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II SÉRIE-B — NÚMERO 43

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VOTO N.º 811/XIII/4.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ONDINA MARIA FARIAS VELOSO

No dia 12 de abril de 2019, morreu Ondina Maria Farias Veloso, cantora e compositora nascida a 18 de

junho de 1956, em Carregal do Sal, que adotou o nome Dina como nome artístico.

Ficará seguramente na memória dos portugueses o seu Amor d’Água Fresca, a canção que compôs e que

nos representou no Festival Eurovisão da Canção em 1992. Mas seria uma enorme injustiça reduzir o talento e

a carreira de Dina a essa icónica canção, como se aí tivesse começado e acabado a expressão autêntica,

genuína e em muitos casos precursora de Dina.

O seu primeiro álbum, Dinamite, lançado em 1982 depois do sucesso Há Sempre Música Entre Nós e da

sua estreia no Festival RTP da Canção em 1980, é hoje celebrado pela nova geração da música portuguesa

como um dos mais inovadores discos dos anos 80: um álbum que esperou várias décadas para ser celebrado

e reconhecido, e que projeta o talento de Dina muito para além das canções que, com alegria e doçura, levou

aos festivais da canção em que participou.

Ao longo dos seus mais de 30 anos de carreira, com vários discos em seu nome e muitas outras

composições para outros artistas, Dina caracterizou-se pela seriedade, pela discrição, pela espontaneidade e

pela coragem, não se mascarando ou procurando passar por quem não era ou cantando estilos que não o

seu. Nos anos 90 musicou e interpretou o hino do CDS – Para a voz de Portugal ser maior (com letra de Rosa

Lobato Faria) – e da Juventude Popular.

Num Portugal diferente do de hoje, a coragem de Dina, que se assumia como uma humanista, multiplica a

admiração que lhe é devida.

No encerramento da sua carreira, a nova geração da música portuguesa, representada por nomes como

Ana Bacalhau, B Fachada, Best Youth, Márcia e Samuel Úria, prestou-lhe merecido tributo, num concerto que

se transformou em festa, e numa festa que se transformou em homenagem e agradecimento, compensando

de alguma forma a injustíssima indiferença com que por vezes foi recebida.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, apresenta sentidas condolências à família e amigos de

Dina.

Palácio de São Bento, 16 de abril de 2019.

Os Deputados do CDS-PP: Nuno Magalhães — Assunção Cristas — Cecília Meireles — Hélder Amaral —

Telmo Correia — João Pinho de Almeida — Ana Rita Bessa — António Carlos Monteiro — Álvaro Castello-

Branco — Filipe Anacoreta Correia — Ilda Araújo Novo — Isabel Galriça Neto — João Rebelo — Teresa

Caeiro — Vânia Dias da Silva — Pedro Mota Soares — João Gonçalves Pereira — Patrícia Fonseca.

Outros subscritores: Nilza de Sena (PSD) — João Gouveia (PS) — Luís Pedro Pimentel (PSD) — Carlos

Alberto Gonçalves (PSD) — José Carlos Barros (PSD) — Edite Estrela (PS).

———

VOTO N.º 812/XIII/4.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MARIA ALBERTA MENÉRES

Faleceu esta semana, aos 88 anos, a professora e escritora Maria Alberta Menéres, uma das percursoras

da literatura infantil e juvenil em Portugal.

Nascida em Vila Nova de Gaia, em 25 de agosto de 1930, licenciou-se em Ciências Histórico-filosóficas

pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo lecionado mais tarde no ensino técnico,

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