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25 | II Série A - Número: 125 | 22 de Julho de 2010

O caminho para que o Estado recupere o controlo da tecnologia da sua informação é o da utilização, a cada nível de produtos, de sistemas operativos e aplicações que garantam a possibilidade de ele próprio inspeccionar detalhadamente o seu funcionamento e de poderem ser por si ser modificados e distribuídos.
Estes produtos existem na nossa sociedade com o nome de software livre ou equivalentemente software open source.
O projecto GNU, da Free Software Foundation, criada por Richard Stallman em 1984, marcou o início do Movimento de Software Livre, para mudar a situação de dependência generalizada das empresas e Estados em relação aos grandes produtores de software. O primeiro objectivo deste movimento seria o de desenvolver um sistema operativo compatível com o UNIX, que seria 100% livre, tanto para a sua modificação como para a sua distribuição. O novo software deveria partir das seguintes premissas: Liberdade para executar o programa, para qualquer propósito; Liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as necessidades do utilizador. Liberdade de redistribuir cópias; Liberdade de distribuir versões modificadas do programa, de tal forma que a comunidade pudesse beneficiar com as melhorias que vão sendo feitas.

A distribuição de software livre pode ser feita sob forma comercial em soluções prontas, em serviços à medida, em contratos de desenvolvimento e manutenção ou enfim qualquer outro modelo que seja compatível com as premissas acima mencionadas. O software pode ser vendido mas o código fonte não pode ficar escondido.
Em 1991 um estudante finlandês de 21 anos, Linus Torvalds, deu um passo fundamental neste sentido, com a apresentação do LINUX, que abriu a possibilidade da utilização maciça de software livre em computadores pessoais.
Desde então o software livre tem sido desenvolvido e aperfeiçoado constantemente por inúmeros programadores e empresas em todo o mundo. A evolução das soluções permitiu alcançar um elevado grau de estabilidade e fiabilidade em aplicações que cobrem uma grande parte da esfera de utilização de software, em muitos dos casos podendo ser consideradas de qualidade superior aos produtos de software de proprietário.
Existe um número crescente de empresas a basear todo o seu trabalho em tecnologias de software livre tanto da perspectiva de consumo como da perspectiva de fornecimento de tecnologia.
Hoje, mesmo algumas das maiores empresas da indústria informática aderiram pelo menos parcialmente aos princípios da Free Software Foundation e estão permanentemente a ser desenvolvidas novas aplicações com ou sem fins comerciais. O sistema operativo LINUX é usado por milhões de pessoas em todo o mundo directamente ou de forma integrada em produtos e serviços. Mas também muitos outros produtos tais como o Open Office, o Firefox, GNOME, KDE, Apache, Alfresco, PHP, Perl, Python, Java estão disponíveis no mercado, com diferentes condições para o seu uso. Neste contexto é importante recordar que, mesmo sendo o acesso ao código fonte possível sem restrições, a implementação de software livre não é necessariamente gratuita. Mas, não sendo sempre gratuito, o seu desenvolvimento partilhado promove um custo reduzido e as restantes características anteriormente enunciadas reforçam o seu carácter estratégico.
A disseminação de programas de software livre por muitas empresas, particularmente na parte mais sensível da cadeia de valor, decorre das seguintes vantagens: 1. A liberdade de criar soluções próprias que muitas vezes estariam comprometidas pela dependência em relação a soluções fechadas de software; 2. A segurança e estabilidade funcional dos seus sistemas de informação na produção, organização, gestão e distribuição de informações; 3. A possibilidade de, em algumas situações, reutilizar equipamento informático que estaria obsoleto, graças às menores exigências de capacidade de processamento do algum do software livre; 4. A drástica redução de custos.

Antes de mais, a experiência mostra que o software livre dá maiores garantias de segurança e de defesa da privacidade dos cidadãos. Esse facto é facilmente verificável pela quase inexistência de vírus informáticos em plataformas de software livre. Diminui, com a utilização deste software, o risco de infiltração nos dados Consultar Diário Original

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