O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

31 DE JANEIRO DE 2020

51

Artigo 68.º-C

Assimetrias híbridas inversas

1 – Caso uma ou mais entidades associadas não residentes em território português detenham, de forma

agregada, um interesse direto ou indireto em 50% ou mais dos direitos de voto, participação no capital ou

direitos a uma parte dos lucros de uma entidade híbrida constituída ou estabelecida em território português e

estejam situadas ou domiciliadas numa jurisdição ou jurisdições que tratem a entidade híbrida como sujeito

passivo, essa entidade híbrida é considerada residente em território português e tributada nos termos do

presente Código.

2 – O disposto no número anterior não se aplica se e na estrita medida em que o rendimento da entidade

híbrida seja tributável em sede do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, do imposto sobre o

rendimento das pessoas coletivas, diretamente na titularidade de pessoas singulares ou coletivas, ou ao

abrigo da legislação de outra jurisdição.

3 – O disposto no presente artigo não é aplicável a um instrumento de investimento coletivo.

Artigo 68.º-D

Assimetrias de residência fiscal

1 – Não concorrem para a determinação do lucro tributável os gastos ou perdas incorridos ou suportados

por um sujeito passivo com sede ou direção efetiva em território português quando este seja considerado

como residente para efeitos fiscais em outra jurisdição e esses gastos sejam dedutíveis ao abrigo da

legislação de ambas as jurisdições, na medida em que, nos termos da legislação da outra jurisdição, essa

dupla dedução possa ser compensada com rendimento que não seja rendimento de dupla inclusão.

2 – Quando a outra jurisdição referida no número anterior for outro Estado-Membro, o disposto nesse

número apenas é aplicável quando o sujeito passivo seja considerado como residente para efeitos fiscais

nesse outro Estado-Membro, nos termos de convenção para evitar a dupla tributação em vigor.»

Artigo 3.º

Alteração sistemática

É aditada a subsecção I-A à secção VI ao capítulo III do Código do IRC, com a epígrafe «Regras

destinadas a neutralizar os efeitos de assimetrias», que compreende os artigos 68.º-A, 68.º-B, 68.º-C e 68.º-D.

Artigo 4.º

Entrada em vigor e produção de efeitos

1 – A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

2 – Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o s artigos 68.º-A, 68.º-B e 68.º-D do Código do IRC,

com a redação introduzida pela presente lei são aplicáveis aos períodos de tributação com início em, ou após,

1 de janeiro de 2020 e o o artigo 68.º-C do Código do IRC, com a redação introduzida pela presente lei, aos

períodos de tributação com início em, ou após, 1 de janeiro de 2022.

3 – O disposto na alínea c) do n.º 1 e na alínea a) do n.º 3 do artigo 68.º-B do Código do IRC, com a

redação introduzida pela presente lei apenas é aplicável aos períodos de tributação que se iniciem após 31 de

dezembro de 2022 relativamente a assimetrias híbridas resultantes de um pagamento de juros efetuado ao

abrigo de um instrumento financeiro a uma empresa associada quando se verifiquem cumulativamente as

seguintes condições:

a) O instrumento financeiro tenha características de conversão, recapitalização interna ou redução;

b) O instrumento financeiro tenha sido emitido com o único objetivo de satisfazer os requisitos relativos à

capacidade de absorção de perdas aplicáveis ao setor bancário e o instrumento financeiro seja reconhecido

como tal nos requisitos relativos à capacidade de absorção de perdas do sujeito passivo;

c) A emissão do instrumento financeiro:

Páginas Relacionadas
Página 0052:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 52 i) Esteja relacionada com instrumentos fina
Pág.Página 52
Página 0053:
31 DE JANEIRO DE 2020 53 por ter sido concebida essencialmente como aprofundamento,
Pág.Página 53
Página 0054:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 54 características-chave específicas relaciona
Pág.Página 54
Página 0055:
31 DE JANEIRO DE 2020 55 2018/822 claramente preconiza. É por isso que, nas
Pág.Página 55
Página 0056:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 56 Mas pode suceder que, face aos limites de u
Pág.Página 56
Página 0057:
31 DE JANEIRO DE 2020 57 a) Estabelece a obrigação de comunicação à Autoridade Trib
Pág.Página 57
Página 0058:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 58 j) «Mecanismos transfronteiriços», os que a
Pág.Página 58
Página 0059:
31 DE JANEIRO DE 2020 59 Artigo 4.º Impostos abrangidos Estão
Pág.Página 59
Página 0060:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 60 iii. Embora o destinatário seja residente,
Pág.Página 60
Página 0061:
31 DE JANEIRO DE 2020 61 iii. Em que não seja possível identificar os beneficiários
Pág.Página 61
Página 0062:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 62 CAPÍTULO III Sujeitos e objeto da ob
Pág.Página 62
Página 0063:
31 DE JANEIRO DE 2020 63 apresentar à AT, de três em três meses, um relatório de at
Pág.Página 63
Página 0064:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 64 em cada um dos anos em que aplique o mecani
Pág.Página 64
Página 0065:
31 DE JANEIRO DE 2020 65 2 – O disposto no número anterior exclui qualquer tipo de
Pág.Página 65
Página 0066:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 66 transfronteiriços, são por ela comunicadas
Pág.Página 66
Página 0067:
31 DE JANEIRO DE 2020 67 esclarecimentos, aperfeiçoamentos ou complementos exigidos
Pág.Página 67
Página 0068:
II SÉRIE-A — NÚMERO 44 68 CAPÍTULO VII Disposições finais
Pág.Página 68