O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 24 54

Para 2016, projeta-se um crescimento real do PIB de 1,2%, 0,4 p.p. inferior ao observado em 2015. Em

termos trimestrais, espera-se que a atividade económica acelere no segundo semestre do ano, tanto pela

manutenção de contributos positivos da procura interna, como pela melhoria do comportamento das

exportações.

A estimativa para o PIB real em 2016 representa uma revisão de -0,6 p.p. face ao Programa de Estabilidade

(PE), resultado de um contributo menos positivo da procura interna (de 2,4 p.p. para 1,3 p.p.), compensado

parcialmente por uma revisão do contributo negativo da procura externa líquida (de -0,6 p.p. para -0,1 p.p.).

Para esta evolução da procura global concorreu especialmente o investimento (-5,6 p.p.) e as exportações (-

1,2 p.p.), bem como o consumo privado (-0,4 p.p.), facto que, juntamente com o conteúdo importado diferenciado

de cada uma destas componentes, se reflete num crescimento inferior das importações face ao cenário inicial (-

2,3 p.p.).

Assim, a economia portuguesa deverá apresentar uma capacidade líquida de financiamento face ao exterior

equivalente a 1,7% do PIB, registando a balança corrente um saldo positivo de 0,5% do PIB, conforme Quadro

seguinte.

Quadro 2.1.1. Principais indicadores

(taxa de variação, %)

Rubricas 2014 2015 2016 (P) 2017 (P) 2016 (P) 2017 (P)

INE OE2017 PE 2016-20

PIB e Componentes da Despesa (Taxa de crescimento homólogo real, %)

PIB 0,9 1,6 1,2 1,5 1,8 1,8

Consumo Privado 2,3 2,6 2,0 1,5 2,4 1,8

Consumo Público -0,5 0,8 0,6 -1,2 0,2 -0,7

Investimento (FBCF) 2,3 4,5 -0,7 3,1 4,9 4,8

Exportações de Bens e Serviços 4,3 6,1 3,1 4,2 4,3 4,9

Importações de Bens e Serviços 7,8 8,2 3,2 3,6 5,5 4,9

Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)

Procura Interna 2,2 2,6 1,3 1,3 2,4 1,9

Procura Externa Líquida -1,4 -1,0 -0,1 0,2 -0,6 -0,1

Evolução dos Preços

Deflator do PIB 0,8 2,1 2,0 1,5 2,1 1,6

IPC -0,3 0,5 0,8 1,5 1,2 1,6

Evolução do Mercado de Trabalho

Emprego 1,4 1,4 0,8 1,0 0,8 0,7

Taxa de Desemprego (%) 13,9 12,4 11,2 10,3 11,4 10,9

Produtividade Aparente do Trabalho -0,5 0,2 0,4 0,5 1,0 1,1

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB)

Capacidade/Necessidade Líquida de financiamento face ao exterior 1,0 0,9 1,7 2,2 1,6 1,8

- Saldo da Balança Corrente -0,3 -0,3 0,5 1,0 0,4 0,6

da qual Saldo da Balança de Bens e Serviços 0,2 0,7 1,5 1,9 1,0 1,3

- Saldo da Balança de Capital 1,3 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2

Legenda: (p) previsão.

Fontes: INE e Ministério das Finanças/GOP2017

Para 2017, prevê-se um crescimento do PIB de 1,5%, reflexo da manutenção de um contributo positivo da

procura interna, conjugado com um contributo positivo da procura externa líquida. Esta projeção assenta na

melhoria das condições do mercado de trabalho, nos baixos preços de petróleo, na amenização do

endividamento das famílias, bem como por medidas orçamentais relevantes.

A FBCF deverá manter-se como a componente mais dinâmica da procura interna. O aumento do investimento

empresarial, na componente de máquinas e equipamentos, traduz a necessidade de aumentar a capacidade

produtiva, bem como a sua atualização. Tal perspetiva é consonante com o crescimento esperado no emprego,

com o aumento da procura global e com a progressiva normalização das condições de financiamento em

resultado da estabilização do sector bancário encetada nos últimos meses.

Em linha com a procura externa relevante, antecipa-se uma aceleração das exportações, sem ganhos de

quota de mercado, bem como um menor diferencial entre o deflator das exportações e das importações.

Assim, é de esperar que o ajustamento das contas externas persista: o saldo conjunto da balança corrente

e de capital deverá fixar-se em 2,2% do PIB, aumentando a capacidade líquida de financiamento da economia

Páginas Relacionadas
Página 0052:
II SÉRIE-A — NÚMERO 24 52 COMISSÃO DE ECONOMIA, INOVAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS
Pág.Página 52
Página 0053:
3 DE NOVEMBRO DE 2016 53  Continuar a assumir um papel ativo no quadro europeu;
Pág.Página 53
Página 0055:
3 DE NOVEMBRO DE 2016 55 portuguesa, ao mesmo tempo que a balança corrente deverá a
Pág.Página 55
Página 0056:
II SÉRIE-A — NÚMERO 24 56  Atribuição de manuais escolares gratuitos aos cerca de
Pág.Página 56
Página 0057:
3 DE NOVEMBRO DE 2016 57  Integrar a promoção dos níveis de qualificação dos portu
Pág.Página 57
Página 0058:
II SÉRIE-A — NÚMERO 24 58 empresas com o mundo científico, também se ressentiu de f
Pág.Página 58
Página 0059:
3 DE NOVEMBRO DE 2016 59 Ainda em articulação com o capítulo anterior, refira-se ta
Pág.Página 59
Página 0060:
II SÉRIE-A — NÚMERO 24 60 reinserção social, a modernização e capacitação das força
Pág.Página 60
Página 0061:
3 DE NOVEMBRO DE 2016 61  A redução de desigualdades através elevação do rendiment
Pág.Página 61