O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 48

6

VOTO N.º 286/XII (4.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO GALHORDAS

Faleceu no passado dia 13 de maio, com 83 anos, António Galhordas. Médico, destacada figura da oposição

democrática à ditadura fascista e profissional de méritos reconhecidos, foi um homem corajoso e determinado

que empenhou a sua vida na luta por uma sociedade mais justa.

Em 1953, integrou a lista progressista que venceu as eleições para a Direção da Associação de Estudantes

da Faculdade de Medicina de Lisboa, facto que teve como consequência o encerramento da sede da Associação

pela PIDE. Em 1957, desempenhou um importante papel na luta do movimento que levou à feitura do Relatório

sobre as Carreiras Médicas, tendo integrado, até ao 25 de Abril de 1974, os órgãos dirigentes da Ordem dos

Médicos.

António Galhordas teve uma intensa participação política durante o fascismo, foi um importante ativista da

CDE, desempenhando nesse quadro uma corajosa e qualificada intervenção na luta pela liberdade e pela

democracia.

Após o 25 de Abril, António Galhordas foi Secretário de Estado da Saúde do15.º Governo Provisório, membro

da Comissão Política do MDP e Deputado na Assembleia da República. Foi eleito na Assembleia Municipal de

Portel e seu Presidente durante vários mandatos. Foi também dirigente da Voz do Operário.

Participou nas coligações eleitorais FEPU, APU e CDU, tendo aderido ao PCP em 2001.

A Assembleia da República, reunida em plenário em 22 de maio de 2015, expressa à família de António

Galhordas sentidas condolências.

Assembleia da República, 22 de maio de 2015.

Os Deputados do PCP, João Oliveira — António Filipe — Paula Santos — Lurdes Ribeiro — Jerónimo de

Sousa — João Ramos — Miguel Tiago — Bruno Dias — Diana Ferreira — Carla Cruz (PCP).

———

VOTO N.º 287/XII (4.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ELZA MARIA PIRES CHAMBEL

Foi com profundo pesar e consternação que a Assembleia da República tomou conhecimento do falecimento,

no passado dia 19 de maio, de Elza Maria Pires Chambel, presidente do Conselho Nacional para a Promoção

do Voluntariado.

Nascida em 10 de fevereiro de 1936 no Rio de Janeiro, Elza Maria Pires Chambel passou a sua infância em

Trás-os-Montes, fixando-se mais tarde em Santarém, onde viria a casar e a ver crescer a sua família.

Licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

É com admiração que os seus colegas de curso recordam Elza Chambel como uma colega sempre

preocupada com as pessoas, com os mais fracos, com os mais débeis, com os mais desprotegidos, com quem

repartiu tempos de estudo e de lazer durante os anos que passou em Coimbra, fazendo voluntariado nos bairros

periféricos, resolvendo problemas, procurando soluções.

Foi também em Coimbra, no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra, que, de acordo com as

suas palavras, despertou para o exercício da cidadania e teve uma boa escola de democracia.

Iniciou a sua atividade profissional como conservadora notária. Passou por Aljezur e por Barrancos até se

fixar em Santarém, onde desempenhou funções de notária, de dirigente da Caixa de Previdência e Abono de

Família do distrito de Santarém e, posteriormente, de diretora distrital da segurança social de Santarém.

Elza Chambel tinha sempre uma história para contar sobre cada lugar por onde passara, marcada pelo

altruísmo e pela audácia.

Militante do Partido Socialista desde 1974, Elza Chambel foi a primeira presidente da Junta de Freguesia de

São Salvador eleita democraticamente e integrou a Assembleia Municipal de Santarém. Foi também Comissária

Páginas Relacionadas