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20 DE FEVEREIRO DE 2016 89

Pode ler-se no relatório que esta “ligeira melhoria do desempenho da economia mundial prevista para 2016

reflete uma melhoria das economias emergentes e, em menor grau, das economias avançadas”.

Destaca-se, igualmente, o facto de se prever uma recuperação de economias de países emergentes, como

são o caso da Índia e Indonésia, após uma desaceleração em 2015, e que contrasta com o abrandamento

previsto da economia chinesa e com as economias do Brasil e da Rússia, que deverão manter-se em recessão.

Relativamente à Zona Euro, pode ler-se que “a melhoria gradual da economia para 2016 deverá continuar a

ser apoiada pelo fortalecimento da procura interna”, devendo acelerar o consumo privado, “impulsionado pela

melhoria do rendimento disponível das famílias (rendimentos salariais crescentes e crescimento robusto do

emprego) e pela manutenção de baixos custos de financiamento”. “Igualmente, o investimento residencial e

empresarial deverá ganhar dinamismo ao longo de 2016, apoiado pela melhoria das condições de financiamento

e pela diminuição das necessidades de desalavancagem do sector privado”.

II.1.2 A Economia portuguesa em 2015 e cenário macroeconómico para 2016

Segundo o relatório do OE 2016, em 2015 assistiu-se a uma recuperação gradual da atividade, a par de uma

melhoria do mercado de trabalho e do ajustamento das contas externas, sustentado nos dados divulgados pelo

INE e que indicam que a economia portuguesa cresceu, em termos reais, 1,5% nos três primeiros trimestres de

2015 face ao período homólogo de 2014 (1,6% até junho de 2015), que consiste numa aceleração de 0,5 p.p.

face ao registado em igual período do ano anterior.

Quanto ao mercado de trabalho, “a sua evolução nos primeiros nove meses de 2015, quando comparada

com o período homólogo de 2014, caracteriza-se por uma desaceleração do crescimento da população

empregada (de 1,9% para 0,9%), bem como um menor decréscimo da população desempregada (de -15,6%

para -11,5%). A evolução do emprego foi penalizada por um contributo inferior do emprego nos serviços (+1,4

p.p. vis-à-vis 2,9 p.p. no período homólogo), não obstante uma relativa estabilização do emprego na construção

(um contributo nulo que contrasta com -0,3 p.p. até setembro de 2014)”.

Nos primeiros nove meses de 2015, que foram marcados por um aumento (0,3%) da produtividade aparente

do fator trabalho, as remunerações por trabalhadores caíram 0,7%, particularmente nos trabalhadores do setor

público.

No que diz respeito às contas externas, nos três primeiros trimestres de 2015, de janeiro a setembro de 2015,

“as exportações e importações a preços constantes de 2011 cresceram 6% e 8%, respetivamente, em termos

médios homólogos (3,4% e 6,8% em igual período de 2014)”, que se refletiu num desempenho positivo da

balança comercial (1% e 0,7% do PIB em 2015 e 2014, respetivamente).

No exercício terminado em novembro de 2015, as máquinas e aparelhos, e os veículos e outro material de

transporte, representaram, respetivamente, 14,5% e 11,6% do total de exportações (14,5% e 11,1% em igual

período de 2014) e assumiram-se como as categorias que com maior representatividade e as que registaram

um maior contributo (0,7 p.p. e 1 p.p., respetivamente). “No sentido oposto, as categorias com uma evolução

relativa menos favorável foram os combustíveis e os bens alimentares (-4,1% e -3,8% respetivamente).

Excluindo estas duas categorias, as exportações nominais teriam crescido 5,3% (+1,2 p.p.)”.

Relativamente às importações, a categoria de máquinas e aparelhos (15,4%) ganhou preponderância quando

comparada com os combustíveis, que representa agora 13,4% do total (17,7% no período homólogo).

No relatório do OE, o governo prevê um crescimento do PIB de 1,8%, reflexo da manutenção de um contributo

positivo da procura interna, conjugado com um contributo menos negativo da procura externa líquida.

A evolução da procura interna acompanha as remunerações e rendimento disponível, caracterizado pela

melhoria das condições do mercado de trabalho, pela reversão de algumas medidas de consolidação

orçamental, pela descida dos preços de petróleo e amenização do nível de alavancagem das famílias.

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