. Merecem ainda referência, porque são motivo de muitas visitas turísticas: Convento de São Cristóvão de Lafões - A fundação conventual tem suscitado muitas dúvidas e interpretações, mas, hoje, e à luz da documentação, parece relativamente consensual considerar-se D. João Peculiar, Bispo do Porto, como fundador deste convento que, de início, abraçou a regra de Santo Agostinho e mais tarde a de São Bento. Por fim, a adesão a Cister foi última alteração da regra a observar no convento, que ocorreu em data próxima do ano de 1161.
Durante o período medieval, São Cristóvão de Lafões foi uma instituição muito rica, com rendimentos consideráveis. Contudo, e à semelhança de boa parte dos mosteiros cistercienses, chegou ao século XVI num estado de considerável ruína, devido à gestão danosa dos abades comendatários. O convento, que dispunha das habituais dependências, organizava-se em torno do claustro, de dois pisos, formado por cinco arcos de volta perfeita e definidos por pilastras de ordem toscana. A zona Este encontra-se incompleta e a igreja situa-

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