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6 | II Série B - Número: 080 | 8 de Janeiro de 2011

Azevedo Soares desenvolveu a sua vida profissional nas forças armadas, sendo um brilhante oficial da Marinha de Guerra Portuguesa, da Classe de Marinha e com especialização como Fuzileiro Naval, exercendo funções de serviço na Guiné-Bissau e Moçambique.
Já em democracia, assumiu funções no Gabinete do Chefe do Estado Maior da Armada e posteriormente na Administração de várias empresas, nomeadamente Dragapor e Carris.
A sua participação política deu-se através do partido a que aderiu em 1978, o PSD, no qual exerceu os mais diversos cargos, nomeadamente o de Secretário-Geral e primeiro Vice-Presidente do PSD.
Eleito Deputado à Assembleia da República na VII e na VIII Legislaturas, onde exerceu funções de VicePresidente do Grupo Parlamentar, о Comandante Azevedo Soares, exerceu ainda funções de Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro no VI Governo Constitucional, de Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, no X Governo Constitucional e Ministro do Mar, no XII Governo Constitucional.
Pelo reconhecimento do mérito da sua acção foram-lhe atribuídas diversas condecorações civis e militares.
Não estando a exercer qualquer função política, Azevedo Soares continuava a acompanhar, com uma atenção muito especial, a realidade política do nosso País, com a capacidade de discernir a espuma daquilo que é verdadeiramente importante para Portugal. Muitos vão ter saudades das suas reflexões, dos seus conselhos, das suas sempre avisadas palavras.
A Assembleia da República, reunida em sessão plenária manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Eduardo Azevedo Soares e envia aos seus familiares sinceras condolências.

Palácio de São Bento, 5 de Janeiro de 2011.
Os Deputados do PSD: Miguel Macedo — Francisco de Assis — Miguel Frasquilho — Isabel Sequeira — Duarte Pacheco — Guilherme Silva — Paulo Batista Santos — Rosa Maria Albernaz — Maria Paula Cardoso — Luís Montenegro.

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VOTO N.º 90/XI (2.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MALANGATANA VALENTE NGWENYA

Foi com enorme consternação e pesar que tomámos conhecimento do falecimento de Malangatana Valente Ngwenya.
Malangatana Valente Ngwenya, um dos mais prestigiados pintores africanos da actualidade, foi um homem do mundo, uma figura universal na área das artes.
Nasceu а 6 de Junho de 1936, em Matalana, uma povoação do distrito de Marracuene, às portas da, então, Lourenço Marques, hoje, Maputo. Estudou até à 3.ª classe e aos 11 anos começou a trabalhar; foi pastor, aprendiz de curandeiro, apanhador de lenha, de bolas de ténis e empregado doméstico.
Foi no mundo das artes que se notabilizou e, nos últimos 50 anos, foi muito mais do que pintor: Malangatana também ficou conhecido pelas suas obras de cerâmica, tapeçaria, gravura e escultura.
Contador de histórias, dinamizador cultural, poeta e actor, Malangatana começou a dedicar-se às artes, com o apoio do arquitecto português Pancho Guedes, que lhe cedeu uma garagem para ateliê.
Entre 1990 e 1994, foi Deputado da FRELIMO e, ao longo de décadas, esteve ligado a causas sociais e culturais.
Criou o Museu Nacional de Arte de Moçambique e está representado em museus, galerias e colecções particulares de diversos países: Moçambique, Portugal, Alemanha, Áustria, Bulgária, Chile, Brasil, Angola, Cuba, Estados Unidos, Índia. Tem murais em Maputo e na Beira, na África do Sul e na Suazilândia, Suécia e Colômbia.

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