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II SÉRIE-B — NÚMERO 6

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VOTO N.º 637/XIII/4.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MANUEL FERREIRA JERÓNIMO

Manuel Ferreira Jerónimo nasceu em Lisboa, a 4 de novembro de 1929. Aos 13 anos de idade começou a

trabalhar numa serração. Aos 15 anos o pai levou-o para a Pica dos Navios, onde passou a aprendiz, depois a

operário e finalmente a operário chefe da construção naval, tendo desenvolvido uma longa vida profissional na

Lisnave.

Cedo se entregou à causa dos trabalhadores, inclusivamente enfrentando a polícia de choque do Estado

Novo nas duras lutas laborais em finais da década de 60 do século XX. Em 1969, era membro da Comissão

de Trabalhadores da Lisnave. Perseguido pela PIDE/DGS, destacou-se enquanto figura do movimento

operário português e intransigente militante antifascista.

Militante socialista de primeira hora, amigo e colaborador próximo de Mário Soares, desempenhou várias

funções no Partido Socialista depois do 25 de Abril de 1974.

Fundador da UGT em 1978 esteve sempre ligado à ação e história desta central sindical, tendo durante

diversos anos coordenado o departamento dos idosos da UGT, a nível nacional e internacional.

Em 1986, foi fundador do Movimento Democrático dos Reformados e Pensionistas, fundando

seguidamente, em 1989, a Associação Nacional de Aposentados Pensionistas e Reformados, uma IPSS que

defende os mais desfavorecidos, da qual foi presidente da direção.

Foi Deputado à Assembleia da República na VII legislatura, onde a sua atividade ficou marcada sobretudo

pela defesa dos direitos dos reformados e pensionistas portugueses.

Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República expressa o seu profundo pesar pelo falecimento

do antigo Deputado Manuel Ferreira Jerónimo, enderençando à sua família, ao Partido Socialista e à UGT as

mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 17 de outubro de 2018.

Os Deputados do PS: Pedro Delgado Alves — Diogo Leão — Santinho Pacheco — Wanda Guimarães —

António Sales — Lúcia Araújo Silva — João Marques — João Azevedo Castro — João Gouveia — Luís Graça

— Francisco Rocha — Vitalino Canas — Ricardo Bexiga — Susana Amador — Carla Tavares — Carla Sousa

— Carlos César.

Outros subscritores: Sandra Pereira (PSD).

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VOTO N.º 638/XIII/4.ª

DE SAUDAÇÃO EM MEMÓRIA DA TRIPULAÇÃO DO NRP AUGUSTO DE CASTILHO E DO SEU

COMANDANTE CARVALHO ARAÚJO

Passou a 14 de outubro deste ano o centenário da morte de José Botelho de Carvalho Araújo (1881-1918).

Carvalho Araújo, oficial da Armada, comandante do NRP Augusto de Castilho (o antigo arrastão de pesca

Elite, requisitado pela Marinha Portuguesa em junho de 1916 e adaptado a caça-minas), entrou na história

pátria ao defrontar, no mar dos Açores, o submarino alemão U-139, que patrulhava aquela zona do Atlântico

com a missão de afundar todo e qualquer navio hostil.

A missão confiada a Carvalho Araújo era a de escoltar o paquete San Miguel, que navegava entre o

Funchal e Ponta Delgada com mais de 200 pessoas a bordo. Na iminência do ataque do submarino ao

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