O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 57

2

VOTO N.O 201/XII (3.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO AUTARCA E PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE

FREGUESIAS, JOAQUIM, JOAQUIM CÂNDIDO LEITE MOREIRA

Foi com profundo pesar e consternação que a Assembleia da República tomou conhecimento do

falecimento, no passado dia 27 de junho, de Joaquim Cândido Leite Moreira, autarca e Presidente da

Associação Nacional de Freguesias.

Nascido em 17 de julho de 1954, em Amarante, Joaquim Cândido Leite Moreira era professor de Artes

Visuais naquele município, tendo aperfeiçoado os seus conhecimentos com um Mestrado em Ciências da

Educação.

Cândido Moreira, o homem bom que foi sempre um exemplo de dedicação aos outros e à coisa comum,

estava há mais de 30 anos ligado ao poder local democrático, tendo integrado, em sucessivos mandatos, os

órgãos sociais da Associação Nacional de Freguesias, a cuja direção vinha presidindo desde fevereiro de

2014, e para a qual foi eleito com 94% dos votos, depois de 13 anos como Vice-Presidente.

O cidadão Cândido Moreira nunca foi capaz de despir a sua condição de autarca, causa a que se dedicou

sempre com enorme empenho, afirmando a sua convicção de que os eleitos locais são líderes ‘(...) que, de

cada grão de ambição e liberdade, fazem uma seara de progresso; e que, de um simples gesto ou de uma

pequena decisão, fazem brotar a emoção na centelha de vida que palpita’. Porque, ‘(...) enquanto cidadãos

entre a comunidade, podem combater e vencer a dificuldade e a adversidade’.

Cândido Moreira era um humanista e um homem íntegro, frontal e leal na sua relação com os outros, facto

sempre assinalado pelos seus pares, em todo o espetro político-partidário.

Com a sua morte, depois da luta admirável que empreendeu contra uma doença que não pôde vencer,

perde-se uma das vozes mais intransigentes em defesa da afirmação da autonomia do poder local, deixando a

freguesia de Padronelo, o município de Amarante e o País mais pobres.

O seu nome fica indelevelmente ligado à luta das freguesias por maior autonomia e prestígio, por um poder

local mais próximo das populações e dos seus anseios, por uma maior dinamização e participação cívica dos

cidadãos, e pelo reforço do papel das freguesias como verdadeiros agentes de coesão social.

A vida de Joaquim Cândido Moreira, como cidadão e político, dá razão a Teixeira de Pascoaes quando

escreveu sobre o político que ‘é preciso que ele encarne o sonho popular e lhe dê concreta realidade’.

A Assembleia da República, reunida em Sessão Plenária, manifesta o seu pesar pela morte de Joaquim

Cândido Leite Moreira, expressando a sua consternação à freguesia de Padronelo, ao município de Amarante,

à Associação Nacional de Autarcas Socialistas e à Associação Nacional de Freguesias, e envia sentidas

condolências à sua família.

Palácio de São Bento, 2 de julho de 2014.

Os Deputados do PS, António José Seguro — Alberto Martins — António Braga — Fernando Jesus —

Miguel Laranjeiro — Mota Andrade — Pedro Farmhouse — Luís Pita Ameixa — Ramos Preto — José

Junqueiro — Maria de Belém Roseira — Eurídice Pereira — Eduardo Cabrita — Eduardo Cabrita — António

Gameiro — Ana Paula Vitorino — Nuno André Figueiredo — Jorge Fão — Idália Salvador Serrão.

———

Páginas Relacionadas
Página 0003:
12 DE JULHO DE 2014 3 VOTO N.O 202/XII (3.ª) DE PESAR PELO FALECIMENT
Pág.Página 3