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30 DE NOVEMBRO DE 2015 15

Em 2014, e reportando-nos de novo ao Relatório e Contas, Centro Hospitalar do Médio Ave dispunha de 209

médicos; 347 enfermeiros; 31 técnicos superiores; 76 técnicos de diagnóstico e terapêutica; 112 assistentes

técnicos e 261 assistentes operacionais. Com exceção do grupo profissionais médicos todos os outros grupos

profissionais diminuíram no número de trabalhadores, sendo no grupo dos enfermeiros que a redução teve maior

significado, ou seja, em 2013 havia 380 enfermeiros e em 2014 347, conforme pode ser verificado no quadro

abaixo.

Fonte: Relatório e Contas 2014, página 42

Os dados de 2014 estão já desatualizados, conforme a informação prestada pelo Conselho de Administração

ao PCP. Assim, segundo os dados fornecidos a situação dos recursos humanos no CHMA é “crítica”, tendo

havido a saída recente de vários profissionais de saúde, nomeadamente de médicos, por aposentação, rescisão

do contrato a que se soma o registo de vários pedidos de mobilidade de outros profissionais. Recentemente

saíram dois dos quatro cardiologistas existentes ficando a equipa reduzida a dois elementos, três anestesistas

e um pneumologista. Tendo em conta a elevada carência enfermeiros, a direção do hospital solicitou a

autorização da abertura de procedimento concursal mas o mesmo mereceu um parecer negativo da tutela. Nas

restantes carreiras da saúde e carreiras gerais há também uma grande carência de profissionais, registando-se,

inclusivamente, dificuldades na mera substituição dos profissionais que se aposentam.

A redução do número de profissionais e a elevada obsolescência dos equipamentos, como é afirmado no

Relatório do Governo Societário de 2014 foram responsáveis pela “diminuição da atividade cirúrgica

programada”. O referido documento diz que “a diminuição de efetivos médicos nas especialidades de cirurgia

geral, obstetrícia e ortopedia por motivos de aposentação de clínicos que não foram substituídos”, assim como

os “problemas no bloco operatório que implicaram a desmarcação de um número significativo de cirurgias.”

Sendo acrescentado que “os equipamentos existentes nos blocos operatórios quer de Santo Tirso, quer de

Famalicão têm já vários anos de funcionamento, havendo muitas dificuldades na aquisição de peças que vão

avariando, o que prejudica os tempos de resposta às avarias identificadas.”

O Conselho de Administração admitiu que a saída de profissionais, mormente de médicos, e o aumento no

número de pedidos de mobilidade efetuados pelos profissionais de saúde (sobretudo enfermeiros) deve-se em

grande parte ao período de incerteza e instabilidade que o CHMA está a vivenciar desde o anúncio da

“devolução” da unidade de Santo Tirso à Misericórdia a que se junta toda a política e medidas tomadas pelo

anterior Governo de desvalorização social e profissional e dos cortes nos salários impostos aos trabalhadores

da administração pública.

Esta situação refletiu-se muito negativamente na capacidade de prestação de cuidados de saúde pelo CHMA.

Assim, durante o ano de 2014, registou uma quebra significativa em várias especialidades no número de

primeiras consultas realizadas, como por exemplo anestesiologia; cardiologia; cirurgia geral; ginecologia; imuno-

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