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8 DE JUNHO DE 2018

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Centro Hospitalar, leva-nos a concluir que dos problemas de funcionamento então identificados na estrutura

hospitalar da região, não foram cabalmente resolvidos e, por dificuldades financeiras do país, também não só

não se procedeu à sua requalificação como até assistimos a mais alguma degradação da infraestrutura.”

Consideram que a situação do Centro Hospitalar pode ser caracterizada da seguinte forma:

– Um centro hospitalar com uma gestão mais focada na rede de urgência e nos Cuidados intensivos;

– Ausência de um plano desenvolvimento da Instituição e da carteira de serviços;

– Infraestrutura insuficiente e em processo de degradação progressiva por falta do investimento necessário;

– Fraca capacidade de atração e fixação de recursos humanos médicos;

– Fraca coesão institucional e insuficiente integração funcional dos serviços;

– O ambiente interno (e da evolvente) de alguma tensão e pouco colaborativo.

Fortes constrangimentos ao desenvolvimento da atividade assistencial, por carência de e recursos humanos

e deficiência da infraestrutura tecnológica, designadamente:

1 – Carência de recursos humanos:

– Insuficiência de anestesistas para garantir ocupação a 100% das salas disponíveis;

– Fraca capacidade de resposta às necessidades em saúde da população em diversas especialidades

(Ortopedia, Oftalmologia, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria).

2 – Constrangimentos de correntes do desinvestimento:

– Redução da capacidade do bloco operatório;

– Salas inoperacionais, por falta de manutenção;

– Fraca rotação de salas operatórias;

– Insuficiência de material cirúrgico;

– Meios de diagnóstico (imagiologia) insuficientes: tomografia axial computorizada (TAC), ecografia.

Em consequência destes constrangimentos, o relatório indica que o Centro Hospitalar se encontra “num

processo de declínio continuado”, como se pode concluir pelos seguintes indicadores:

– Quebra continuada da atividade assistencial em todas as principais linhas de atividade, atingindo-se em

2015 o menor volume de atividade do período 2011/15;

– Aumento continuado da demora média;

– Aumento acentuado da cirurgia em hospitais convencionados;

– Desinvestimento na consulta externa para não gerar listas de espera sem resposta.

O Centro Hospitalar institui como objetivos para a sua atividade:

– Reforçar o quadro de recursos humanos particularmente no grupo médico;

– Requalificar e modernizar a infraestrutura física e tecnológica;

– Criar e Desenvolver novas valências e promover a diferenciação clínica;

– Melhorar o ambiente interno e implementar um modelo de gestão participativa por objetivos;

– Reequilibrar a afetação de recursos entre as unidades hospitalares que integram o Centro Hospitalar;

– Promover a formação pré e pós graduada e a investigação;

– Melhorar o ambiente da envolvente externa, reforçando a presença ativa junto da comunidade suscitando

uma participação mais ativa dos parceiros e agentes do poder local e regional na vida instituição;

– Reforçar a articulação com os cuidados de saúde primários (CSP);

– Consolidar e desenvolver o consórcio do Centro Académico de Biomedicina;

– Desenvolver e aprofundar as parcerias com outras entidades do SNS e do meio universitário.

De facto, há muito que a população do Algarve se debate com constrangimentos no acesso aos cuidados de

saúde de que necessita e aos quais tem direito, sendo esta uma realidade que se faz sentir não apenas nos

serviços hospitalares, mas também nos cuidados de saúde primários.

Há muito também que a população do Algarve aguarda a construção de um novo e muito prometido hospital:

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