O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 85

144

ESPANHA

Em Espanha o recrutamento para as carreiras judicial e do Ministério Público é conjunto mas a formação

(quer inicial quer contínua) é feita em instituições diferentes: no caso da carreira judicial, tal compete à Escuela

Judicial, dependente do Consejo General del Poder Judicial, e no caso do Ministerio Fiscal (Ministério Público)

compete ao Centro de Estudios Jurídicos, dependente do Ministério da Justiça.

O artigo 301 e seguintes da Ley Orgánica 6/1985, de 1 de julio, del Poder Judicial, dispõe sobre o ingresso

na carreira judicial, incluindo a formação inicial, e o artigo 433 bis sobre a formação ao longo da carreira. Em

ambos os casos as únicas matérias que se encontram expressamente previstas na lei são a igualdade entre

homens e mulheres e a violência de género (vejam-se o artigo 310, o n.º 5 do artigo 433 bis e, no tocante ao

Ministério Público, o n.º 2 do artigo 434).

Em consonância, o plano da formação inicial para o ano de 2018/2019 dos magistrados judiciais dedica

especial atenção às questões de género e violência sobre as mulheres, com o módulo 9 inteiramente dedicado

a esta última e muitas referências noutros módulos e atividades, sendo este identificado como um dos temas

que carece de continuar a ser alvo de formação aprofundada. A formação contínua é realizada de forma

centralizada e descentralizada (ao nível das comunidades autónomas). O plano estatal, que constitui o núcleo

fundamental da ação formativa desenvolvida pelo Consejo General del Poder Judicial, menciona

expressamente a igualdade de género no módulo relativo às questões da igualdade.

Também na formação inicial dos magistrados do Ministério Público a violência de género assume especial

relevância, sobretudo na parte prática (cfr. plano 2018).

FRANÇA

A formação, quer inicial, quer contínua, dos magistrados franceses das carreiras judicial e do Ministério

Público é assegurada pela Ecole Nationale de la Magistrature, que se encontra sob tutela do Ministério da

Justiça, e encontra-se prevista no artigo 14 e seguintes da Ordonnance n° 58-1270 du 22 décembre 1958

portant loi organique relative au statut de la magistrature.

A formação inicial e contínua de magistrados (e de muitas outras profissões, como médicos, paramédicos,

funcionários de justiça, advogados, etc.) compreende formação sobre violências intrafamiliares, violência

contra as mulheres, mecanismos de controlo psicológico, bem como as modalidades de comunicação às

autoridades administrativas e judiciais, tal como determina a Loi n° 2010-769 du 9 juillet 201027 relative aux

violences faites spécifiquement aux femmes, aux violences au sein des couples et aux incidences de ces

dernières sur les enfants, no seu artigo 21. A formação nesta área já estava prevista desde a versão originária

da lei, em 2010, sendo a redação atual a que decorre das alterações introduzidas em 2014 (pela Loi n° 2014-

873 du 4 août 2014 pour l'égalité réelle entre les femmes et les hommes) e 2015 (pela Loi n° 2015-1402 du 5

novembre 2015 tendant à clarifier la procédure de signalement de situations de maltraitance par les

professionnels de santé).

Refere-se no portal na Internet da referida Ecole Nationale de la Magistrature que esta matéria é um tema

recorrente quer na formação inicial, quer na formação contínua dos magistrados franceses (mais informação

em:

https://www.enm.justice.fr/actu-23112018-Violences-faites-aux-femmes-comment-sont-formes-les-

magistrats)

Organizações internacionais

CONSELHO DA EUROPA

A Convenção de Istambul tem como objetivos, designadamente, «proteger as mulheres contra todas as

formas de violência, e prevenir, processar criminalmente e eliminar a violência contra as mulheres e a violência

doméstica» e «contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres e

promover a igualdade real entre mulheres e homens, incluindo o empoderamento das mulheres».

27 Texto consolidado, presentemente em vigor.

Páginas Relacionadas
Página 0147:
10 DE ABRIL DE 2019 147 PORTUGAL. Centro de Estudos Judiciários – Violência(s) domé
Pág.Página 147
Página 0148:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 148 objeto principal, embora possa ser objeto
Pág.Página 148
Página 0149:
10 DE ABRIL DE 2019 149 de perigo, e o crime de coação, crime de resultado, são cri
Pág.Página 149
Página 0150:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 150 Índice I. Análise da
Pág.Página 150
Página 0151:
10 DE ABRIL DE 2019 151 O projeto de lei é composto por 4 artigos, o primeiro defin
Pág.Página 151
Página 0152:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 152 120 dias. Trata-se de um crime semipúblico
Pág.Página 152
Página 0153:
10 DE ABRIL DE 2019 153 O artigo 154.º do CP prevê o crime de coação, em que incorr
Pág.Página 153
Página 0154:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 154 O crime de violência doméstica implica ain
Pág.Página 154
Página 0155:
10 DE ABRIL DE 2019 155 – Reproduzir os artigos alterados, representando os números
Pág.Página 155
Página 0156:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 156 Na presente fase do processo legislativo a
Pág.Página 156
Página 0157:
10 DE ABRIL DE 2019 157 VI. Avaliação prévia de impacto • Avaliação sobre im
Pág.Página 157
Página 0158:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 158 PROJETO DE LEI N.º 1176/XIII/4.ª (C
Pág.Página 158