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6 DE MARÇO DE 2013

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b) Disponibilização, na página eletrónica do ACT, de informação estatística atualizada e de

qualidade, com desagregação dos dados em função do género.

Palácio de S. Bento, 1 de março de 2013.

Os Deputados: Luís Montenegro (PSD) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — Teresa Leal Coelho (PSD) —

Teresa Anjinho (CDS-PP) — Maria Paula Cardoso (PSD) — Teresa Caeiro (CDS-PP) — Carla Rodrigues

(PSD) — Inês Teotónio Pereira (CDS-PP) — Mónica Ferro (PSD) — Artur Rêgo (CDS-PP) — Margarida

Almeida (PSD) — João Pinho de Almeida (CDS-PP).

———

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 636/XII (2.ª)

RECOMENDA AO GOVERNO A ADOÇÃO DE MEDIDAS DE DIVULGAÇÃO E APOIO À PRÁTICA DE

ANO SABÁTICO (GAP YEAR), EM PORTUGAL

O conceito de Ano Sabático (Gap Year) surgiu no Reino Unido na década de 60, quando se começa a

disseminar a prática de realização de uma pausa na vida quotidiana, escolar ou profissional, com a duração

usual de um ano, e com o objetivo de realização de outras atividades formativas ou profissionalizantes,

preferencialmente num País estrangeiro ou no quadro de uma deslocação por vários países.

Este “ano de intervalo”, que pode ocorrer em qualquer faixa etária mas que atualmente versa sobretudo os

jovens em transição de ciclos de estudo, pode ser explorado nas mais diversas perspetivas, seja a partir de

uma dimensão de voluntariado, seja a partir de uma dimensão de reflexão, turismo ou descanso, ou ainda de

uma dimensão de procura de novas experiências profissionais.

É precisamente esta característica de adaptação à mudança que torna este conceito abrangente e que

permite a cada indivíduo, consoante aquilo que pretenda experienciar, criar a sua própria definição de Ano

Sabático (Gap Year).

Dos relatos transmitidos por vários “Gap” (conceito que usualmente identifica aqueles que já vivenciaram

este tipo de projetos), esta experiência é enriquecedora, tanto a nível pessoal como a nível profissional,

permitindo conhecer novas realidades e culturas, potenciando o desenvolvimento pessoal virado para a

cidadania global e facilitando a capacidade de adaptação às diferentes realidades da vida e contextos

sociogeográficos, contribuindo para a criação de relações humanas mais fortes e equilibradas.

Num mundo culturalmente diverso, mostra-se fulcral a existência de um diálogo intercultural que permita

ultrapassar o paradigma de que as culturas são realidades estáticas e, consequentemente, que reforce a sã

convivência e colaboração entre diferentes formas de vida, em prol da consciencialização para os valores

partilhados e para os objetivos comuns e ainda do reforço da interação civilizacional propiciadora de uma nova

realidade mundial.

Paralelamente, num futuro centrado no conhecimento, na inovação e no empreendedorismo, o incentivo à

mobilidade dos jovens portugueses permitiria a realização de uma experiência pessoal enriquecedora, abrindo

horizontes para novas perspetivas no mundo da educação e da formação.

As mais-valias inerentes ao Gap Year fazem com que, desde a sua origem, esta prática venha a ganhar

cada vez mais participantes em diversos países como a Alemanha, os Estados Unidos da América, a Noruega,

a Austrália ou a Inglaterra – onde hoje se estima que, por ano, cerca de 200 mil jovens participam num

programa de Gap Year.

Em Portugal, esta tendência vem sendo cada vez mais disseminada no seio dos jovens, não obstante o

descrédito que ainda lhe é, por vezes, institucional ou socialmente atribuído.

Com efeito, e com vista a eliminar o desconhecimento sobre a matéria e a promover esta realidade, a Gap

Year Portugal, associação que tem como público-alvo os jovens que frequentam o ensino secundário, tem sido

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