O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 85

66

portuguesa quanto às matérias objeto da formação dos magistrados. Indicam-se, pois, de forma detalhada

apenas os casos de Espanha e França.

ESPANHA

Em Espanha o recrutamento para as carreiras judicial e do Ministério Público é conjunto mas a formação

(quer inicial quer contínua) é feita em instituições diferentes: no caso da carreira judicial, tal compete à Escuela

Judicial, dependente do Consejo General del Poder Judicial, e no caso do Ministerio Fiscal (Ministério Público)

compete ao Centro de Estudios Jurídicos, dependente do Ministério da Justiça.

O artigo 301 e seguintes da Ley Orgánica 6/1985, de 1 de julio, del Poder Judicial, dispõe sobre o ingresso

na carreira judicial, incluindo a formação inicial, e o artigo 433 bis sobre a formação ao longo da carreira. Em

ambos os casos as únicas matérias que se encontram expressamente previstas na lei são a igualdade entre

homens e mulheres e a violência de género (vejam-se o artigo 310, o n.º 5 do artigo 433 bis e, no tocante ao

Ministério Público, o n.º 2 do artigo 434).

FRANÇA

A formação, quer inicial, quer contínua, dos magistrados franceses das carreiras judicial e do Ministério

Público é assegurada pela Ecole Nationale de la Magistrature, que se encontra sob tutela do Ministério da

Justiça, e encontra-se prevista no artigo 14 e seguintes da Ordonnance n.° 58-1270 du 22 décembre 1958

portant loi organique relative au statut de la magistrature.

A formação inicial e contínua de magistrados (e muitas outras profissões, como médicos, paramédicos,

funcionários de justiça, advogados, etc.) compreende formação sobre violências intrafamiliares, violência

contra as mulheres, mecanismos de controlo psicológico, bem como as modalidades de comunicação às

autoridades administrativas e judiciais, tal como determina a Loi n.° 2010-769 du 9 juillet 201022 relative aux

violences faites spécifiquement aux femmes, aux violences au sein des couples et aux incidences de ces

dernières sur les enfants, no seu artigo 21. A formação nesta área já estava prevista desde a versão originária

da lei, em 2010, sendo a redação atual a que decorre das alterações introduzidas em 2014 (pela Loi n.° 2014-

873 du 4 août 2014 pour l'égalité réelle entre les femmes et les hommes) e 2015 (pela Loi n.° 2015-1402 du 5

novembre 2015 tendant à clarifier la procédure de signalement de situations de maltraitance par les

professionnels de santé).

Refere-se no portal na Internet da referida Ecole Nationale de la Magistrature que esta matéria é um tema

recorrente quer na formação inicial, quer na formação contínua dos magistrados franceses (mais informação

em:

https://www.enm.justice.fr/actu-23112018-Violences-faites-aux-femmes-comment-sont-formes-les-

magistrats).

Outros países

Organizações internacionais

CONSELHO DA EUROPA

Para além do já mencionado relativamente à Convenção de Istambul na parte I da presente nota técnica,

recorda-se que, para efeitos desta Convenção, violência doméstica «abrange todos os atos de violência física,

sexual, psicológica ou económica que ocorrem na família ou na unidade doméstica, ou entre cônjuges ou ex-

cônjuges, ou entre companheiros ou ex-companheiros, quer o agressor coabite ou tenha coabitado, ou não,

com a vítima» (artigo 3.º).

No âmbito da prevenção, esta Convenção estabelece que as Partes devem adotar as medidas necessárias

para promover mudanças nos padrões de comportamento socioculturais das mulheres e dos homens, tendo

em vista a erradicação de comportamentos que fomentem a ideia de inferioridade das mulheres face aos

Páginas Relacionadas
Página 0048:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 48 STALKING: abordagem penal e multidisciplina
Pág.Página 48
Página 0049:
10 DE ABRIL DE 2019 49 Encontram-se cumpridos os requisitos formais previstos no n.
Pág.Página 49
Página 0050:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 50 d) Metodologia e discurso judiciários;
Pág.Página 50
Página 0051:
10 DE ABRIL DE 2019 51 (i) Os magistrados em exercício de funções têm o direito e o
Pág.Página 51
Página 0052:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 52 PARTE IV – ANEXOS Nota
Pág.Página 52
Página 0053:
10 DE ABRIL DE 2019 53 (Convenção de Istambul), bem como nos relatórios elaborados
Pág.Página 53
Página 0054:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 54 LEI N.º 2/2008, DE 14 DE JANEIRO PROJETO DE
Pág.Página 54
Página 0055:
10 DE ABRIL DE 2019 55 Na origem da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro, encontram-se
Pág.Página 55
Página 0056:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 56 Judiciários como entidade vocacionada para
Pág.Página 56
Página 0057:
10 DE ABRIL DE 2019 57 a) A atualização, o aprofundamento e a especialização dos co
Pág.Página 57
Página 0058:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 58 Violência contra as Mulheres e à Violência
Pág.Página 58
Página 0059:
10 DE ABRIL DE 2019 59 vítimas. O n.º 1 do artigo 29.º-A estabelece, no âmbito das
Pág.Página 59
Página 0060:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 60 – Projeto de Lei n.º 1166/XIII/4.ª (CDS-PP)
Pág.Página 60
Página 0061:
10 DE ABRIL DE 2019 61 N.º Título Data Autor Publicação XIII/4.ª – Projeto d
Pág.Página 61
Página 0062:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 62 N.º Título Data Autor Publicação XII
Pág.Página 62
Página 0063:
10 DE ABRIL DE 2019 63 N.º Título Data Autor Publicação XIII/2.ª – Projeto d
Pág.Página 63
Página 0064:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 64 N.º Data Assunto Situação na A.R. N.
Pág.Página 64
Página 0065:
10 DE ABRIL DE 2019 65 • Regulamentação ou outras obrigações legais A
Pág.Página 65
Página 0067:
10 DE ABRIL DE 2019 67 homens e outras medidas que previnam todas as formas de viol
Pág.Página 67
Página 0068:
II SÉRIE-A — NÚMERO 85 68 valoração positiva do impacto de género.
Pág.Página 68
Página 0069:
10 DE ABRIL DE 2019 69 PORTUGAL. Centro de Estudos Judiciários – Violência(s) domés
Pág.Página 69