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II SÉRIE-B — NÚMERO 49

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VOTO N.º 555/XIII (3.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO LOJA NEVES

António Loja Neves faleceu no passado dia 27 de maio, aos 65 anos. Foi jornalista, escritor, realizador,

ativista cultural, opositor à ditadura, ao colonialismo e à discriminação.

António Loja Neves passou parte da juventude em Cabo Verde e sempre seguiu de perto a literatura e a

música daquele país. Regressado a Portugal, estudou medicina e envolveu-se na luta contra a ditadura e a

guerra colonial, bem como nas atividades de agitação cultural.

Trocou a medicina pelo cinema e, em 1978, foi fundador da Federação de Cineclubes. Foi coorganizador

do Panorama – Mostra do Documentário Português e dos Encontros de Cinema Documental da Malaposta.

Foi diretor de programação do Kanema, Festival dos Cinemas Africanos e comissário em encontros de cinema

lusófono, do Brasil a Moçambique e a Cabo Verde, da Irlanda à Finlândia.

Licenciado em Realização pela Escola Superior de Teatro e Cinema, foi dirigente da Associação

Portuguesa de Realizadores e diretor da revista Cinearma. Realizou os documentários Ínsula e O Silêncio,

escreveu poesia e, em 2001, ganhou o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro

Barcos, Íntimas Marcas. Recentemente, lançou o livro Arménia: Povo e Identidade, com a sua companheira,

Margarida Neves Pereira.

Jornalista do Expresso há mais de 30 anos, Loja Neves foi fundador da associação SOS Racismo.

Recentemente, colaborou na preparação de um programa de debates escolares sobre o racismo e a

xenofobia. Foi militante do PCTP/MRPP, fundador do Bloco de Esquerda e fundador do LIVRE.

Com o seu falecimento, Portugal perde uma referência do jornalismo e das artes, mas também da

solidariedade como prática cívica e política.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, assinala o falecimento de António Loja Neves,

transmitindo à sua família e amigos a sua profunda tristeza e o mais sentido pesar.

Assembleia da República, 29 de maio de 2018.

Os Deputados do BE: José Manuel Pureza — Pedro Filipe Soares — Jorge Costa — Mariana Mortágua —

Pedro Soares — Isabel Pires — José Moura Soeiro — Heitor de Sousa — Sandra Cunha — João Vasconcelos

— Maria Manuel Rola — Jorge Campos — Jorge Falcato Simões — Carlos Matias — Joana Mortágua — Luís

Monteiro — Moisés Ferreira — Ernesto Ferraz — Catarina Martins.

————

VOTO N.º 556/XIII (3.ª)

DE LOUVOR PELA VITÓRIA DO ATLETA TOMÁS AMARAL NO CAMPEONATO DO MUNDO DE

GINÁSTICA AERÓBICA, NA CATEGORIA DE JUVENIS

A 27 de maio de 2018, o jovem açoriano Tomás Amaral sagrou-se vencedor da competição mundial por

grupos de idade de ginástica aeróbica, na categoria individual masculino, no escalão juvenil, realizada em

Guimarães.

Tomás Amaral foi o primeiro classificado, com um total de 19 650 pontos, tendo partilhado o pódio com o

atleta russo Damir Manafov e o romeno Leonard Manta.

O jovem açoriano subiu ao lugar mais alto do pódio neste campeonato do mundo, fruto da dedicação,

aprendizagem e treino, após uma coreografia de difícil execução e que revelam a felicidade, o gosto e o

talento que o seu percurso desportivo encerra.

Tomás Amaral, de 12 anos de idade, é praticante da modalidade desde os oito anos, sendo um exemplo,

bem como um motivo de orgulho para todos os portugueses.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República saúda e felicita o atleta Tomás Amaral,

reconhecendo a dimensão do seu feito e o seu contributo para a elevação do desporto português, bem como a

sua treinadora, Alexandra Barroso, o Clube de Atividades Gímnicas de Ponta Delgada e a Federação de

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