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19 DE ABRIL DE 2018

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Porém, fica cada vez mais a sensação de que o atual Governo vive à custa dos resultados que herdou.

Perante investidores internacionais, e tendo em vista captar investimento estrangeiro, institutos tutelados pelo

Ministério das Finanças ainda continuam a apresentar as reformas implementadas pelo anterior Governo

PSD/CDS-PP como um caso de sucesso, num claro contraste com o discurso político dos líderes de PS, BE e

PCP que as diabolizam.

A realidade é que volvidos mais de dois anos de governação, ainda não se conhece, pelo menos no campo

económico, uma única reforma, dita estrutural, que tenha sido adotada pelo atual Governo socialista.

O atual Governo vive de uma conjuntura económica positiva que herdou, a par dos resultados das medidas

que foram tomadas pelos seus antecessores. No entanto, nada tem feito para garantir a sustentabilidade desta

realidade que é hoje mais positiva do que quando a troika aterrou em Portugal.

Também não se conhece uma única medida de fomento ao investimento, bem pelo contrário, o que

naturalmente tem motivado críticas por parte dos representantes das empresas.

Não podemos igualmente deixar de lamentar a falta de valorização, de reconhecimento, e mesmo de respeito

pela Concertação Social, a qual já não é chamada a pronunciar-se sobre alterações à legislação laboral. Tão

pouco foi conseguido um acordo para o aumento da Retribuição Mensal Mínima Garantida (RMMG) para 2018,

facto que não encontra precedentes nos últimos aumentos, sem esquecer que o Governo não cumpriu o acordo

acordado para o aumento da RMMG para 2017.

Apesar de ainda vivermos numa conjuntura económica positiva, para a qual o Governo em nada tem

contribuído com as suas políticas, começam a surgir alguns sinais preocupantes.

Desde logo, o investimento estrangeiro, concretamente o industrial, tem estado em queda, o que só pode ser

motivo para preocupação, principalmente no caso de uma pequena e aberta economia como o é a portuguesa.

Fonte: Banco de Portugal

O cenário também não é nada otimista se analisarmos os principais rankings internacionais relacionados

com a competitividade da economia portuguesa.

Se analisarmos, por exemplo, os relatórios divulgados pelo World Economic Forum, concretamente o “The

Global Competitiveness Report”, constata-se que no relatório de 2015, Portugal ocupava a 38.ª posição ao nível

da competitividade, sendo que, no relatório de 2017 (o mais recente), Portugal já se encontrava na 42.ª posição.

O nosso país está pior numa das mais relevantes montras internacionais da competitividade. É urgente fazer

algo.

Quando nos focamos nos valores mais recentes do crescimento económico, é verdade que Portugal está a

crescer. No entanto está a crescer menos face a muitos dos seus parceiros europeus, sendo que grande parte

desses países possui taxas de IRC inferiores às de Portugal.

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