O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 DE MAIO DE 2015 285

Artigo 25.º

Guarda de bens deixados a bordo

1 - O armador deve guardar os bens deixados a bordo pelo marítimo doente, acidentado ou falecido e

assegurar a sua entrega ao próprio ou aos seus familiares.

2 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto no número anterior.

Artigo 26.º

Procedimento de queixa a bordo

1 - O marítimo pode apresentar, ao responsável de quem dependa diretamente, queixa oral ou escrita, sobre

qualquer ocorrência que viole disposições obrigatórias da legislação relativas às matérias previstas na

Convenção, no decurso da ocorrência ou no prazo contínuo de cinco dias a contar do seu termo.

2 - O responsável direto do marítimo deve decidir a questão objeto da queixa, caso tenha competência para

o efeito, ou transmiti-la imediatamente ao responsável competente.

3 - A decisão sobre a queixa deve ser comunicada ao marítimo no prazo contínuo de cinco dias, podendo o

responsável prorrogá-la por mais três dias, se a complexidade da matéria o exigir, devendo neste caso informar

o marítimo antes do termo do prazo inicial.

4 - Se, no prazo referido no número anterior, não houver resposta ou esta não for satisfatória, o marítimo

pode, nos cinco dias posteriores, apresentar a queixa ao comandante, especificando, se for caso disso, o motivo

da sua insatisfação.

5 - É aplicável à decisão do comandante o disposto no n.º 3.

6 - Se a queixa não for decidida a bordo, o marítimo pode submetê-la ao armador, o qual dispõe de um prazo

de 15 dias de calendário para a decidir, podendo, se necessário, consultar o marítimo em causa ou um seu

representante.

7 - O disposto nos números anteriores não prejudica o direito do marítimo de apresentar queixa diretamente

ao comandante ou, em razão da matéria, à autoridade com competência para a certificação de navios e

marítimos nacionais ou ao serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela área laboral.

8 - O marítimo pode solicitar a outro marítimo com conhecimentos adequados que se encontre a bordo

aconselhamento confidencial e imparcial sobre os procedimentos de queixa a que pode recorrer.

9 - O marítimo tem o direito de ser assistido ou representado por outro marítimo de sua escolha que se

encontre a bordo do mesmo navio em qualquer ato referente ao procedimento de queixa.

10 - O armador deve entregar ao marítimo, no momento da celebração do contrato ou aquando da entrada

em vigor da presente lei, um documento que descreva os procedimentos de queixa a bordo do navio e indique

os contactos das autoridades competentes, bem como, se for caso disso, o nome dos trabalhadores que podem

prestar aconselhamento nos termos do n.º 8.

11 - As queixas e as respetivas decisões devem ser registadas, sendo remetida uma cópia das mesmas

ao marítimo em questão.

12 - É proibida qualquer forma de represália ou tratamento mais desfavorável ao trabalhador que tenha

apresentado queixa.

13 - Constitui contraordenação grave, imputável ao armador, a violação do disposto nos n.os 2, 9 ou 12 e

constitui contraordenação leve, imputável ao armador, a violação do disposto nos n.os 3, 10 ou 11.

Artigo 27.º

Documentos disponíveis a bordo

1 - A bordo de navio que arvore a bandeira portuguesa devem estar disponíveis exemplares dos contratos

de trabalho e dos contratos de prestação de serviço das pessoas contratadas que trabalham a bordo, bem como

da presente lei, da Convenção, dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho aplicáveis aos

primeiros e do acordo celebrado pela ECSA e pela ETF, relativo à Convenção, e do anexo à Diretiva 2009/13/CE,

do Conselho, de 16 de fevereiro de 2009.

Páginas Relacionadas
Página 0271:
12 DE MAIO DE 2015 271 PROPOSTA DE LEI N.º 328/XII (4.ª) REGULA A ATI
Pág.Página 271
Página 0272:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 272 Conselho, de 16 de fevereiro de 2009, já se encontra pr
Pág.Página 272
Página 0273:
12 DE MAIO DE 2015 273 Estado de bandeira no cumprimento e aplicação da Convenção d
Pág.Página 273
Página 0274:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 274 nacionais, para efeitos de acesso a serviços médicos em
Pág.Página 274
Página 0275:
12 DE MAIO DE 2015 275 Estado de bandeira, pode ser assegurado por instituições púb
Pág.Página 275
Página 0276:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 276 como as responsabilidades do Estado português enquanto
Pág.Página 276
Página 0277:
12 DE MAIO DE 2015 277 navio; c) Os artistas convidados, técnicos de reparaç
Pág.Página 277
Página 0278:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 278 demais trabalhadores a bordo. 5 - Os registos cl
Pág.Página 278
Página 0279:
12 DE MAIO DE 2015 279 8 - Constitui contraordenação grave a violação do disposto n
Pág.Página 279
Página 0280:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 280 Artigo 11.º Descansos 1 - É garant
Pág.Página 280
Página 0281:
12 DE MAIO DE 2015 281 ou em período previsto em regulamentação coletiva de trabalh
Pág.Página 281
Página 0282:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 282 6 - Constitui contraordenação grave a violação do dispo
Pág.Página 282
Página 0283:
12 DE MAIO DE 2015 283 e) O tratamento médico necessário até que o marítimo possa v
Pág.Página 283
Página 0284:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 284 b) Após o período referido na alínea anterior e caso o
Pág.Página 284
Página 0286:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 286 2 - Devem ainda estar disponíveis traduções em língua i
Pág.Página 286
Página 0287:
12 DE MAIO DE 2015 287 das condições do trabalho marítimo. 2 - O sistema de
Pág.Página 287
Página 0288:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 288 conselhos técnicos ou recomendações em vez de promover
Pág.Página 288
Página 0289:
12 DE MAIO DE 2015 289 Artigo 33.º Certificado de trabalho marítimo e declar
Pág.Página 289
Página 0290:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 290 I a III à presente lei, da qual fazem parte integrante.
Pág.Página 290
Página 0291:
12 DE MAIO DE 2015 291 2 - O certificado provisório de trabalho marítimo é e
Pág.Página 291
Página 0292:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 292 Artigo 40.º Instalações de bem-estar
Pág.Página 292
Página 0293:
12 DE MAIO DE 2015 293 Leis n.os 104/89, de 6 de abril, e 88/96, de 3 de julho, e p
Pág.Página 293
Página 0294:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 294 f) Assegurar a gratuitidade dos serviços prestados ao c
Pág.Página 294
Página 0295:
12 DE MAIO DE 2015 295 2 - […]. 3 - A agência que proceda ao recrutamento e
Pág.Página 295
Página 0296:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 296 5 - Em companhia responsável pela exploração de navios
Pág.Página 296
Página 0297:
12 DE MAIO DE 2015 297 ANEXO I (a que se refere o n.º 5 do artigo 34.º)
Pág.Página 297
Página 0298:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 298 Certifica-se que: This is to certify:
Pág.Página 298
Página 0299:
12 DE MAIO DE 2015 299 O presente certificado é apenas válido quando acompanhado da
Pág.Página 299
Página 0300:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 300 AVERBAMENTOS PARA INSPEÇÃO INTERMÉDIA OBRIGATÓRIA E, SE
Pág.Página 300
Página 0301:
12 DE MAIO DE 2015 301 ANEXO II (a que se refere o n.º 5 do artigo 34.º)
Pág.Página 301
Página 0302:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 302 3. Qualificação dos marítimos (Regra 1.3) Qualif
Pág.Página 302
Página 0303:
12 DE MAIO DE 2015 303 …………………………………………………………………………………………………………………………… ……………
Pág.Página 303
Página 0304:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 304 DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE DO TRABALHO MARÍTIMO – PARTE
Pág.Página 304
Página 0305:
12 DE MAIO DE 2015 305 Nome do armador¹: Name of shipowner¹: Morada d
Pág.Página 305
Página 0306:
II SÉRIE-A — NÚMERO 128 306 ANEXO III (a que se refere o n.º 5 do artigo 34.
Pág.Página 306
Página 0307:
12 DE MAIO DE 2015 307 (b) O armador demonstrou, à autoridade competente ou à organ
Pág.Página 307