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II SÉRIE-A — NÚMERO 6

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problemas de segurança rodoviária, intensificando o tempo gasto em viagem e tendo efeitos de poluição

atmosférica não desprezíveis, a concessão incluiu a conceção, projeto, construção, financiamento, exploração

e conservação destas vias.

Em 2012 o governo procedeu à renegociação de vários contratos de concessão e subconcessões referentes

às PPP do setor rodoviário, incluindo ex-SCUT alegadamente para uma redução sustentada dos

correspondentes encargos públicos.

A renegociação implicou acima de tudo uma redução dos próprios serviços e ações intrínsecas à exploração

e conservação das vias, definidos no contrato de concessão inicial, em vez da redução dos lucros e rendimentos

das concessionárias.

Com a renegociação dos contratos de concessão, senão em todos, na maioria dos nós de ligação a

iluminação foi apagada. Por exemplo na Concessão Interior Norte o dever de garantir a iluminação passou a ter

um carácter opcional.

Enquanto o Decreto-Lei n.º 323-G/2000, de 19 [alínea e), do n.º 4, da XXX base da concessão – critérios do

projeto] definia «os nós de ligação, as áreas de serviço e as áreas de repouso deverão ser iluminadas, bem

como as pontes de especial dimensão e os túneis» com as alterações no contrato a mesma alínea (Decreto-Lei

n.º 113/2015, de 19 de junho) passou ter a seguinte redação «podem ser iluminados» em vez de «deverão ser

iluminadas».

A falta de iluminação nos nós de acesso às autoestradas tem suscitado a contestação de condutores,

autarcas e da população em geral pois consideram que estes locais, sem luminosidade acarretaram maior

insegurança e perigo acentuando ainda mais o risco de acidente.

Para além da segurança dos condutores os peões são igualmente afetados, pois alguns nós ficam nas

proximidades de aglomerados urbanos e pelo facto de estes mesmos espaços serem frequentemente utilizados

como locais de interface de mercadorias e «boleias» pelo que no período noturno os constrangimentos e

insegurança são muito maiores na ausência de iluminação.

Por outro lado, em situações de perigo, a falta de iluminação potencia o pânico, conforme se verificou com

os incêndios de 15 de outubro de 2017 em que muitos condutores foram apanhados pelo fogo. Igualmente a

falta de luzes dificultou ainda mais a missão das autoridades em tentar evitar que se circulasse numa autoestrada

em chamas, sem segurança, onde acabou por ocorrer um acidente resultando daí duas vítimas mortais.

Neste caso em concreto, confrontada pela comunicação social relativamente ao desligamento das luzes e à

falta de limpeza da faixa secundária, a concessionária da A25 realçou que cumpre oportuna e integralmente

todas as obrigações definidas nos termos do contrato de concessão.

Considerando que os condutores e populações se sentem hoje mais inseguras com o desligamento das luzes

nos nós das autoestradas e que a falta de iluminação em situações de perigo pode contribuir para acentuar o

pânico, dificultar a ação dos agentes de autoridade e a prestação de socorro Os Verdes consideram necessário

que no período noturno os nós das autoestradas sejam iluminados para garantir mais segurança aos peões e

condutores.

Assim, nos termos constitucionais e regimentais aplicáveis, os deputados do Partido Ecologista «Os Verdes»,

apresentam o seguinte projeto de resolução:

A Assembleia da República recomenda ao Governo que nas autoestradas, os nós de ligação, as áreas de

serviço e as áreas de repouso sejam iluminados, bem como as pontes de especial dimensão e os túneis.

Assembleia da República, 28 de setembro de 2018.

Os Deputados de Os Verdes: José Luís Ferreira — Heloísa Apolónia.

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