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11 DE MARÇO DE 2021

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da OMS. Em Portugal, 31% dos rapazes e 18% das raparigas têm excesso de peso. Aos 15 anos, a obesidade

atinge os 24% e os 17% para cada sexo, respetivamente. Relativamente à população adulta, 59,1% tem excesso

de peso e 24% é obesa. A prevalência de excesso de peso é maior entre os homens (61,8%) do que nas

mulheres (56,6%). Do ponto de vista dos indicadores sobre obesidade, estas percentagens descem para 21,6%

e 26,3%, respetivamente.

A abordagem do problema do excesso de peso e da obesidade, bem como das patologias associadas, é

complexa e multifatorial. Assim, se a OMS assinala a importância do combate ao sedentarismo e da promoção

do exercício físico, também realça a relevância da promoção de uma alimentação saudável, reduzindo-se o

consumo de sal e de alimentos ricos em gordura saturada, e aumentando-se o consumo de frutas e vegetais.

Por exemplo, a OMS defende que apenas 10% da percentagem de energia consumida diariamente por um

adulto seja de gordura saturada (valor excedido no regime alimentar geral da população portuguesa, que em

média consome 10,8%). Já relativamente ao sal, a OMS indica que o consumo diário não deverá exceder os 5

gramas, o que corresponde a menos de metade do valor da sua ingestão média, em Portugal (12,3 gramas).

O consumo excessivo de sal, de açúcar e de gorduras saturadas, por exemplo, não está apenas associado

a um aumento da prevalência da obesidade, potenciando o risco de muitas outras doenças, desde a hipertensão,

problemas cardiovasculares ou diabetes, com todas as complicações e morbilidades associadas.

Fazer escolhas de consumo informadas e esclarecidas

Uma das formas de reduzir a prevalência de muitas doenças, de reduzir a carga de doença crónica e suas

comorbilidades e de aumentar a qualidade de vida é optar por uma dieta mais saudável.

Essa escolha passa por informar o consumidor sobre o impacto das escolhas de consumo na sua saúde

presente e futura, ou seja, informar de forma percetível sobre se a constituição de determinado alimento impacta

positiva ou negativamente na saúde de alguém.

Atualmente, a informação nutricional nos rótulos é um dos principais meios de incentivo para a realização de

escolhas mais saudáveis, no momento da compra dos alimentos. Porém, a disponibilização da informação

nutricional na rotulagem dos alimentos deve ser compreensível e facilmente apreensível, de uma forma

generalizada e universal, o que atualmente não acontece. O semáforo nutricional permite essa apreensão, com

uma associação rápida e simples entre a informação nutricional e a regularidade desejável do consumo desses

nutrientes, do ponto de vista da promoção de uma alimentação saudável.

A monitorização das experiências realizadas em alguns países que usam este sistema tem demonstrado que

a sua utilização permitiu alcançar resultados significativos na melhoria das escolhas alimentares, sobretudo

quando acompanhado do semáforo nutricional (TLL, do inglês traffic light labeling), que se mostrou um método

mais instintivo e prático, permitindo a comparação com outros produtos de um modo mais direto e esclarecido.

Com a transposição do Regulamento (EU) n.º 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de

outubro de 2011, a rotulagem da maioria dos alimentos transformados tem de incluir, desde o dia 13 de

dezembro de 2016 e de forma obrigatória, uma declaração nutricional contendo os seguintes elementos: o valor

energético, as gorduras, os hidratos de carbono, os açúcares, as proteínas e o sal. Contudo, a rotulagem

nutricional através do sistema de dose diária recomendada (DDR%) pode criar potenciais barreiras para a plena

realização de escolhas saudáveis. É preciso que o consumidor tenha uma literacia desenvolvida para poder

interpretar a tabela e comparar produtos entre si, por exemplo. Para além disso, a forma como a informação é

apresentada pode provocar uma falsa impressão ao consumidor e às consumidoras, como a de que a DDR é a

meta diária que deve ser consumida, embora, na verdade, seja antes a indicação dos limites que não devem

ser ultrapassados.

Se a informação nutricional for apresentada no sistema de semáforo, essa mesma informação será mais

facilmente assimilável e corretamente interpretada pelas consumidoras e consumidores. É mais fácil tomar

decisões baseadas no impacto que cada produto pode ter na saúde, sendo também mais fácil a comparação

entre produtos, potenciando a escolha sobre o produto mais saudável.

O sistema de semáforo nutricional permite a aquisição de muita informação importante em pouco tempo,

através de um código de cores, como o que se exemplifica abaixo.

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