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3 DE JULHO DE 2015

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Era um homem íntegro, frontal, generoso e sempre disponível para ajudar e para trabalhar em prol da

comunidade, que com a sua morte prematura perdeu um dos seus melhores e mais dinâmicos cidadãos.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, evoca a memória de João Luís Inês Vaz e apresenta à sua

família as mais sentidas condolências

Palácio de S. Bento, 3 de julho de 2015.

Os Deputados do PS, Ferro Rodrigues — Acácio Pinto — Alberto Costa — Filipe Neto Brandão — Luís Pita

Ameixa — Sandra Pontedeira — Hortense Martins — Miranda Calha — Ana Paula Vitorino — Fernando

Serrasqueiro — Vitalino Canas — Isabel Oneto — Alberto Martins — Laurentino Dias — Glória Araújo — Jorge

Lacão — Agostinho Santa — Miguel Laranjeiro — Rui Paulo Figueiredo — Maria de Belém Roseira — Nuno Sá

— Sónia Fertuzinhos — Sandra Cardoso — Celeste Correia — Elza Pais — Rosa Maria Bastos Albernaz —

Paulo Pisco — José Magalhães — Ivo Oliveira — António Cardoso.

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VOTO N.º 299/XII (4.ª)

DE SOLIDARIEDADE COM O POVO GREGO

A União Europeia esteve contra todos os referendos que pôde. O referendo ao Tratado de Maastricht, à

moeda única, à constituição europeia. Essa aversão à vontade dos povos trouxe-nos a uma crise sem

precedentes na Europa. Para a resolver, é preciso convocar a democracia. Foi o que fez Alexis Tsipras, Primeiro-

Ministro da Grécia, numa decisão histórica para a Europa. Quando a austeridade mata e a democracia morre, a

Grécia resiste e lança um apelo que é europeu e mundial, contra a ditadura dos mercados e o golpismo das

instituições financeiras.

Está em curso uma dose nunca vista de manipulação e atemorização da população, não apenas na Grécia

mas em toda a Europa, contra o governo grego. A chantagem da finança é hoje mais clara que nunca. O FMI,

instituição não democrática e não europeia, assumiu um protagonismo inédito nas negociações europeias,

impedindo, com a cumplicidade da Comissão Europeia e o apoio implícito da aliança entre Partido Popular

Europeu e Partido Socialista Europeu, um acordo que responda às necessidades da população grega. O BCE

fez escalar a chantagem contra o povo grego, afirmando que a liquidez à banca poderia ser cortada a qualquer

momento e obrigando assim o Banco Nacional da Grécia a recomendar o encerramento dos bancos.

Perante a chantagem, o Governo grego manteve a decisão democrática do referendo. Pela primeira vez, um

governo europeu coloca a democracia no centro da decisão e rejeita o empobrecimento sem fim do seu povo.

O caminho pode ter aspetos difíceis, certamente. Mas essas são as primeiras dores do nascimento de uma

Europa nova, a partir do arco da solidariedade entre os povos. Só a solidariedade e a democracia podem

responder à crise, resgatar a Europa da ditadura financeira e afirmar a dignidade dos povos.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa a sua solidariedade com o povo grego e

manifesta o seu repúdio às pressões indevidas que tentam condicionar a escolha livre e democrática do povo.

Palácio de S. Bento, 3 de julho de 2015.

Os Deputados do BE, Pedro Filipe Soares — Catarina Martins — Mariana Mortágua — Cecília Honório —

Luís Fazenda — Helena Pinto — José Moura Soeiro — Mariana Aiveca.

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II SÉRIE-B — NÚMERO 57 2 VOTO N.º 291/XII (4.ª) DE SOLIDARIEDA
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