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26 DE MAIO DE 2020

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As Deputadas e os Deputados do BE: José Moura Soeiro — Pedro Filipe Soares — Mariana Mortágua —

Jorge Costa — Alexandra Vieira — Beatriz Gomes Dias — Fabíola Cardoso — Isabel Pires — Joana Mortágua

— João Vasconcelos — José Manuel Pureza — José Maria Cardoso — Luís Monteiro — Maria Manuel Rola

— Moisés Ferreira — Nelson Peralta — Ricardo Vicente — Sandra Cunha — Catarina Martins.

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 483/XIV/1.ª

RECOMENDA AO GOVERNO A ATUALIZAÇÃO DAS TABELAS DE PRODUTIVIDADE E DE PREÇOS

DO SEGURO DE COLHEITA DA CEREJEIRA

Exposição de motivos

A cultura de cereja na região da Beira Interior está documentada pelo menos desde 1845, mantendo-se

ininterrupta até à atualidade.

O Diário da Assembleia da República de 23 de junho de 1994, a propósito da elevação da povoação do

Ferro a vila, dá conta de que nesta povoação se produzem várias culturas, entre as quais a cereja, cuja

qualidade é reconhecida por todo o País.

Efetivamente, a «cereja do Fundão» assume uma importância agrícola, económica e gastronómica que a

tornam num dos principais ex-libris da região da Beira Interior. A sua área geográfica de produção está

circunscrita à totalidade do concelho do Fundão e às freguesias limítrofes – a sul, Louriçal do Campo e

Lardosa (concelho de Castelo Branco) e a norte Ferro e Peraboa (concelho de Covilhã).

A produção de cereja tem, assim, um peso social e económico relevante no distrito de Castelo Branco,

representando mais de 50% do total da produção nacional.

É por isso importante, tanto para a economia da região como para a economia nacional, encontrar

mecanismos legislativos que permitam apoiar e mitigar a quebra de rendimento de todos os que estão direta e

indiretamente ligados a esta fileira.

Este ano, para além das vicissitudes decorrentes da pandemia, no distrito de Castelo Branco, a campanha

tem vindo a revelar-se anómala e atípica, com registo de estragos avultados devido à queda de neve que

ocorreu a 30 e 31 de março, seguida da formação de geada e de gelo a 1 de abril, que queimou flores, folhas

e frutos vingados.

Os estragos relatados ao Grupo Parlamentar do CDS-PP podem vir a superar 70% de quebra produtiva

com todas as implicações sociais e económicas daí resultantes para a região, prevendo-se também um

impacto nacional pela ausência de produção comercializável para fazer face à procura interna.

O GP CDS-PP entende serem justas as reivindicações destes produtores.

Para além de algumas medidas a tomar no imediato, de modo a permitir-lhes cumprir com as suas

obrigações diárias como empresários – como a criação de uma linha de crédito com juros bonificados e

período de carência, com garantias do Estado com limites de montante por hectare de pomar em produção,

para produtores afetados pelas quebras avultadas de produção, ou uma especial atenção nas peritagens dos

seguros de colheita realizados a estas culturas na campanha de 2020, no sentido de estas se adequarem o

mais possível da realidade dos segurados –, o GP CDS-PP entende que também devem ser tomadas outras

medidas já a partir da próxima campanha de 2021.

Falamos, nomeadamente, da criação de condições que permitam alterar a baixa adesão ao seguro de

colheita da cerejeira, devido às más condições impostas pelas seguradoras.

s companhias de seguros valorizam a cereja no má imo de 1€/kg, o que está muito abai o da m dia de

pagamentos aos produtores que ronda entre os 1,5€ e os 2€/kg; e atribuem a produtividade má ima de 12

ton/ha para um pomar de cereja, o que não reflete a realidade dos pomares renovados, que atingem

produtividades entre as 15 e as 20 ton/ha.

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