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150 | II Série A - Número: 120 | 23 de Maio de 2009

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 496/X (4.ª) MEDIDAS PARA ENCORAJAR E SUSTENTAR UM PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA PATA O DESAFIO DE VENCER A CRISE QUE ATINGE O PAÍS

1 — Objectivos

A presente crise mergulha a sociedade portuguesa no receio de que está em causa tudo o que deu por adquirido até hoje, aumentando a cada dia a sensação de que faltam soluções sustentáveis para colocar o País na rota dos países mais desenvolvidos da Europa.
E num mundo marcado pela disseminação do acesso à informação e ao conhecimento, o papel do cidadão torna-se decisivo e o seu escrutínio sobre a vida económica, social e política revela-se acrescido, incontornável e visível a cada dia que passa.
Os subscritores da presente iniciativa consideram que o País só ultrapassará as suas actuais dificuldades se as enfrentar numa dinâmica de mudança, com os olhos postos no futuro e se essa mudança mobilizar a sociedade e o que ela tem de melhor.
As grandes mudanças têm hoje que contar com os cidadãos e estes não se mobilizam apenas em torno dos temas do emprego ou do consumo.
As últimas eleições nos Estados Unidos mostraram como uma nação pode, em momentos críticos, expressar um sentimento mais profundo do que o simples desejo de trocar um presidente por outro.
Em Portugal importa perceber que os portugueses já não estão hoje tão preocupados em mudar apenas de governo e de primeiro-ministro.
Os subscritores acreditam que é possível mobilizar o conjunto da sociedade portuguesa.
Muitas vezes ouve-se argumentar que não se pode andar mais depressa porque os portugueses não estão preparados.
Depois do 25 de Abril os jovens deixaram de cantar o hino nacional nas escolas, como se isso fosse algo piroso ou expressão de saudosismo do passado. É natural que hoje os jovens não conheçam o hino nacional.
Mas não é culpa deles! O termo Pátria perdeu sentido, ao mesmo tempo que uma Nação com uma alma universal foi levada a depositar o seu futuro sobretudo na Europa e nos fundos comunitários.
Os nossos jovens não são educados a amar a sua Pátria que deu origem a outras sete, espalhadas pelo planeta, onde mais de 200 milhões de pessoas se entendem numa mesma língua.
Hoje, só eventos esporádicos, como no campo desportivo, dão aos portugueses um sentimento de serem alguém no contexto das nações, não admirando, por isso, uma atitude de desânimo e descrença quando as coisas não correm pelo melhor no plano económico, o que nos coloca normalmente entre os menos confiantes da Europa.
Importa deixar claro, no entanto, que os portugueses não têm todos esta postura, não sendo assim por razões genéticas ou simplesmente culturais, pois de outra forma Portugal não tinha chegado até hoje, ostentando o estatuto de nação mais antiga da Europa.
E há outros factos que atestam esta tese.
Basta lembrar que dos cerca de 15 milhões de portugueses que somos cerca de um terço vive em países onde se integrou e se habituou a regimes legais e a organizações do trabalho bem mais exigentes, e nem por isso ficou traumatizado. Além disso, e na maioria dos casos, os que emigraram não eram os mais qualificados.
Para complicar, ainda tiveram que aprender uma segunda língua.
Não é fácil apontar povos com uma capacidade de ajustamento e adaptação ao meio e a culturas diferentes da sua tão notável como a do povo português.
E certo que a economia nacional não pode contar com tantos recursos como algumas nações mais ricas, e apresenta ainda défices arreliadores em várias áreas. Mas, mesmo assim, o País pode ter um melhor desempenho económico e social.
Por isso, este é apenas mais um momento da história que convoca todos os portugueses.
É preciso falar verdade, assumindo a realidade, mas simultaneamente estabelecendo objectivos que nos dignifiquem no contexto das nações e alimentem o orgulho nacional.

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