O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Parecer do CES sobre o Orçamento do Estado para 2018 (Aprovado em plenário a 06/11/2017)

28 / 42

exaustão de muitos profissionais; desajustamento da melhor combinação

entre o pessoal prestador (skill mix) conduzindo ao uso nem sempre eficiente

de recursos treinados e diferenciados; persistência de graves indicadores de

infeções bacterianas e ainda escassos resultados no seu controlo, apesar das

oportunidades de melhoria que os diagnósticos in vitro já hoje possibilitam.

O CES considera importante dotar o sistema de saúde de capacidade para

gerir com eficiência as tecnologias disponíveis e poder modernizar-se, isto é,

ter capacidade de investir, garantindo o acesso do doente aos tratamentos,

à inovação e aos avanços tecnológicos existentes.

O Ministério da Saúde tem estado claramente suborçamentado e a gestão

financeira sob stress ocupa gestores sem lhes permitir tempo e reflexão para

ganhos de eficiência. O CES continua a manifestar a sua preocupação pelo

contínuo subfinanciamento da Saúde e considera que o financiamento futuro

do SNS deveria constituir uma prioridade nacional.

As dotações insuficientes e a dificuldade em controlar a despesa provocam

acumulação de dívidas a fornecedores de bens e serviços, a qual se torna

crónica e só anualmente pode ser parcialmente aliviada. Só a dívida vencida

dos hospitais públicos às empresas farmacêuticas atingiu, segundo a

APIFARMA, em agosto deste ano, cerca de 760 milhões de euros.

O CES duvida que face ao histórico da despesa pública com a saúde o

acréscimo previsto possa ser suficiente para permitir uma gestão eficiente.

Os fortes constrangimentos financeiros dos últimos anos no sector da saúde

também têm levado à falta/redução de acesso a produtos/tecnologias

diferenciados(as) e da primeira linha aos doentes do SNS.

O CES entende que a deterioração financeira a que se assiste degrada a

qualidade do serviço e cria desigualdades territoriais no acesso ao sistema de

saúde e leva os mais afluentes a encaminharem-se para o setor privado, onde

a hotelaria e o conforto são mais visíveis, mas nem sempre acompanhados de

II SÉRIE-A — NÚMERO 22______________________________________________________________________________________________________________

524

Páginas Relacionadas
Página 0099:
2 DE NOVEMBRO DE 2017 362 COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Parec
Pág.Página 99
Página 0100:
II SÉRIE-A — NÚMERO 22 100 educativas e assegurar o cumprimento dos d
Pág.Página 100
Página 0101:
2 DE NOVEMBRO DE 2017 362 operadores do Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), at
Pág.Página 101
Página 0102:
II SÉRIE-A — NÚMERO 22 102 Quadro IV.11.1. Ensino Básico e Secundário
Pág.Página 102
Página 0103:
2 DE NOVEMBRO DE 2017 362 2017 Orçamento de 2018 Estimativa Rece
Pág.Página 103
Página 0104:
II SÉRIE-A — NÚMERO 22 104 2.3 As despesas com o pessoal alcançam des
Pág.Página 104
Página 0105:
2 DE NOVEMBRO DE 2017 362 2. “Reforço do Investimento em Ciência e Tecnologia, Demo
Pág.Página 105
Página 0106:
II SÉRIE-A — NÚMERO 22 106  À iniciativa “Research in Portugal”, bem
Pág.Página 106
Página 0107:
2 DE NOVEMBRO DE 2017 362 2.2 A despesa do Subsetor do Estado cresce 4,0% (mais 62
Pág.Página 107
Página 0108:
II SÉRIE-A — NÚMERO 22 108 Estado Orçamento de 2018
Pág.Página 108
Página 0109:
2 DE NOVEMBRO DE 2017 362 Neste Programa, 64,4% dos recursos estão afetos ao
Pág.Página 109