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160 | II Série A - Número: 120 | 23 de Maio de 2009

escritórios, de edifícios de todo o tipo, contaminando o conjunto da economia e afectando a sua competitividade global.
Por outro lado, noutros países europeus o promotor imobiliário tem que construir até 25 % de habitações a custos controlados, enquanto no nosso país as autarquias têm a faculdade de o poder exigir, mas não é obrigatório.
Além disso, casas com 20 a 30% menos de área teriam sido perfeitamente adequadas, mais baratas, mais económicas na utilização e manutenção.
O desperdício foi colossal, e continuará a ser, mesmo construindo-se menos, a não ser que haja coragem para fazer certas escolhas.
Alimentos: segundo estudos apresentados na última World Water Week (Suécia), a proporção do desperdício de alimentos no mundo desenvolvido é calculada entre 30% e 50%.
Não há estudos para Portugal, mas tendo como base a despesa com alimentação das famílias portuguesas, e os dados de um estudo mandado elaborar pelo Governo inglês sobre o desperdício de alimentos no Reino Unido, os subscritores estimam, que o desperdício de alimentos em Portugal não será inferior a 1% do PIB, por ano.
Uma maior racionalidade na compra e consumo de alimentos permitirá estimular uma agricultura biológica em Portugal, reduzir importações, melhorar a saúde dos portugueses e os orçamentos familiares.
É fundamental, por isso, envolver as nossas universidades no estudo da nossa situação, demonstrar como o consumo de alimentos é excessivo, prejudicial para a saúde, desperdiçador de vastíssimos recursos em água, em energia, e em destruição ambiental.
Em seguida, impõe-se agir pelo lado da informação, demonstração e educação das novas gerações.
Água: Portugal é o sexto maior consumidor mundial de água per capita. Estudos nacionais, concluídos pelo Governo em 2001, apontam para um desperdício anual da ordem dos 3100 milhões de m3 de água captada, o equivalente a 0,64% do PIB. Há igualmente estudos sobre o desperdício nas habitações e há recursos financeiros no QREN para investir neste sector.
Importa acelerar a concretização do PNUEA (Programa Nacional para o uso Eficiente da Agua), aprovado em Junho de 2005.
Combater o desperdício de água no País é, nesta altura, um excelente e oportuno investimento para criar emprego local, envolver pequenas e médias empresas, autarquias e famílias. Só a recuperação dos sistemas municipais de distribuição de água em baixa pode representar um programa de investimentos da magnitude do plano de barragens em curso, com uma consequência importantíssima: Numa barragem, o valor da mão-deobra não irá além dos 1.7-18% do investimento, enquanto nas obras de remodelação do sistema de abastecimento de água municipais poderá ultrapassar o triplo daquele montante! Medicamentos: este é um caso triste em toda a linha. Estudos concluídos em 2005 (para a Associação Nacional de Farmácias) demonstraram um elevadíssimo nível de desperdício em medicamentos prescritos e não consumidos (mais de 49%), devido ao abandono da medicação por parte dos doentes, quando começam a sentir melhoras, e também devido à dimensão excessiva das embalagens.
Num mercado da ordem dos 4000 milhões de €, se tivçssemos um nível de utilização de gençricos como tem a Alemanha (mais de 50%>), e se já estivéssemos a aplicar a unidose na dispensa de medicamentos, o País (Estado e cidadãos) estariam a gastar muitas centenas de milhões de € a menos por ano.
A política do medicamento em Portugal tem sido consequência da falta de vontade e empenho políticos, por cedência à pressão dos interesses económicos.
Nenhum Governo português pode sentar-se à mesa com a indústria para negociar favores, porque quem os tem feito até agora têm sido o Estado e os portugueses, e é urgente pôr em primeiro lugar o interesse de quem paga.
Há medicamentos genéricos que não são comercializados há anos no País porque há acções em tribunal para o impedir, jogando apenas com a morosidade da justiça! Uma redução da ordem do 400 milhões € anuais nos encargos do Estado permitir-lhe-iam investir, de forma rentável, cerca de 5000 milhões de €. Este montante não tem que ser aplicado todo na produção. Pode ir também para o apoio fiscal ao sector industrial, premiando o investimento efectivo na investigação e na produção de medicamentos genéricos para o mercado interno e exportação, e no incentivo a médicos e farmacêuticos.

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