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II SÉRIE-A — NÚMERO 50

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Séries Categorias Edifícios

2 Unidades de Transformação Industrial

Fábricas; manufaturas; tinturarias; fábricas têxteis (algodão, lanifícios, seda); fábricas de cortiça, de conservas, de moagem, de descasque de arroz; de massas alimentícias; de chapéus; de sapatos, de papel, de pólvora, de cerâmica e de cerâmica de construção, de cordoaria, de vidro, de porcelana, de óleo de baleia, de briquetes, metalomecânica, de eletrónica, destilarias, lagares de azeite, lagares de vinho, balseiros e adegas, estaleiros navais; panificadoras.

3 Aparelhos de Transformação Química

(fornos) Fornos de cal; fornos de cerâmica; faiança e porcelana; arquitetura de um forno de cimento; alto-forno siderúrgico.

4 Transportes

Estações de mala-posta; estações ferroviárias centrais e intermédias; oficinas de manutenção de material circulante; rotundas ferroviárias; cocheiras de locomotivas e carruagens; Car Barn para elétricos urbanos; pontes (ferroviárias e rodoviárias; garagem, hangares, aeródromo de manobra, alfândega.

5 Equipamentos Úteis Abastecimento e distribuição de águas; aquedutos; estações elevatórias de águas; reservatórios; canalizações; fontes públicas; Mercados; matadouros municipais; guindaste.

6 Minas Complexos urbano-mineiros; galerias subterrâneas; cavaletes ou malacates; casas da malta; estruturas de metalurgia de metais.

7 Património Social da Indústria e das

Minas Vilas operárias, bairros operários, mineiros e ferroviários, hospitais, escolas, campos de jogos.

8 Património Construído Pré-Industrial Moinhos hidráulicos, moinhos eólicos, aeromotor, moinhos de maré, pisões, lagar de cera, poços ou reservatórios de neve, fábrica de gelo natural; oficinas de trabalho manual.

Tabela 1 – Património Industrial Imóvel2

Nos anos 80, o estudo académico na área do Património Industrial desencadeou novas políticas públicas,

especialmente com o surgimento, na área dos museus, de novos projetos de preservação do património

industrial. A Museologia Industrial foi, a partir desta década, um eixo importante das políticas públicas

autárquicas. Em Portugal, a multiplicação de equipamentos museológicos dependeu em grande parte do poder

local. A sua proximidade com a realidade de uma desindustrialização acentuada pressionou, por um lado, a

novas soluções para estes equipamentos e, por outro lado, na salvaguarda de uma entidade cultural e

territorial moderna e contemporânea.

Um dos casos mais emblemáticos desta reutilização de complexos industriais para instalação de um museu

é a Tate Modern, em Londres, que ocupou uma antiga central termoelétrica. Também no nosso país, ainda

que tardiamente, esse movimento da Museologia deu frutos. O Museu do Carro Elétrico no Porto e o Museu

dos Transportes Urbanos em Coimbra, a Central Hidroelétrica de Santa Rita em Fafe, o Museu da Indústria

Têxtil em Famalicão, o Museu da Água, a Central Elevatória do Parque da Cidade Dr. Manuel Braga ou, por

exemplo, o Museu da Eletricidade que foi instalado na Central Tejo em Lisboa são alguns bons exemplos do

panorama atual no território nacional. A juntar a esta lista, temos todos os núcleos museológicos da CP

relacionados com a ferrovia e ainda toda a realidade dos mineiros em Portugal, desde as próprias minas às

Casas da Malta. Existem também outros museus que, apesar da sua temática não ser o património industrial,

estão instalados em antigas fábricas. O Museu da Fundação Vieira da Silva ocupa hoje a outrora Real Fábrica

das Sedas do Rato (1759-1769). Por fim, não devemos retirar deste grupo de museus todo o esforço que as

Universidades e Politécnicos têm tido na criação de novos espaços desta natureza, seja com coleções suas

(académicas) seja com coleções que assumiram como projeto seu. O Museu dos Lanifícios da UBI na Covilhã

é um espelho desse trabalho.

Esta nova corrente da Arqueologia (em primeiro lugar) e, depois da Museologia e das várias vertentes das

Ciências do património foram responsáveis por uma maior preocupação da sociedade civil para com o espaço

público e o seu património. A aproximação da Academia e da organização popular nesta matéria é clara. A

Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial (criada em 1986), a Associação Portuguesa para o

Património Industrial (1997) são as pontes necessários entre o saber científico e o crescimento da participação

2 Custódio, Jorge. Políticas públicas para a salvaguarda e conservação do Património Industrial: Omissão ou Desconsideração? P. 25

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