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22 DE MAIO DE 2015

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Contudo, sentimo-nos perante a necessidade de um maior e melhor esclarecimento sobre as características

desta patologia e a elevada incapacidade que provoca nos seus portadores.

Isto, atendendo a que nenhuma informação será demasiada para quem está a tentar alterar a Legislação

vigente, para que, de uma vez por todas, seja feita Justiça perante o elevado sofrimento de que estes doentes

são vítimas.

Não tivemos disponibilidade para responder criteriosamente às questões que nos foram colocadas.

Assim,

1. – Levantamento de doentes calculados no país:

Atendendo ao elevado número ainda numa conhecida "via sacra", de médico para médico antes da obtenção

de um diagnóstico correto e à existência de doentes mal diagnosticados por desconhecimento clínico, assim

como ao aumento assustadoramente crescente de crianças e jovens declaradamente afetados por causas

genéticas, possibilidade já comprovada a nível mundial, calcula-se que o número destes doentes atinja neste

momento mais de 4% da população ativa, com um agravamento notório nos últimos anos.

2. – Diagnóstico:

A fibromialgia é uma patologia de diagnóstico fácil desde que a classe médica esteja devidamente informada

sobre a mesma. Começando por exames de exclusão, que por norma nem sempre são conclusivos, passa-se

para o exame totalmente seguro e identificativo desta doença - palpação dos 18 Pontos Gatilho, localizados em

sítios devidamente identificados pela Organização Mundial de Saúde. Além deste exame o diagnóstico poderá

ser confirmado através de uma ressonância magnética durante o sono, na qual estes doentes quase sempre

demonstram uma alteração no ciclo REM, nas fases alfa 3 e alfa 4, nas quais é encontrado um permanente

trabalho e ausência de repouso do sono, fase essa indispensável para a existência de um sono reparador,

ausente nestes doentes. O acordar é extremamente difícil, com a sensação de ter passado um "tractor" por cima

do corpo, principalmente quando a estes doentes é exigido um acordar precoce, em que a eficiência da

medicação é cortada a meio da sua devida e necessária eficácia.

Nota: Para estes doentes, bastaria a possibilidade de um acordar sem pressão e através de um total efeito

da medicação previamente tomada, para que a qualidade da funcionalidade para esse dia fosse positivamente

alterada.

3. – Os médicos estão familiarizados?

Lamentavelmente e essencialmente por uma questão de comodismo, existe um elevado número de clínicos

que se recusam a aceitar o acompanhamento destes doentes, não só devido ao desconhecimento da patologia,

mas também pelo trabalho que os mesmos provocam atendendo á complexidade da mesma. Esta situação

provoca uma grave falta de acompanhamento clínico, provocando nos mesmos uma constante procura, muitas

vezes sem resultado, atendendo a que a maior parte não possui capacidade económica para serem

acompanhados através da medicina privada, onde aí sim, são entendidos e acompanhados. Desta dificuldade

resulta uma deficiente e grave alteração de diverso receituário, que diverge de médico para médico e nem

sempre com resultados positivos para os doentes, os quais possuem uma patologia em que cada caso é uma

caso diferente, exigindo fármacos distintos.

4. – Há alguma especialidade direcionada para os Doentes Fibromiálgicos?

Não! Estes doentes deveriam começar a ser acompanhados pelos seus médicos de família, situação inviável

na maior parte dos casos devido à pouca disponibilidade de tempo que têm os mesmos para cada doente.

Estes, nem sequer estão a cumprir a tabela dos Cinco Sinais Vitais exigidos por Lei, onde a Dor foi já inserida.

Além destes clínicos, devem e podem seguir estes Doentes os reumatologistas, neurologistas, psiquiatras,

fisiatras e clínicos de medicina interna. Todas estas especialidades possuem características de avaliação para

estes doentes, que demonstram uma concentração de diversas patologias.

5. – Juntas Médicas:

Após ser colocada em prática a criação das Juntas Médicas prometidas no Ministério da Saúde, a APDF

pretende que as mesmas possam avaliar os Doentes Fibromiálgicos através da Tabela Nacional de

Incapacidade e Funcionalidade da Saúde. Atendendo à elevada e permanente incapacidade destes doentes

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