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8 DE JANEIRO DE 2016

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o qual chegou a ser designado vice-presidente.

Assim, a Assembleia da República presta homenagem a Fernando Gomes Ka pelo trabalho desenvolvido

em prol dos direitos dos imigrantes e de todos os cidadãos, sem discriminações, aprovando um voto de pesar

pelo seu falecimento e expressando os seus sentimentos à sua família e à Associação Aguinenso, de que foi

fundador e dirigente máximo.

Assembleia da República, 7 de janeiro de 2016.

Os Deputados do PS: Carlos César — Carla Tavares — Idália Salvador Serrão.

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VOTO N.º 24/XIII (1.ª)

DE PESAR PELA MORTE DAS ATIVISTAS DO MOVIMENTO CURDO SÊVÊ DEMIR, PAKIZE NAYIR E

FATMA UYAR

Três feministas e ativistas do movimento curdo foram assassinadas, na noite do dia 5 de janeiro, em Silopi,

por forças de segurança do regime de Erdogan na sequência de raids de segurança a pretexto da luta contra o

terrorismo.

Sêvê Semir, de 41 anos, membro do Partido Democrático das Regiões (BDP), ativista dos direitos do povo

curdo, feminista e organizadora do lançamento da Caravana Feminista no Curdistão no âmbito da 4.ª Ação

Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, morreu na sequência de um raid de segurança levado a cabo

pelas forças do regime turco.

Mulher de ‘M’ gigante, que nunca desistiu de lutar contra a opressão do povo curdo e pela defesa da liberdade

e dos direitos das mulheres, esteve, em consequência da entrega abnegada a estas causas, presa durante 15

anos. Sobreviveu a uma greve de fome de 68 dias contra o regime turco, mas nunca desistiu. A sua força e

determinação revelou-se, infelizmente, uma ameaça demasiado importante para as forças opressoras contra as

quais dedicou a sua vida.

Com ela morreram mais duas ativistas do movimento curdo, Pakize Nayir, Vice-Presidente da Assembleia

Popular de Silopi, e Fatma Uyar, membro da União de Libertação das Mulheres.

Feministas que dedicaram a sua vida à luta por um outro mundo, por uma sociedade feminista, laica e

democrática onde os povos possam ser livres e soberanos.

A morte destas três mulheres, que mais não fizeram do que lutar pelos legítimos direitos civis do seu povo e

pela emancipação das mulheres, não se coaduna com um acaso e revelam a brutalidade das autoridades turcas

contra o povo curdo.

As atitudes por parte do governo de Erdogan, de desrespeito pelas liberdades cívicas, pelos direitos

humanos, não podem passar sem qualquer referência, tanto pela sua brutalidade, como pela repetição das

mesmas. Não é mais possível continuar a não tomar posição sobre o regime turco. Devemos pugnar pela

rejeição de utilização do argumento do terrorismo para facilitar e legitimar ataques às populações.

A perda destas mulheres deixa, assim, o movimento feminista mais pobre e o mundo mais cinzento.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, em 8 de janeiro de 2016, expressa o seu mais

profundo pesar por este triste acontecimento, presta homenagem às vítimas, suas famílias e ao povo curdo e

repudia todos os atentados contra a liberdade e os direitos humanos, na Turquia como em qualquer outro país

do mundo.

Assembleia da República, 7 de janeiro de 2016.

Os Deputados do BE: Sandra Cunha — Pedro Filipe Soares — Jorge Costa — Mariana Mortágua — Pedro

Soares — Carlos Matias — Heitor de Sousa — Isabel Pires — João Vasconcelos — Domicilia Costa — Jorge

Campos — Jorge Falcato Simões — José Moura Soeiro — Joana Mortágua — José Manuel Pureza — Luís

Monteiro — Moisés Ferreira — Paulino Ascenção — Catarina Martins.

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