O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

21 | II Série A - Número: 089 | 18 de Fevereiro de 2011

de um corpo clínico bem preparado e adequado à procura do serviço hospitalar pela população do Alto Tâmega, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.
Prestava excelentes cuidados de saúde às populações e possuía um bom serviço de maternidade de proximidade, cuja assistência cumpria com requisitos de número e segurança que, segundo o estudo desenvolvido pela Entidade Reguladora de Saúde, alguns prestadores não públicos, ainda hoje, não preenchem.
Numa situação de proximidade com os utentes e numa carecida região do interior, o Hospital Distrital de Chaves mostrava-se perfeitamente apto na resolução dos problemas e avançado no que diz respeito à utilização das melhores técnicas médicas.
Registe-se, ainda, o facto de ter recebido, em 2006, o prémio «Serviço Público Inovação», em virtude de ter sido pioneiro na utilização das novas tecnologias na gestão dos processos clínicos dos doentes com a implementação do Sistema de Informação Centralizado (Projecto ALERT Free Hospital), que permitiu a dispensa completa do uso de papel.
Porém, em 2007, o Hospital Distrital de Chaves foi integrado no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE e, após esta integração, a Unidade Hospitalar de Chaves perdeu recursos humanos altamente diferenciados e algumas valências médicas, ficando outras com um quadro reduzido de médicos, o que poderá mesmo colocar em causa a viabilidade da própria urgência, enquanto urgência médico-cirúrgica.
Três anos após a integração no CHTMAD, EPE, a população do Alto Tâmega encontra-se cada vez mais desprotegida e a situação da Unidade Hospitalar de Chaves é desoladora:

Tem vindo a perder funcionários; O número de médicos tem conhecido substanciais reduções, possuindo hoje menos 35, o que corresponde a cerca de metade dos médicos existentes antes da integração; Fecharam serviços como a Obstetrícia (maternidade), a Nefrologia, a Imunoalergologia, a Imunohemoterapia e a Medicina Forense; Reduções extremamente preocupantes no número de médicos em especialidades fundamentais para o funcionamento da urgência médico-cirúrgica, como médicos cirurgiões, anestesistas, internistas, patologistas, radiologistas e pediatras; Para além de tudo isto, a Unidade Hospitalar de Chaves perdeu vários serviços, com reflexos visíveis na economia local, como seja, nomeadamente, a cozinha, a lavandaria e toda a aquisição de consumíveis; A agravar a situação ainda temos os investimentos prometidos e programados que nunca chegaram a ser realizados, como seja a ampliação e modernização do bloco operatório e do recobro, entre outras.

Esta situação tem fomentado um sentimento de insegurança por parte dos utentes que recorrem a esta unidade hospitalar, para além dos custos acrescidos que representa para as populações do Alto Tâmega o acesso aos cuidados de saúde diferenciados.
Custos associados à necessidade de recorrer a instituições privadas por ter deixado de haver resposta a nível dessa unidade hospitalar, de que é exemplo o fecho da maternidade, que tem vindo a condicionar a opção de algumas mulheres pela prática da cesariana em centros privados, ou os custos associados à ausência de resposta eficaz em algumas especialidades, ou ainda os custos de transporte, uma vez que se verifica um número crescente de transferências, internamentos e até de consultas na Unidade de São Pedro de Vila Real, cuja tendência é para aumentar se for mantido o ritmo de desqualificação da Unidade Hospitalar de Chaves.
Na verdade, a integração do Hospital Distrital de Chaves no CHTMAD, EPE, é olhado por toda a gente como um verdadeiro fracasso.
Hoje, a Unidade Hospitalar de Chaves perdeu toda a sua autonomia, muitos serviços encerraram, com graves prejuízos para as populações do Alto Tâmega.
E não são apenas os utentes e as populações a afirmar o seu descontentamento. Também a Associação de Municípios do Alto Tâmega tem vindo a alertar para a má qualidade do serviço prestado pela Unidade Hospitalar de Chaves.
O próprio Governo chegou a reconhecer, há um ano atrás, problemas com o serviço de urgência da Unidade Hospitalar de Chaves.

Páginas Relacionadas
Página 0020:
20 | II Série A - Número: 089 | 18 de Fevereiro de 2011 A Assembleia da República recomenda
Pág.Página 20
Página 0022:
22 | II Série A - Número: 089 | 18 de Fevereiro de 2011 Assim, e considerando a completa de
Pág.Página 22