O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 DE JANEIRO DE 2013

23

A ‘comissão Nicolas’ de 2002 parecia tornar possível o reconhecimento da osteopatia e da quiropráxia mas,

no final, só a acupunctura e a homeopatia constituem atualmente “orientações médicas legais”.

Osteopatia

O governo francês propôs a seguinte definição administrativa de osteopatia: ”a osteopatia e a quiropráxia

constituem um conjunto de práticas manuais concebidas para identificarem as disfuncionalidades de

mobilidade do corpo e de as curar através de técnicas apropriadas”. Esta definição não foi aprovada pelas

associações representativas dos osteopatas e dos quiropráticos, o que parece normal visto que a quiropráxia e

a osteopatia diferem em muitos aspetos.

Decretos publicados recentemente excluem estritamente o ensino destas duas matérias altamente

controversas nas escolas de osteopatia francesas: o Decreto de 25 de março de 2007 “relativo à formação em

osteopatia, à comissão de acreditação das instituições de formação e às medidas derrogatórias”; e o Decreto

n.º 2007-435 de março de 2007 “relativo aos atos e às condições de exercício da osteopatia”.

Desde a lei Kouchner [Loi n.° 2002-303 du 4 mars 2002 relative aux droits des malades et à la qualité du

système de santé], de março de 2002 (artigo 75.º), que reconhece o título de osteopata e de quiroprático, a

osteopatia praticada pelos não-médicos já não é ilegal em França. A formação, no entanto, está sob o controlo

do Ministério da Saúde. Os médicos, entretanto, podem praticar estas disciplinas como um exercício de

orientação, tal como um homeopata ou um acupunctor.

Quiropráxia

Na França, os atos praticados por quiropráticos não são contratados pelo seguro de saúde e, como tal, não

são comparticipados pela Segurança Social. O custo total das consultas e tratamentos são da

responsabilidade do paciente. Cada vez mais os seguros de saúde complementares aceitam no entanto uma

comparticipação parcial dos tratamentos proporcionados, de acordo com as condições contratuais

previamente estabelecidas. Os honorários são totalmente livres e variam de acordo com os praticantes: de 35

a 70 euros por sessão em média, raramente mais de 100 euros de acordo com os profissionais e a natureza

do ato.

A atividade de quiroprático foi regulamentada pela lei Kouchner de março de 2002 (artigo 75.º), ao mesmo

tempo que a de osteopata. O decreto de aplicação foi aprovado em janeiro de 2011: Decreto n.º 2011-32 de 7

de janeiro de 2011 “relativo aos atos e às condições de exercício da quiropráxia”. Além disso, obtiveram o

direito de manipular as cervicais, prática muito controversa em França.

A formação também se encontra regulamentada (Arrêté du 20 septembre 2011 relatif à la formation des

chiropracteurs et à l'agrément des établissements de formation en chiropraxie), sendo necessário um mínimo

de 3520 horas de curso teóricas e práticas para obter o reconhecimento profissional de quiroprático.

Homeopatia

O exercício profissional da homeopatia releva da medicina. Um homeopata é necessariamente um médico.

Pode ter um diploma universitário de homeopatia emitido pelas faculdades de Farmácia, mas não é uma

obrigação legal. A prática médica da homeopatia, anteriormente tolerada, foi reconhecida a partir de 1997 pelo

‘conselho da ordem dos médicos’5.

Como alguns outros medicamentos, os ‘remédios homeopáticos’ podem também ser prescritos por outros

profissionais de saúde, tais como as parteiras ou os fisioterapeutas. Os medicamentos homeopáticos são de

venda livre nas farmácias sem receita. A autorização para a sua colocação no mercado (AMM) aplicável a

todos os novos medicamentos é substituída por um simples registo junto da “Agência nacional de segurança

do medicamento e dos produtos de saúde (ANSM).”

No sítio do Centro de Análises e Estratégia do Gabinete do Primeiro-Ministro francês, pode-se consultar a

seguinte ligação: “Quelle réponse des pouvoirs publics à l’engouement pour les médecines non

conventionnelles?”

5 http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=1595949

Páginas Relacionadas
Página 0019:
9 DE JANEIRO DE 2013 19 meses em que são pagos ou postos à disposição do trabalhado
Pág.Página 19
Página 0020:
II SÉRIE-A — NÚMERO 60 20 PARTE I – CONSIDERANDOS 1 – I
Pág.Página 20
Página 0021:
9 DE JANEIRO DE 2013 21 3 – Do enquadramento constitucional, legal e anteced
Pág.Página 21
Página 0022:
II SÉRIE-A — NÚMERO 60 22 Este relatório alerta para a necessidade de
Pág.Página 22
Página 0024:
II SÉRIE-A — NÚMERO 60 24 Itália Em Itália a situação é de cer
Pág.Página 24
Página 0025:
9 DE JANEIRO DE 2013 25 Palácio de S. Bento, 8 de janeiro de 2013. A Deputad
Pág.Página 25
Página 0026:
II SÉRIE-A — NÚMERO 60 26 II. Apreciação da conformidade dos requisit
Pág.Página 26
Página 0027:
9 DE JANEIRO DE 2013 27 ECPM – European Council of Doctors for Plurality in Medicin
Pág.Página 27
Página 0028:
II SÉRIE-A — NÚMERO 60 28 Como a Europa se debate com um número cresc
Pág.Página 28
Página 0029:
9 DE JANEIRO DE 2013 29 A medicina “convencional” baseia-se em tratamentos que semp
Pág.Página 29
Página 0030:
II SÉRIE-A — NÚMERO 60 30 a 70 euros por sessão em média, raramente m
Pág.Página 30
Página 0031:
9 DE JANEIRO DE 2013 31 Organizações internacionais ORGANIZAÇÃO MUNDI
Pág.Página 31
Página 0032:
II SÉRIE-A — NÚMERO 60 32 convencionais”. Esta apresentação fo
Pág.Página 32
Página 0033:
9 DE JANEIRO DE 2013 33 A regulamentação agora proposta não assentou, ao contrário
Pág.Página 33