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3 | II Série B - Número: 056 | 10 de Dezembro de 2012

Importa agora retomar rapidamente o processo negocial, com espírito de abertura de ambas as partes e sentido do compromisso, para ultrapassar os difíceis obstáculos que encalham o processo de paz, como é desejo das Nações Unidas e do mundo em geral.
Como disse o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, «devemos agora dar um novo impulso aos nossos esforços coletivos para garantir que um Estado da Palestina independente, soberano, democrático, contíguo e viável possa viver, lado a lado e em segurança, com o Estado de Israel».
A Assembleia da República congratula-se com a votação da Assembleia Geral das Nações Unidas e saúda o povo palestiniano por esta nova fase da sua existência, que desejamos que seja de cooperação e entendimento para que a tão desejada paz possa ser alcançada entre palestinianos e israelitas.

Assembleia da República, 6 de dezembro de 2012.
Os Deputados do PS: Maria de Belém Roseira — Alberto Martins — Paulo Pisco — Jorge Lacão — Maria Gabriela Canavilhas — Pedro Nuno Santos — Duarte Cordeiro — Miguel Freitas — Vieira da Silva — Pedro Jesus Marques — João Paulo Pedrosa — Ana Paula Vitorino — Eduardo Cabrita — António Serrano — Isabel Alves Moreira — Inês de Medeiros — Idália Salvador Serrão — Ferro Rodrigues — Anabela Freitas — Fernando Medina.

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VOTO N.º 87/XII (2.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DO ENCENADOR, FUNDADOR DA COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA, JOAQUIM BENITE

Com o desaparecimento de Joaquim Benite, no passado dia 5 de dezembro, a cultura, em Portugal, vê desaparecer um dos seus mais importantes construtores.
Cedo dedicou a sua inteligência e trabalho às artes e à cultura, passando por uma breve experiência como ator, ainda com 17 anos, trabalhando depois como jornalista.
Homem da cultura e da arte, ele foi também um ativista político desde os tempos do fascismo, integrando, em 1969, a Comissão Política da Comissão Democrática Eleitoral (CDE) e participando e escrevendo sobre o II Congresso da Oposição Democrática, realizado, nesse mesmo ano, em Aveiro. Escreveu para jornais, inclusive como crítico de teatro, numa carreira iniciada no Diário de Lisboa Juvenil, dirigido por Mário Castrim, e prosseguida em vários outros jornais, entre eles O Diário, no qual foi responsável pelo Suplemento Cultural, tendo sido ainda chefe de redação de O Diário e O Século.
Na história do teatro português, o percurso de Joaquim Benite ficará não apenas como referência incontornável, mas também como marca inconfundível e de dimensão singular.
Quem fizer a história do nosso teatro, terá que se deter inevitavelmente, com paragem obrigatória, nessa figura maior da cultura portuguesa, nesse homem de teatro carregado de talento, de alma lutadora e de sensibilidade; terá que se deter, no nascimento do Grupo de Campolide, em 1970, no impacto por ele causado, desde logo, no seu primeiro espetáculo e nas sementes de futuro que aí foram lançadas por uma equipa na qual Joaquim Benite contava com a relevante participação de Virgílio Martinho, seu companheiro de armas de muitos anos; terá que se deter na atividade da Companhia de Teatro de Almada, a partir de 1978 e até à instalação no magnífico Teatro Azul, e na revolução por ela gerada em matéria de criação de um novo público feito de gente que ali nasceu a amar o teatro e que passou a inscrever o teatro na sua agenda de prioridades.
Trata-se de um percurso no qual ocupa posição de destaque a criação dessa notável realização que é o Festival de Teatro de Almada, o maior realizado no nosso País e um dos mais importantes à escala da Europa — um festival que, apresentando autores dos mais consagrados à escala nacional e internacional, é igualmente um espaço aberto aos novos criadores.
Ao longo de 40 anos de carreira, encenou textos de Shakespeare, Molière, Brecht, Lorca, Bulgakov, Pushkin, Camus, Adamov, Gogol, Beckett, Albee, O’Neill, Bernard, Neruda, Sinisterra, Duras, Marivaux,

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