O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

29 DE NOVEMBRO DE 2017

3

Às famílias e amigos das vítimas mortais os Deputados à Assembleia da República manifestam o seu mais

sentido pesar e a sua mais profunda solidariedade.

Palácio de São Bento, 27 de novembro de 2017.

Autores: Eduardo Ferro Rodrigues (PAR) — Santinho Pacheco (PS) — Joaquim Barreto (PS) — Susana

Amador (PS) — Edite Estrela (PS) — José Manuel Carpinteira (PS) — Maria Augusta Santos (PS) — Wanda

Guimarães (PS) — Norberto Patinho (PS) — Palmira Maciel (PS) — Rui Riso (PS) — Lúcia Araújo Silva (PS) —

Maria da Luz Rosinha (PS) — Francisco Rocha (PS) — Maria Antónia de Almeida Santos (PS) — Alexandre

Quintanilha (PS) — Maria Germana Rocha (PSD) — Joana Lima (PS) — Ricardo Bexiga (PS) — Ana Passos

(PS).

_______

VOTO N.º 432/XIII (3.ª)

DE HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DAS CHEIAS DE 1967

Há 50 anos, na madrugada de 24 para 25 de novembro de 1967, registou-se na região de Lisboa um nível

de precipitação anormalmente intenso e concentrado que levou à morte de mais de 700 pessoas e ao

desalojamento de mais de 1000 pessoas, bem como à submersão de centenas de habitações e infraestruturas.

Ainda hoje permanecem dúvidas quanto ao verdadeiro número de vítimas, dada a política ativa de censura

levada a cabo pela ditadura.

Os prejuízos foram estimados, à época, em mais de 3 milhões de dólares.

A gravidade das consequências humanas e materiais desta madrugada particularmente chuvosa deixou bem

a nu o défice de política de habitação, ambiente e ordenamento do território, que só a democracia viria a

desenvolver. Entre as causas mais estruturais da tragédia estão a impermeabilização excessiva dos solos,

consequência da recente urbanização dos arredores da capital, a destruição do coberto vegetal em zonas de

infiltração e o subdimensionamento de sistemas de drenagem.

Este trágico acontecimento, só superado pelo terramoto de 1755 ou pelo aluvião da Madeira de 1803,

despertou consciências e trouxe para a intervenção cívica e política uma nova geração inconformada com as

condições económicas e sociais em que viviam tantos cidadãos nas periferias de Lisboa. Essa geração, muito

apoiada pelo associativismo estudantil, esteve, aliás, na linha da frente do movimento de solidariedade que, no

terreno, prestou um precioso auxílio às populações atingidas.

Assim, 50 anos depois, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, homenageia a memória de

todos os que perderam a vida naquela catástrofe, recordando as responsabilidades e omissões da ditadura,

bem como a generosidade de todos os cidadãos que disseram ‘presente’ numa hora tão difícil.

Palácio de São Bento, 20 de outubro de 2017.

Autores: Eduardo Ferro Rodrigues (PAR) — Maria da Luz Rosinha (PS) — Susana Amador (PS) — Edite

Estrela (PS) — Maria Augusta Santos (PS) — Wanda Guimarães (PS) — Joaquim Barreto (PS) — Palmira

Maciel (PS) — Rui Riso (PS) — Hortense Martins (PS) — Francisco Rocha (PS) — Lúcia Araújo Silva (PS) —

Alexandre Quintanilha (PS) — Maria Germana Rocha (PSD) — Norberto Patinho (PS) — Joana Lima (PS) —

Sofia Araújo (PS) — Santinho Pacheco (PS) — José Manuel Carpinteira (PS) — Ricardo Bexiga (PS) — Carla

Tavares (PS) — Ana Passos (PS).

_______

Páginas Relacionadas
Página 0005:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 5 Assembleia da República, 24 de novembro de 2017.
Pág.Página 5
Página 0006:
II SÉRIE-B — NÚMERO 11 6 Também passou pela televisão e pela rádio, o
Pág.Página 6