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30 DE JUNHO DE 2015 21

PROJETO DE LEI N.º 1026/XII (4.ª)

CRIAÇÃO DA FREGUESIA DE AMIEIRA, NO CONCELHO DE PORTEL, DISTRITO DE ÉVORA

A freguesia de Amieira, pertencente ao concelho de Portel, tem uma área territorial de 9838,08 hectares.

O seu orago é S. Romão.

Foi D. João de Aboim que, em 1263, adquiriu as terras de Amieira de Moura, hoje Amieira, freguesia incluída

no acordo assinado com D. Afonso III.

Todavia, nos terrenos circundantes, mais precisamente na herdade dos Pernes, podemos encontrar a

necrópole de Nossa Senhora das Neves, prova evidente da presença romana e da importância já então dada

ao culto dos mortos.

Com a chegada dos mouros sofreu um processo de desertificação, imediatamente seguido do início do

povoamento definitivo.

Ao século XIII remonta a instituição da Paróquia de S. Romão de Amieira, sendo desse tempo a primitiva

igreja paroquial.

Em Novembro de 1512, o rei D Manuel concede-lhe carta de foral.

A população da Freguesia, constituída por pouco mais de três centenas de habitantes, na sua maioria idosos,

tem vindo a sofrer o processo de desertificação que assolou o Alentejo.

A tão esperada Barragem de Alqueva e a Marina da Amieira, apesar das falsas expectativas, trouxeram

algum alento a esta freguesia, sobretudo na vertente turística.

Das atividades económicas, para além do turismo, salientam-se a agricultura, a indústria de mel e de

chouriços, a panificação, a restauração e a hotelaria.

Relativamente ao artesanato, podemos ainda, encontrar trabalhos em cortiça, em bunho, crochet e tapetes.

Apresenta estas gentes uma característica distintiva- o seu espírito coletivo e solidário. Remonta ao século

XVIII uma das manifestações desse esforço coletivo do povo na reconstrução da nave da igreja Paroquial de

Nossa Senhora das Neves.

Nos nossos tempos, a construção da Praça de Touros pela população, foi a mais recente prova dessa

qualidade tão rara e preciosa.

Para além do referido anteriormente, o património cultural edificado, sobretudo religioso, é outra das marcas

distintivas desta freguesia: capela de S. Romão, capela de S. António de Figueiras, capela de Nossa Senhora

de Giesteira e necrópole de Nossa Senhora das Neves.

Na herdade da Drôa existem sepulturas megalíticas e há ainda construções arcaicas de Pocilgas. Todos os

moinhos foram submersos pela Barragem.

Do património imaterial da aldeia faz parte uma gastronomia alentejana específica, salientando-se o peixe

do rio, as migas com carne e os bolinhos de chá. Os vários restaurantes poderão comprová-lo.

O Cante Alentejano, parte integrante desse património, tem a sua expressão máxima no Grupo Coral" Os

Almocreves" sediado nesta aldeia.

O espírito associativo manifesta-se na existência de várias associações: Associação de Solidariedade Social

Amieirense; Associação de Caçadores; Associação de Jovens; Centro Cultural e Desportivo "Os Amieurenses"

e Grupo de Cantares "Os Almogreves", referido anteriormente.

Os equipamentos coletivos existentes na freguesia são: Campo de Futebol; Praça de Touros; Jardim Público;

Posto Médico; Junta de Freguesia; Polidesportivo; e Lar de Idosos.

Relativamente aos transportes, apenas existe uma carreira que liga esta freguesia à sede de concelho às

terças e quintas-feiras.

Freguesia desde tempos imemoriais foi recentemente integrada na União de Freguesias de Amieira e

Alqueva dela separada por 17 km.

Apesar do espírito coletivo e solidário, com base na forte identidade cultural, reivindicamos a nossa

autonomia enquanto freguesia porque só assim teremos melhores condições para o exercício da democracia, o

que nos poderá proporcionar uma melhor qualidade de vida.

A extinção de freguesias protagonizada pelo Governo e por PSD e CDS-PP assenta no empobrecimento do

nosso regime democrático. Envolto em falsos argumentos como a eficiência e coesão territorial, a extinção de

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