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83 | II Série A - Número: 102 | 24 de Abril de 2014

Serra da Amoreira

Além dos moleiros, moravam aqui os pequenos e alguns médios agricultores de conta própria, que semeavam cereais e legumes nas terras mais planas ou menos declivosas e amanhavam as hortas nas quebradas ou em socalcos, junto da ribeira.
Tinham também aqui os seus tugúrios os trabalhadores de enxada, cavadores à jorna nas casas maiores, talvez alguns servos habituais do Convento de Odivelas

A Ramada Atual Esta é a grande Ramada, já vila, um dos mais belos aglomerados suburbanos que rodeiam hoje a antiquíssima Lisboa. È um sítio magnífico pelas condições naturais do terreno que, por acidentado, ainda põe alguns limites à ganância insaciável dos construtores de alojamentos para pessoas dormirem. Vai desde a margem esquerda da Ribeira que aqui leva o seu nome, por lombas e quebradas, até ao alto da Serra da Amoreira, a Norte, e até às alturas dos Pedernais.
O panorama multifacetado, visto de todos os cantos, é magnífico. Privilégio das cidades de montanha razoavelmente cuidados. Todos os cantinhos disponíveis têm canteiros de flores, ou um banco, ou uma árvore de sombra.
O Povo Pelo que eram as casas, poderemos deduzir quem eram os moradores da Ramada. Aquelas modestíssimas construções eram o lar dos numerosos moleiros que faziam rodar as velas brancas dos moinhos de vento, que formavam um semicírculo em torno da aldeia, desde o topo sudeste dos Bons Dias, continuando para Sul e depois, saltando para o alto da Arroja, voltando aí para noroeste até ao sítio agora conhecido por Pedernais Sul.
As Casas da Velha Aldeia A Ramada anterior à década de 1960, era uma pequena aldeia edificada de um lado e outro de uma antiga estrada que ligava Odivelas a Caneças, seguindo de perto a ribeira, no fundo do vale. Esta estrada passava sobre a ribeira numa ponte construída na base do monte e subia pelo Alvajar e Pedernais Norte, até à Ponte da Bica Aqui voltava a atravessar a ribeira em frente da Tomada da Amoreira. Este percurso era provavelmente mais antigo do que aquele que segue pela encosta e que hoje tem os nomes dos famosos aeronautas nacionais, Sacadura Cabral e Gago Coutinho. No topo desta Serra, local conhecido como “Cerro da Amoreira” ou “Bica” o homem pré-histórico construiu um castro para se defender das investidas inimigas.
A Ramada teria menos de uma centena de casas, de um só piso, algumas das quais foram transformadas, na primeira metade do século XX, com o acrescentamento de mais um andar, e a utilização de telha “marselha”, como se vê ainda, sobretudo no lado norte da rua Estevão Amarante. A maior parte das restantes foram demolidas, para dar lugar a prédios de vários andares, em princípios da segunda metade do mesmo século.


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