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14 | II Série B - Número: 244 | 30 de Junho de 2012

Parte С – Historial concelhio Primitivamente o concelho era designado рог "Paiva". Essa designação vem já de tempos muito antigos, tendo sido encontrada num documento datado do ano de 883 e só há cem anos atrás passou a designar-se "Castelo de Paiva", visto que, sendo a ata mais antiga – existente nos arquivos municipais – de 1850, é no dia 4 de março que aparece o nome de "Castelo de Paiva" para designar o concelho.
O concelho é herdeiro da antiga honra de Sobrado (Payva de Riba Douro) e D. Manuel I concedeu-lhe o foral a 1 de dezembro de 1513.
Consta-se que, nos Paços de Gondim, viveu Martim de Bulhões, que casou com Maria Teresa Taveira, na Igreja do Mosteiro Beneditino (do qual não há qualquer vestígio) e deste enlace teria nascido Fernão de Bulhões, mais tarde Santo António de Lisboa.
Na Idade Média, esta região fazia parte do território da Anégia. Só a partir do Século XI, e com a reconquista definitiva da região é que se começa a forjar a verdadeira identidade da desde então chamada Terra de Paiva.
O concelho de Castelo de Paiva tem foral dado por El-Rei D. Manuel, em dezembro. Porém, há quem defenda que o Rei D. Afonso III, em 1260, já teria outorgado um primeiro foral a esta terra do Vale do Paiva.

Freguesias Bairros é uma freguesia com 8,49 km2 de área e 2047 habitantes (2011). Densidade: 241,1 hab/km2. O nome original desta freguesia é São Miguel de Bairros, em virtude do seu padroeiro. A freguesia tem uma existência muito antiga, conforme se pode ler em documentos que foram surgindo ao longo dos tempos. Sabese que, no ano de 989, o abade do Mosteiro de S. Miguel trocava uma herdade em Várzea, pertencente ao Mosteiro, por outra na rústica Villa de Barius, hoje freguesia de Bairros. Quando se efetuaram, nas terras de Paiva, as inquirições de 1258, estava a paroquiar esta freguesia o Padre Pedro Gonçalves e a igreja estavam dependentes do Mosteiro de Vila Boa do Bispo. Toda a paróquia pertencia à Ordem do Hospital e a cavaleiros, exceção feita aos lugares de Fundões e Felgueiras, domínios pertencentes a Rodrigo Flaz. A Quinta da Fisga, com edifício de estilo barroco e com um grandioso portal e uma vistosa fonte é o ex-libris desta freguesia, apresentando um dos solares mais típicos da região norte, cuja construção teve início em 1640.
Fornos é uma freguesia com 4,39 km2 de área e 1439 habitantes (2011). Densidade: 327,8 hab/km2. Nas primeiras inquirições realizadas surge como parte final de Paiva e a sua paróquia foi formada no século X, sendo S. Paio (hoje S. Pelagio) o seu padroeiro. O lugar do Castelo, na foz do rio Paiva que ali se junta ao Douro, foi um antigo porto fluvial que servia uma vasta região e já era referido num documento relativo ao ano de 1423. Este porto fluvial tinha um intenso tráfego, visto que servia todo o Vale do Paiva, as terras de Paiva, de Cinfães e algumas localidades do vizinho concelho de Arouca.
Paraíso é uma freguesia com 24,85 km2 de área e 924 habitantes (2011). Densidade: 37,2 hab/km2. Seu santo padroeiro é S. Pedro, mas tem uma enorme devoção pela St.ª Eufémia, santa que se venera no lugar com o mesmo nome e que se apresenta como uma das maiores romarias da região. É uma freguesia de relevo acidentado, pouco cultivada e com uma grande mancha florestal, com pequenos núcleos populacionais, dispersos pela sua extensa superfície. As inquirições de 1258 incluem o território desta freguesia, ou pelo menos parte dela, na freguesia de Pedorido, mas já em 1320, no arrolamento das paróquias, esta terra aparece já referenciada como S. Pedro do Paraíso, porventura instituída devido à grande distância que as separavam. Os povos antigos, que neste acidentado território marcaram presença definitiva, aproveitaram muito do extraordinário manancial mineralógico existente. Há também vestígios da presença de povos germânicos neste território, nomeadamente em nomes de alguns lugares, como Sabariz e Touriz, que aludem a possíveis "villas" germânicas. Na zona de Carvalho Mau surgiu um núcleo megalítico de grande extensão, tendo sido já objeto de algumas escavações arqueológicas, com três mamoas que provam a passagem de diversos povos por esta região. Desde a doação que Egas Herminges fizera antes da sua morte, em 1133, de metade do seu padroado da Igreja de S. Pedro do Paraíso ao Mosteiro de Paço de Sousa, foi aberto um contencioso entre aquele Mosteiro e a Mitra de Lamego, que havia de durar pelo menos até ao século XVIII. A atividade mineira teve grande expressão nesta freguesia, com a exploração carbonífera na zona do Pejão, onde ainda hoje são visíveis muitos vestígios daquela atividade, que arrastou muitos trabalhadores e aventureiros a estas paragens.

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