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II SÉRIE-A — NÚMERO 139 168

destacando-se também a dos Pinheiros e a Praia Grande”.

Muito particularmente, a praia de D. Ana, conhecida como a pérola da Costa d’Oiro, foi ainda distinguida pela

revista espanhola Condé Nast Traveller, em 2013, como “a melhor entre as 50 melhores praias do mundo” e o

sítio de viagens TripAdvisor destacou-a em 2015 como “a melhor praia de Portugal”.

Na imprensa nacional, um artigo recente de Fernando Silva Grade, autor do livro “O Algarve Tal Como o

Destruímos”, diz sobre estas praias que “são referência obrigatória em publicações que compilam os locais do

planeta com formações geológicas que, em todo o mundo, só têm similitude na costa australiana de Port

Campbel, com estatuto de Parque Natural”.

No entanto, a praia de D. Ana não tem beneficiado, por parte das entidades responsáveis, da atenção e

cuidado que todo este prestígio e o lugar destacado que ocupa entre os recursos naturais e patrimoniais lhe

deveriam merecer, apresentando sérias deficiências no tratamento da zona envolvente. Além da pressão

edificada levada até ao limite da falésia, a incúria oficial tem descurado as questões da erosão provocada pela

água da chuva na falésia, permitindo a permanência das descargas de esgotos na praia abusivamente ligados

ao sistema pluvial, e há anos abandonou o acesso à praia a uma escada provisória de madeira, por entre restos

de demolições de um antigo restaurante.

Em finais do passado mês de abril, a Agência Portuguesa do Ambiente deu início à obra denominada

“empreitada de alimentação artificial da praia de D. Ana”, integrada noPlano de Ação de Proteção e Valorização

do Litoral 2012/2015, que era suposto “garantir a segurança de pessoas e bens com destaque para a proteção

do património construído e natural”, conforme a Portaria n.º 915/2014, de 5 de novembro, do Secretário de

Estado do Ambiente.

Ora as obras que estão a ser levadas a efeito, pretensamente para atender aos objetivos definidos na referida

Portaria, levantam preocupações que, ao nível de avaliação científica, ficam bem expressas pelo professor

Galopim de Carvalho, no artigo agora publicado no “Correio de Lagos” intitulado “A propósito dos trabalhos

visando o crescimento artificial da praia de D. Ana”, dizendo que “a adulteração da paisagem física em nome do

desenvolvimento é um facto que está a atingir proporções preocupantes. Os reflexos no litoral da intervenção

do homem são hoje bem visíveis e as soluções encontradas, para os minimizar ou eliminar, nem sempre são as

melhores”.

Sabe-se que, segundo a Câmara Municipal, a intervenção em curso “iniciar-se-á pela construção de uma

estrutura de retenção lateral entre a arriba do limite norte da praia e o leichão maior dos Artilheiros (esporão),

seguindo-se a operação de enchimento da praia por bombagem de cerca de 140 mil m3 de areia, depositados

uniformemente ao longo da praia (…). A deposição de areia elevará o nível da praia em cerca de 4,00 metros e

proporcionará um avanço médio da linha de costa de 40,0 metros. Desta forma, no final desta obra a extensão

do areal de praia ganhará cerca de 40,0 metros (…)”.

A subida do nível da areia da praia, a construção do esporão e o alargamento que mais que duplica a faixa

de areia, só poderão significar, por parte dos seus responsáveis e de quem aprovou a obra, tanto a indiferença

pela qualidade ambiental que individualiza a praia de D. Ana, como a insensibilidade pelos valores paisagísticos

que lhe conferem valor inigualável como património natural, tudo resultando na completa descaracterização da

peça emblemática da Costa d’Oiro.

O facto é que, assim, esta obra não só não respeita, como objetivamente contraria o objetivo definido no

preâmbulo da Portaria acima referida e com o qual se concorda em absoluto, de proteger o património natural,

e em nada corresponde à também pretendida segurança de pessoas e bens, que será garantida não pelo

aumento do areal, mas sim pela consolidação das zonas friáveis das arribas, protegendo-as da erosão,

nomeadamente da provocada pelas águas da chuva.

A não ser interrompida a obra em curso, a destruição desta paisagem marítima ancestral e deslumbrante irá

ter consequências gravosas sobre o estatuto internacional da praia de D. Ana, prejudicando de forma

irremediável a sua imagem atual, que a faz ser considerada uma das mais belas do mundo.

O montante de cerca de 1,8 milhões de euros atribuído a esta empreitada deveria ser orientado não para

uma obra de destruição do valor da praia de D. Ana, afetando toda a Costa d’Oiro, mas sim para a requalificação

das arribas e zona envolvente e valorização dos recursos naturais.

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