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2 | II Série B - Número: 051 | 27 de Novembro de 2010

VOTO DE PESAR N.º 71/XI (2.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EX-DEPUTADO DO PS RUI JOAQUIM CABRAL CARDOSO DAS NEVES

Uma forte consternação e um enorme pesar atravessaram todos aqueles que privaram e conheceram Rui Joaquim Cabral Cardoso das Neves quando tiveram conhecimento do seu falecimento, no dia 8 de Novembro, aos 67 anos de idade.
Nascido em Angola a 1 de Janeiro de 1943, Rui Neves foi um político de referência de fortes convicções e cedo deixou bem vincada a sua persistente dedicação aos valores em que acreditava: da liberdade, da igualdade e da fraternidade. À causa do humanismo, afinal! Afirmou-se como seu defensor desde os bancos do liceu, mas o seu primeiro grande combate contra a ditadura travou-o na Universidade de Coimbra, na crise académica de 1962, de onde acabaria expulso e, nessa sequência, sentiu a dureza da guerra colonial por dentro, na Guiné, sem poder concluir o seu curso.
Foi sempre um lutador esclarecido contra o regime e desempenhou um papel relevante no alvorecer de Abril.
Homem de elevada craveira intelectual e política, sempre se entregou às causas e missões públicas com total desprendimento e em defesa de valores e de princípios em que acreditava muitas vezes com sacrifício da vida pessoal.
Sempre se norteou por uma conduta de honestidade, sentido de justiça e coerência que estiveram bem patentes nas funções como Deputado, eleito nas listas do Partido Socialista, na Assembleia da República, entre 31 de Maio de 1983 e 13 de Novembro de 1985, como adjunto, no Governo Civil do Distrito de Viseu, como Vereador e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Nelas e como membro da Assembleia Municipal de Nelas.
A sua visão de futuro, o seu sentido estratégico, a sua perseverança e capacidade de diálogo cativaram a admiração de todos e fizeram dele uma referência incontornável, sobretudo no desenvolvimento económico e social do seu concelho de Nelas, território pelo qual muito lutou, procurando a melhoria e o bem-estar das condições de vida das suas populações.
Ágil na argumentação, culto no discurso, leal para com os adversários políticos, sereno na palavra e afável no trato, ficará para sempre lembrado como um homem de afectos, desprendido dos bens materiais, mas com um raro sentido de solidariedade e coesão familiares.
A Assembleia da República presta sentida homenagem à memória de Rui Neves e apresenta, em nome de todos os grupos parlamentares, à sua família, nomeadamente à sua esposa, filha e netos, as mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 23 de Novembro de 2010 Os Deputados: Renato Sampaio (PS) — Acácio Pinto (PS) — José Rui Cruz (PS) — José Lello (PS) — Paulo Barradas (PS) — José Cesário (PSD) — António Almeida Henriques (PSD) — Hélder Amaral (CDS-PP) — Maria Helena Rebelo (PS) — João Figueiredo (PS) — Jorge Strecht (PS).

——— VOTO N.º 72/XI (2.ª) DE CONDENAÇÃO PELA DESTRUIÇÃO DO ACAMPAMENTO SAHARAUI GDAIM IZIK, EM AAIÚN

No passado mês de Outubro de 2010 cerca de 20 000 saharauis levantaram um acampamento de protesto no deserto, nos arredores da cidade de El Aaiún, como forma de exprimir pacificamente a sua ansiedade face às difíceis condições de vida a que estão sujeitos nos campos de refugiados e à delapidação dos seus recursos naturais. Desde o início, esta iniciativa pacífica foi rodeada de uma forte presença militar que a isolou e bloqueou qualquer acesso, situação que se foi acentuando gravemente até culminar numa destruição violenta do acampamento em meados de Novembro.
Na mesma semana em que se iniciava uma nova ronda de negociações entre Marrocos e a Frente Polisário nas Nações Unidas, e lesando gravemente esse quadro negocial patrocinado pela comunidade

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