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II SÉRIE-A — NÚMERO 68 22

A incidência da diabetes em Portugal tem aumentado nas duas últimas décadas. Segundo os dados do

relatório atrás mencionado, o número de novos casos diagnosticados por ano aumentou de 377, por 100.000

habitantes, em 2000 para 557 em 2013.

Quanto à incidência dos tipos de diabetes, constata-se que a diabetes tipo 1 nas crianças e nos jovens em

Portugal (Registo DOCE), em 2013, atingia 3262 indivíduos com idades entre 0-19 anos, o que corresponde a

0,16% da população portuguesa neste escalão etário.

Segundo os dados contidos no relatório Diabetes: Factos e Números-2014, no ano de 2013, a diabetes

representou cerca de oito anos de vida perdida por cada óbito por diabetes na população com idade inferior a

70 anos.

A diabetes é uma doença crónica com inúmeras complicações, sendo a principal causa de cegueira,

insuficiência renal e amputação de membros inferiores. A diabetes constitui, presentemente, uma das principais

causas de morte, principalmente por implicar um risco significativamente aumentado de doença coronária e de

acidente vascular cerebral. Sabe-se também que um deficiente controlo metabólico nas crianças pode resultar

em défice de desenvolvimento, assim como na ocorrência tanto de hipoglicemias graves, como de hiperglicemia

cronica e em internamentos hospitalares.

Em termos de tratamentos da doença são diferentes, sendo que essa variação decorre do tipo de diabetes,

ou seja, se é diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2. Todavia, o tratamento engloba o uso de antidiabéticos orais e

insulina. A alimentação, o exercício físico e a educação da pessoa com diabetes constituem vetores essenciais

para o tratamento e para um controlo adequado da doença.

A insulina pode ser administrada por seringa, caneta ou através do sistema de perfusão contínua de insulina

(SPCI), também conhecida por bomba de insulina. Segundo com um documento publicado no sítio eletrónico da

Sociedade Portuguesa de Diabetologia, a “terapêutica com bomba infusora de insulina (CSII) é, atualmente,

o standard mais elevado no tratamento subcutâneo com insulina nas pessoas com Diabetes”. Para a Sociedade

Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, a “grande vantagem da bomba é que faz uma infusão

contínua de insulina, permitindo aproximar os níveis de açúcar no sangue destes doentes o mais possível dos

de pessoas não diabéticas, mantendo-as estáveis, com menos hipoglicémias e menos complicações”, sendo

defendido por vários especialistas que esta terapêutica é necessária “principalmente para crianças pequenas,

mas também para todos os diabéticos de tipo 1 que não conseguem manter a doença controlada”.

O relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes e, já aludido neste preâmbulo, revela que entre 2010

e 2014 tem havido um aumento no número de comparticipações pelo Serviço Nacional de Saúde de bombas de

insulina. Em 2010 foram comparticipadas 501 bombas de insulina e em 2014, 1150. Pese embora esta tendência

crescente, vários especialistas, entre os quais os responsáveis da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia,

Diabetes e Metabolismo e do Observatório Nacional da Diabetes, têm alertado para a necessidade de serem

alargadas as comparticipações a mais doentes.

De acordo com as afirmações proferidas pelo Presidente da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia,

Diabetes e Metabolismo (SPEDM), a propósito da realização do congresso português de endocrinologia que

decorreu no passado mês de janeiro, quando foi criado o programa de comparticipação de bombas infusoras, o

governo de então "dotou-o de uma verba que ao longo dos anos não tem tido acrescentos significativos", sendo

a verba atribuída "muito baixa", citando dados do Observatório Nacional da Diabetes, o especialista referiu que

as verbas atribuídas às bombas foram de 800 mil euros em 2012, 1200 mil euros em 2013 e 1300 mil euros em

2014.

Quer haja ou não recurso a terapêutica (insulina, antidiabéticos orais) ter uma alimentação equilibrada,

variada e completa é determinante para o estado de saúde das pessoas em geral e para os diabéticos em

particular. Porém, não se pode escamotear que a degradação das condições de vida dos portugueses leva ao

consumo de alimentos que, por serem mais acessíveis, são muito pobres do ponto de vista nutricional, ou em

alguns casos por falta de educação alimentar, acentuam o risco da diabetes ou, no caso dos doentes diabéticos

aumentam o risco de descontrolo da doença, pelo que é importante que sejam tomadas medidas no sentido de

melhorar as condições de vida e rendimento dos portugueses e de promoção de práticas de educação para a

saúde, nas quais se inserem, entre outros, a alimentação e o exercício físico.

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