O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 162

48

No decurso destes anos de vigência da PPP têm sido vários os episódios e acontecimentos que atestam o

incumprimento do contrato de Gestão que tem sido levado a cabo gestão do Grupo Mello, de que é exemplo a

multa que foi aplicada em 2011 pela Entidade Pública Contratante na sequência do relatório de monitorização

do Gestor do Contrato por falta de pessoal e consequente recusa de atendimento de mais de uma centena de

doentes, que tiveram de ser encaminhados para as Urgências dos Hospitais do Porto.

IV – Consequências da PPP do Hospital de Braga: Doentes

Embora os partidos que suportam o Governo e o próprio Governo insistam em não reconhecer os impactos

da Gestão Privada do Hospital de Braga e a Entidade Gestora – Grupo Mello Saúde- se esforce todos os dias

por emanar notícias propagandísticas sobre a qualidade dos cuidados de saúde que são prestados por aquela

unidade hospitalar, a realidade do dia-a-dia dos utentes mostra dificuldades crescentes no acesso aos

cuidados, como bem atestam as notícias recorrentes que dão conta da não dispensa de medicamentos a

doentes oncológicos e a doentes com HIV/SIDA; o adiamento de cirurgias pré-programadas; tempo demasiado

longos de espera no serviço de urgência; os problemas no atendimento e receção dos utentes; as dificuldades

no acesso ao hospital, entre outras.

Aliás, o reconhecimento dos problemas, mormente, com o adiamento das cirurgias foi feito pelo Gabinete

do Ministro da Saúde a uma pergunta feita pelo Grupo Parlamentar do PCP. Nessa resposta é dito que “ […]

considerando o número de desmarcações/cancelamentos reportados pela Entidade gestora, a Administração

de Saúde do Norte, IP, determinou que o hospital reporte mensalmente, através de uma listagem, o número de

cirurgias adiadas e/ou canceladas, com a respetiva fundamentação, de forma a permitir avaliar os motivos

para os cancelamentos e determinar a necessidade de intervenção […]”. Antes mesmo desta resposta, a

Administração Regional de Saúde do Norte, através de um comunicado enviados à agência Lusa, afirmava a

intenção de requerer uma inspeção ao Hospital de Braga devido à “falta de informação cabalmente

esclarecedora sobre a regularidade, continuidade e qualidade assistencial das prestações.”

V – Consequências da PPP do Hospital de Braga: Profissionais

O impacto da privatização dos cuidados de saúde e, especificamente da PPP do Hospital de Braga nos

profissionais de saúde tem, desde a primeira hora, marcado a existência desta PPP.

Desde a tentativa de impor o fim do contrato em funções públicas aos trabalhadores e, por conseguinte, o

fim do vínculo à Função Pública, forçando os profissionais a celebrarem contratos individuais de trabalho (CIT)

de conteúdo confidencial, mas que se sabe conterem cláusulas menos favoráveis para uns e contratos

milionários para outros, à revelia dos acordos das carreiras médicas que o Ministério da Saúde estabeleceu

com os sindicatos dos médicos. Ao que acresce a redução drástica dos profissionais nas diversas equipas e

turnos, bem como a contratação de médicos indiferenciados, “alugados” a empresas fornecedoras de mão-de-

obra ou, mais recentemente, a substituição de médicos anestesistas do quadro do hospital por médicos

contratados às empresas de trabalho temporário. A substituição de médicos do quadro por médicos tarefeiros,

desinseridos das equipas e com descontinuidade na prestação dos cuidados médicos, pode causar graves

problemas aos doentes, nomeadamente nas complicações pós-cirúrgicas. Tal como a acumulação de direções

de serviços clínicos por parte do Diretor Clínico do hospital.

Considerando que no Hospital de Braga não está assegurado o acesso universal e gratuito para todos num

Serviço Nacional de Saúde de carácter público, pelo qual o PCP pugna.

O PCP considera ser urgente que o Estado deva o mais depressa possível iniciar um processo de

renegociação com vista ao termo da Parceria Público Privada existente.

Nestes termos, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do

PCP apresenta o seguinte projeto de

Páginas Relacionadas
Página 0023:
3 DE JULHO DE 2013 23 4 - […]. 5 - […]. 6 - […]. 7 - […].
Pág.Página 23
Página 0024:
II SÉRIE-A — NÚMERO 162 24 formas de alteração, ainda que temporária,
Pág.Página 24
Página 0025:
3 DE JULHO DE 2013 25 Neste âmbito, o Governo define também a competência para deci
Pág.Página 25
Página 0026:
II SÉRIE-A — NÚMERO 162 26 1. O Governo apresentou à Assemblei
Pág.Página 26
Página 0027:
3 DE JULHO DE 2013 27 I. Análise sucinta dos factos, situações e realidades respeit
Pág.Página 27
Página 0028:
II SÉRIE-A — NÚMERO 162 28 efetuada pelo Governo decorridos dois anos
Pág.Página 28
Página 0029:
3 DE JULHO DE 2013 29 Verificação do cumprimento d a lei formulário A Lei n.º
Pág.Página 29
Página 0030:
II SÉRIE-A — NÚMERO 162 30 d) Coisa pertencente ao património cultura
Pág.Página 30
Página 0031:
3 DE JULHO DE 2013 31 Refere-se, ainda a nível do poder local, que algumas Câmaras
Pág.Página 31
Página 0032:
II SÉRIE-A — NÚMERO 162 32 Linguagem (Educação de qualidade para incl
Pág.Página 32
Página 0033:
3 DE JULHO DE 2013 33 REINO UNIDO No Reino Unido, os graffiti não são consid
Pág.Página 33
Página 0034:
II SÉRIE-A — NÚMERO 162 34 Apesar disso, as autoridades públicas estã
Pág.Página 34
Página 0035:
3 DE JULHO DE 2013 35 Refira-se, no entanto, que a proposta de lei estabelece um co
Pág.Página 35