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II SÉRIE-B — NÚMERO 26

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VOTO N.º 478/XIII (3.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ESMOND BRADLEY-MARTIN, UMA REFERÊNCIA NA

PROTEÇÃO DA VIDA SELVAGEM E NA LUTA CONTRA O TRÁFICO DE MARFIM

Esmond Bradley-Martin faleceu dia 4 de fevereiro, vítima de homicídio, levantando-se a suspeita se terá sido

nas mãos daqueles que detêm o poder contra o qual ele há tanto tempo lutava. Geógrafo, dedicou a sua vida à

conservação da natureza, sendo considerado uma referência mundial nesta matéria e foi um dos investigadores

mais ativos e envolvidos no tema da caça ilegal de animais selvagens e, mais especificamente, no tráfico ilegal

de marfim e chifres de rinoceronte.

Antes dos seus primeiros relatórios pouco se conhecia sobre as quantidades de chifres e presas em

circulação nos mercados negros. A sua investigação possibilitou o conhecimento sobre o percurso das presas

e contribuiu decisivamente para que a China viesse a proibir o comércio interno de chifres de rinoceronte na

década de 90 e, mais recentemente, tornasse ilegal todo o comércio de marfim.

Foi também Esmond quem revelou pela primeira vez, na década de 1970, o número estimado de chifres e

presas que por aqueles anos eram livre e violentamente arrancados aos cadáveres de elefantes e rinocerontes

africanos, sobretudo no Quénia, para onde se mudou nessa década, mas também desde então em Angola,

Moçambique, Nigéria, Sudão e Egito.

Segundo Simon Denyer, jornalista do “Washington Post, referindo-se a Esmond:

“Atirou uma corda de salvação aos elefantes africanos e fez renascer uma nova esperança na batalha para

acabar com a caça furtiva de dezenas de milhares de animais todos os anos por causa das presas.” Após o seu

falecimento, esta esperança foi abalada.

É, pois, com profunda tristeza que a Assembleia da República, reunida em Sessão Plenária, se associa às

organizações ambientalistas e à comunidade científica na homenagem e no reconhecimento colectivo da vida e

do trabalho de Esmond Bradley-Martin, lamentando o seu falecimento e a enorme perda para todos nós.

São Bento, 8 de fevereiro de 2018.

Autor: André Silva (PAN).

Outros subscritores: Vitalino Canas (PS) — Santinho Pacheco (PS) — Marisabel Moutela (PS) — Carla

Sousa (PS) — Lúcia Araújo Silva (PS) — João Gouveia (PS).

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VOTO N.º 479/XIII (3.ª)

DE PESAR PELA MORTE DE SANTIAGO EBBE ELA E A GRANDE DETERIORAÇÃO DA SITUAÇÃO

DOS DIREITOS HUMANOS NA GUINÉ EQUATORIAL

Os atropelos do Governo da Guiné Equatorial aos direitos humanos têm sido denunciados por várias

organizações internacionais e já mereceram o repúdio da Assembleia da República. Contudo, acontecimentos

recentes não podem ficar sem resposta.

O crescendo de violência teve o ponto mais brutal na morte de Santiago Ebbe Ela, militante do partido de

oposição Cidadãos para a Inovação, numa esquadra em Malabo, capital da Guiné Equatorial. Refere Andres

Esono Ondo, secretário-geral do também partido de oposição Convergência para a Democracia Social na Guiné

Equatorial, que Ebbe Ela morreu devido a atos de tortura, e que há fotografias que o comprovam.

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