O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 50

144

clima, tanto em face de perigos imediatos e concretos como de riscos futuros e incertos, e podendo estabelecer,

em caso de incerteza científica, que o ónus da prova recai sobre a parte que alegue a ausência de perigos ou

riscos;

k) Responsabilização, recuperação e reparação, devendo cada agente interveniente responder pelas suas

ações e omissões, diretas e indiretas, estando obrigado a corrigir ou recuperar as perdas e danos que tenha

originado, suportando os encargos daí resultantes e as compensações aplicáveis a terceiros.

CAPÍTULO II

Direitos e deveres climáticos

Artigo 5.º

Direito ao equilíbrio climático

1 – Todos têm direito ao equilíbrio climático, nos termos constitucional e internacionalmente estabelecidos.

2 – O direito ao equilíbrio climático consiste no direito de defesa contra os impactos das alterações climáticas,

bem como no poder de exigir de entidades públicas e privadas o cumprimento dos deveres e das obrigações a

que se encontram vinculadas em matéria climática.

Artigo 6.º

Direitos em matéria climática

1 – Todos gozam dos direitos de intervenção e participação nos procedimentos administrativos relativos à

política climática, nos termos da lei.

2 – É ainda garantida a tutela plena e efetiva dos direitos e interesses legalmente protegidos em matéria

climática, incluindo, nomeadamente:

a) O direito de ação para defesa de direitos subjetivos e interesses legalmente protegidos e para o exercício

do direito de ação pública e de ação popular;

b) O direito a promover a prevenção, a cessação e a reparação de riscos para o equilíbrio climático;

c) O direito a pedir a cessação imediata da atividade causadora de ameaça ou dano ao equilíbrio climático.

Artigo 7.º

Deveres em matéria climática

1 – Todos têm o dever de proteger, preservar, respeitar e assegurar a salvaguarda do equilíbrio climático,

contribuindo para mitigar as alterações climáticas.

2 – A cidadania climática consiste no dever de contribuir para a salvaguarda do equilíbrio climático, cabendo

ao Estado promovê-la nos planos político, técnico, cultural, educativo, económico e jurídico.

Artigo 8.º

Sujeitos

São sujeitos da ação climática:

a) O Estado;

b) Os institutos públicos;

c) As empresas públicas;

d) As regiões autónomas;

e) As autarquias locais e respetivas associações públicas;

f) O Conselho para a Ação Climática, nos termos a definir em diploma próprio;

g) As entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica;

Páginas Relacionadas
Página 0142:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 142 53/2004, de 18 de março; i) A alíne
Pág.Página 142
Página 0143:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 143 b) Garantir justiça climática, assegurando a proteção das
Pág.Página 143
Página 0145:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 145 h) As organizações não governamentais de ambiente (ONGA),
Pág.Página 145
Página 0146:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 146 Artigo 12.º Conselho para a Ação Cl
Pág.Página 146
Página 0147:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 147 suas atribuições e competências, assegurando a sua coerên
Pág.Página 147
Página 0148:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 148 agravamento da incidência de doenças em re
Pág.Página 148
Página 0149:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 149 CAPÍTULO IV Instrumentos de planeamento e avaliaçã
Pág.Página 149
Página 0150:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 150 com vista à consecução dos objetivos climá
Pág.Página 150
Página 0151:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 151 para a mitigação. 3 – O governo aprova o primeiro
Pág.Página 151
Página 0152:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 152 c) Atividades económicas, sociais e cultur
Pág.Página 152
Página 0153:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 153 c) Eliminação progressiva até 2030 dos subsídios fixados
Pág.Página 153
Página 0154:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 154 Artigo 31.º Despesa fiscal <
Pág.Página 154
Página 0155:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 155 dos ativos e passivos; e) Princípio do desinvestim
Pág.Página 155
Página 0156:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 156 dos objetivos da presente lei, designadame
Pág.Página 156
Página 0157:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 157 energético nacional; e) Progressiva descentralizaç
Pág.Página 157
Página 0158:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 158 b) Introduzir mecanismos de monitorização,
Pág.Página 158
Página 0159:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 159 3 – O Estado promove a incorporação de fontes reno
Pág.Página 159
Página 0160:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 160 asseguram o provisionamento, em tempo útil
Pág.Página 160
Página 0161:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 161 d) Garantia de uma política de informação constante junto
Pág.Página 161
Página 0162:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 162 recorrendo a tecnologias que reduzam a emi
Pág.Página 162
Página 0163:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 163 SECÇÃO V Estratégias de sequestro de carbono <
Pág.Página 163
Página 0164:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 164 SECÇÃO VI Educação climática
Pág.Página 164
Página 0165:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 165 Artigo 65.º Tipologias de projetos de cooperação n
Pág.Página 165
Página 0166:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 166 5 – O governo submete a consulta pública u
Pág.Página 166
Página 0167:
3 DE DEZEMBRO DE 2021 167 Artigo 72.º Responsabilidade e quadro sancionatóri
Pág.Página 167
Página 0168:
II SÉRIE-A — NÚMERO 50 168 vigor da presente lei, um relatório sobre
Pág.Página 168