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II SÉRIE-A — NÚMERO 28

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importância é ainda justificada por suportar mais de 1% da população invernante (na Europa ocidental) de

alfaiate, tarambola-cinzenta, pato-trombeteiro e corvo-marinho-de-faces-brancas.

No que respeita aos mamíferos, a área destaca-se por ser o único local conhecido na costa portuguesa onde

existe uma população residente de roaz-corvineiro. É também um dos poucos locais conhecidos no país para o

morcego-negro, destacando-se ainda o rato de Cabrera (na ribeira da Marateca), a lontra e o toirão como

espécies de estatuto de conservação desfavorável.

O estuário apresenta uma ictiofauna bastante rica e diversificada, incluindo diversas espécies com valor

comercial e biológico, que em Portugal só encontra paralelo no Estuário do Tejo, nas Rias de Aveiro e Formosa.

Destacam-se o sável e a savelha, dois peixes migradores que utilizam os estuários para a criação. Também são

referidos como quantitativos importantes o choupa, o linguado-ferrugento, o garrento, a raia-riscada e o linguado.

O estuário do Sado é muito importante a nível nacional no que diz respeito aos recursos haliêuticos. A fauna

de invertebrados ocorrente no estuário é rica e diversificada, apresentando algumas espécies de elevado valor

económico alimentar (como o berbigão, búzios, ameijoa, lambujinha, lingueirão, choco, camarão, caranguejo)

ou com outros usos (como o minhocão e o casulo, usados para isco na pesca). É o mais importante no tocante

à abundância de cefalópodes, fundamentalmente devido à presença de choco-vulgar, que aqui aparece de forma

regular e com quantitativos elevados».

À riqueza do seu património natural associa-se um importante património histórico e cultural, intensamente

ligado à atividade que as comunidades humanas desenvolveram no estuário ao longo dos tempos que a mesma

caracterização sublinha:

«Na área da Reserva Natural são conhecidos vários sítios de interesse arqueológico, nomeadamente o

concheiro neolítico da Barrosinha, a feitoria fenícia de Abul e os fornos romanos do Pinheiro, todos

correspondendo a diferentes fases da História.

No que respeita à arquitetura de raiz, assinalam-se por um lado a presença de alguns montes e também a

existência de construções com caráter precário, constituídas por cabanas com telhado de colmo, as quais

quando devidamente mantidas, possuem um inegável interesse etnográfico.

Os sistemas de moagem constituem outro exemplo de arquitetura tradicional que, no caso da Reserva,

compreendem moinhos de vento (atualmente inativos) e moinhos de maré, destacando-se o moinho de maré da

Mourisca (Faralhão), totalmente restaurado.

No plano cultural, importa ainda destacar as embarcações típicas do Sado que surgiram como meio de

transporte de várias mercadorias, sobretudo o sal proveniente das salinas de Setúbal. Esta cidade foi dos mais

importantes portos de pesca em Portugal e, consequentemente, o mais importante centro de produção de

conservas de peixe.

Desde tempos recuados, as tradições sagradas e profanas misturaram-se no que diz respeito às feiras e

romarias. Em Setúbal, destaca-se o Festival de Folclore das Praias do Sado, a Festa da Capela em Santo

Ovídeo (maio), a festa de N. Senhora de Troia (agosto) e a Feira de Santiago (julho, agosto). Em Alcácer do Sal

destaca-se a Feira Nova de outubro. Grândola apresenta as Festas do Concelho em Honra de Nossa Senhora

da Penha e as Festas do dia do Concelho (agosto). Em Grândola pode-se ainda apreciar a Rota das Tabernas,

com o objetivo de preservar e dar a conhecer as tradições da região (junho), bem como o Festival de Folclore

(agosto). A região de Palmela é muito apreciada pelas suas festas e romarias, destacando-se a Festa do Dia do

Concelho (junho), a Festa de Todos os Santos (novembro), o Festival do Queijo, Pão e Vinho e a Festa das

vindimas (setembro).

No concelho de Setúbal, a gastronomia tem por base o peixe e o marisco, facto que deriva da variedade e

qualidade das espécies disponíveis. Destaca-se assim a caldeirada de peixe, os salmonetes de Setúbal, o choco

frito, a sopa do mar e os vários peixes assados na brasa.

Em Palmela, os pontos altos da gastronomia local são a sopa de tamboril com poejos, as favas à caramela

e o coelho com feijão à moda de Palmela.

Em todos os concelhos que abrangem a Reserva destacam-se os vinhos, com uma importante região

demarcada: Península de Setúbal».

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