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23 DE MARÇO DE 2019

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VOTO N.º 786/XIII/4.ª

DE PESAR PELA MORTE DE AUGUSTO JOSÉ DE MATOS SOBRAL CID

Augusto José de Matos Sobral Cid, cartoonista, caricaturista, ilustrador, escultor e publicitário português

morreu dia 14 de março, aos 78 anos, vítima de doença prolongada.

Augusto Cid, como era mais conhecido, nasceu no Faial em 1941, mas a sua açorianidade é acidental, já

que a sua mãe acompanhava, por altura do seu nascimento, o seu marido, tenente de artilharia, destacado na

Horta.

Realizou os estudos secundários no Colégio Infante de Sagres e no Colégio Moderno, em Lisboa, mas

termina o ensino secundário nos Estados Unidos da América e, de regresso a Portugal, frequenta o curso de

Escultura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Antes disso combateu no Leste de Angola.

Tentou vários empregos antes de, na sequência do 25 de Abril, se tornar muito popular graças aos seus

cartoons. Primeiro no «Povo Livre», órgão oficial do então PPD, Partido no qual se filiara e para o qual desenhou

o símbolo original das três setas, e mais tarde em jornais como O Diabo, Semanário e O Independente.

O seu estilo de cartoon era provocador, e motivou alguma polémica tendo alguns dos seus livros sido

apreendidos judicialmente.

Publicou, ilustrou e colaborou em mais de quatro dezenas de livros publicados, tendo vencido o Grande

Prémio do Porto Cartoon. Um catálogo das suas obras foi editado na exposição Cid, o Cavaleiro do Cartoon.

A 9 de junho de 1994 foi agraciado como Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Dedicado investigador sobre a tragédia de Camarate, colaborou e participou nos trabalhos das comissões

parlamentares de inquérito, como representante dos familiares das vítimas.

Em setembro de 2012 anuncia o fim da atividade de cartoonista, para se dedicar, em exclusivo à de escultor.

Porém, retoma no final de 2015 o cartoonismo no semanário Sol, com um espaço intitulado «Sombra Sol», com

diversas analogias à arte tauromáquica.

À família enlutada a Assembleia da República apresenta as suas sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 20 de março de 2019.

Os autores: Fernando Negrão (PSD) — Rubina Berardo (PSD) — Berta Cabral (PSD) — Clara Marques

Mendes (PSD) — Emília Cerqueira (PSD) — Laura Monteiro Magalhães (PSD) — Maria das Mercês Borges

(PSD) — Maria Germana Rocha (PSD) — António Ventura (PSD) — Maria Manuela Tender (PSD) — Susana

Lamas (PSD) — Carlos Páscoa Gonçalves (PSD) — António Costa Silva (PSD) — Nilza de Sena (PSD) —

Assunção Cristas (CDS-PP) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — Telmo Correia (CDS-PP) — Hélder Amaral (CDS-

PP) — Álvaro Castello-Branco (CDS-PP) — Ana Rita Bessa (CDS-PP) — António Carlos Monteiro (CDS-PP) —

Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP) — Ilda Araújo Novo (CDS-PP) — Isabel Galriça Neto (CDS-PP) — João

Gonçalves Pereira (CDS-PP) — João Pinho de Almeida (CDS-PP) — João Rebelo (CDS-PP) — José Carlos

Barros (PSD) — Margarida Mano (PSD) — Maurício Marques (PSD) — Carlos Alberto Gonçalves (PSD) — Sara

Madruga da Costa (PSD) — Fernando Virgílio Macedo (PSD) — Paulo Neves (PSD) — Cristóvão Crespo (PSD)

— Sandra Pereira (PSD) — Carlos Silva (PSD) — Inês Domingos (PSD) — Regina Bastos (PSD) — Pedro

Pimpão (PSD) — Pedro Alves (PSD) — Pedro Roque (PSD) — Carla Barros (PSD) — Fátima Ramos (PSD) —

Margarida Balseiro Lopes (PSD) — Patrícia Fonseca (CDS-PP) — Pedro Mota Soares (CDS-PP) — Teresa

Caeiro (CDS-PP) — Vânia Dias da Silva (CDS-PP) — Pedro Pimpão (PSD).

Outros subscritores: Santinho Pacheco (PS) — Cristina Jesus (PS) — António Cardoso (PS).

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