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2 | II Série B - Número: 001 | 22 de Setembro de 2007

VOTO N.º 104/X DE CONGRATULAÇÃO PELA PARTICIPAÇÃO HONROSA DA SELECÇÃO NACIONAL MASCULINA DE BASQUETEBOL NO EUROPEU DA MODALIDADE

A Selecção Nacional Masculina de Basquetebol terminou a sua participação no europeu da modalidade, que se disputou em Espanha, num honroso nono lugar, entre 18 equipas.
Foi a primeira vez que Portugal se qualificou para a fase final desta competição, na qual apenas tinha participado, em 1951, mas por convite.
A equipa lusa foi eleita unanimemente como a grande sensação deste EuroBasket, apesar de ser o país presente com menos cotação internacional. Graças a esta excelente campanha, o basquetebol nacional passa a figurar, pela primeira vez, no ranking mundial da modalidade.
Os basquetebolistas portugueses deram provas de estarem à altura, de poderem competir com as melhores equipas do velho continente. Exemplos disso foram as duas vitórias e a presença na segunda fase deste europeu.
Graças ao empenhamento, esforço e dedicação de todos os jogadores e da equipa técnica, assistimos a um dos momentos mais altos da história internacional do basquetebol português.
Desta forma, esta participação e o resultado final dos basquetebolistas lusos é, sem dúvida, motivo para que a Assembleia da Republica congratule toda a Selecção Portuguesa de Basquetebol, como forma de glorificar o trabalho de cada jogador, e a dinâmica de uma equipa que representa Portugal.

Palácio de São Bento, 12 de Setembro de 2007.
Os Deputados do CDS-PP: Telmo Correia — Pedro Mota Soares — Nuno Magalhães — António Carlos Monteiro — mais uma assinatura ilegível.

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VOTO N.º 105/X DE PESAR PELO FALECIMENTO DE EDUARDO PRADO COELHO

Faleceu no passado dia 25 de Agosto, aos 63 anos, Eduardo Prado Coelho, um dos mais brilhantes ensaístas e escritores contemporâneos.
Nascido em Lisboa, a 29 de Março de 1944, Eduardo Prado Coelho licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou como assistente de 1970 até 1983, ano em que se doutorou em Teoria da Literatura.
Em 1984 tornou-se professor associado no Departamento de Ciências da Comunicação, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Em 1988 leccionou também no Departamento de Estudos Ibéricos da Universidade da Sorbonne.
Ao longo da sua vida Eduardo Prado Coelho exerceu, sempre com dedicação e visão, diversos cargos públicos. Entre 1975-1976 foi Director-Geral da Acção Cultural no Ministério da Cultura, tendo então tido um papel relevante na definição das primeiras políticas culturais do Estado depois do 25 de Abril. Foi Conselheiro Cultural na Embaixada de Portugal em Paris entre 1989 e 1998, funções em que desenvolveu uma actividade de enorme importância na difusão e no conhecimento da língua e da cultura portuguesas. Em 1990 foi Comissário para a Literatura e o Teatro da Europália, em Bruxelas. Mais tarde, em 1997, desempenhou também as funções de director do Instituto Camões em Paris. Em 2000 foi o comissário da participação portuguesa no Salon du Livre, em Paris.
Em Portugal Eduardo Prado Coelho foi ainda membro do Conselho Directivo do Centro Cultural de Belém, membro do Conselho Superior do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (IÇAM), membro do Conselho de Opinião da Radiodifusão Portuguesa e membro do Conselho de Opinião da Radiotelevisão Portuguesa.
Entre a sua vasta bibliografia universitária, ensaística e literária, constam, entre outras, as obras Os Universos da Crítica: Paradigmas nos Estudos Literários (1983), O Reino Flutuante (1972), A palavra sobre a palavra (1972), Hipóteses de Abril (1975), A letra litoral (1978), A mecânica dos fluidos» (1984), A noite do mundo, O cálculo das sombras (1997), Situações do Infinito (2004), Diálogos sobre a fé (2004), escrito com o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, Razão do Azul (2004) e Nacional e Transmissível (2006).
Os dois volumes de um diário intitulado Tudo o que não escrevi (1992) mereceram o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores, em 1996. Pelas suas crónicas, Eduardo Prado Coelho foi ainda agraciado com o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom em 2004.
Eduardo Prado Coelho foi também um polemista notável, contribuindo decisivamente para vários debates que marcaram a cultura portuguesa, com destaque para o que travou com o escritor Virgílio Ferreira sobre o humanismo.
Desde os anos 60 até aos seus últimos dias, revelando uma vitalidade e uma curiosidade intelectuais sem igual, Eduardo Prado Coelho manteve uma colaboração constante com jornais e revistas, com particular incidência na crítica literária, nos problemas culturais e civilizacionais e na análise política.

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