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28 DE MAIO DE 2016 61

Perante este cenário é fundamental atualizar e inovar as políticas de família e dar especial enfoque ao

envelhecimento ativo.

O CDS agendou pois um conjunto de iniciativas centradas no envelhecimento ativo e na proteção dos mais

idosos.

Em relação ao envelhecimento ativo urge dar-lhe a relevância que ele merece, ou seja, considerando os mais

idosos como um dos eixos principais da sociedade.

As políticas de envelhecimento ativo devem pois apontar o caminho da criação de oportunidades para todos

aqueles que querem e podem continuar a ter uma vida ativa em seu benefício e no da própria sociedade.

Defendemos que as novas gerações possam valorizar as gerações mais sabedoras e experientes e com elas

aprender, permitindo a estas, por seu turno, partilhar conhecimento e disponibilidade e receber o entusiasmo e

a força que normalmente caracteriza as gerações mais jovens.

Uma sociedade mais equilibrada passa necessariamente por estabelecer pontes entre as gerações.

Por outro lado, importa garantir da existência de mecanismos efetivos de proteção que salvaguardem e

atendam às particularidades, riscos e fragilidades dos mais idosos.

Muitos destes idosos são pessoa que, devido à sua especial suscetibilidade, necessitam de uma proteção

especial e reforçada, quer seja em termos sociais, económicos, de saúde ou de justiça.

Estes caminhos fazem-se através de políticas integradas de longo prazo que passam por diversas áreas, tais

como saúde, formação, voluntariado, justiça e emprego, onde todos os agentes, querem sejam legislativos ou

executivos, devem estar envolvidos.

Um Inquérito realizado ao Trabalho Voluntário, relativamente a 2012, demonstrou, como principais

indicadores:

 11,5% da população residente com 15 ou mais anos participou em, pelo menos, uma atividade formal

e/ou informal de trabalho voluntário, o que representou quase 1 milhão e 40 mil voluntários;

 A taxa de voluntariado feminina foi superior à masculina (12,7% vs. 10,3%);

 A distribuição etária dos indivíduos que realizaram trabalho voluntário registou as seguintes taxas de

voluntariado: 11,6% no escalão dos 15-24 anos, 13,1% no escalão dos 25-44 e 12,7% no escalão dos

45-64 anos. Apenas na faixa etária dos maiores de 65 anos a taxa foi inferior (7,3%).

Relativamente aos países da União Europeia, o número de voluntários idosos está a aumentar, em muitos

deles.

Além da Finlândia e da Espanha, por exemplo, também a Bélgica, a França, a Áustria, a Roménia, a

Eslovénia e a Suécia devem ser mencionados neste aspeto.

Em alguns dos estados da UE, como os Países Baixos, já há uma alta taxa de voluntários idosos: 41% das

pessoas dos 65 aos 74 anos e 24% das pessoas acima de 75 anos são voluntários.

Na Finlândia, 40% das pessoas dos 65 aos 79 anos são voluntários, o que se traduz num aumento da taxa

de voluntários idosos aumentou.

Na Alemanha, a taxa de voluntariado de pessoas dos 60 aos 69 anos é de 37%, e para aqueles com mais

de 70 anos, é de 25%.

No reino Unido, 30% das pessoas dos 65aos 74 anos e 20% das pessoas com mais de 75 anos são

voluntários.

O voluntariado sénior apresenta-se como uma excelente alternativa para ocupação do tempo, utilizando

conhecimentos e experiência ao serviço dos outros. Devem, pois, privilegiar-se os projetos intergeracionais e

evitar a segregação baseada na idade.

O voluntariado pode desempenhar um papel vital no envelhecimento saudável. Permanecer ativo e manter

a ligação à comunidade pode ter um tremendo impacto positivo nas dimensões social, bem-estar físico e

emocional de uma pessoa.

Vários estudos internacionais concluíram que os adultos mais velhos que são voluntários apresentam

tendência para reduzir doenças relacionadas com o stress e estão menos propensos à solidão.

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