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22 DE NOVEMBRO DE 2019

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com o Prêmio à Excelência Musical de 2019.

José Cid, nome artístico de José Albano Salter Cid Ferreira Tavares, que nasceu na Chamusca, a 4 de

fevereiro de 1942, não é só umas das principais referências da música portuguesa, reconhecida

nacionalmente, como é, igualmente, reconhecido internacionalmente.

Conforme a própria Academia Latina da Gravação refere no sítio de Internet «José Cid adaptou sem

esforço a influência da música popular anglo ao estilo original do pop-rock português. Em 1956, (…) Os Babies

marcou um momento de ‘antes e depois’ para o pop-rock em Portugal. O (…) Quarteto 1111, criou as bases

do rock português, com (…) lançamentos inovadores, como o enorme sucesso de 1967 ‘A Lenda De El-Rei D.

Sebastião’. (…) como artista solo, em 1978 lançou 10 000 Anos Depois Entre Vénus e Marte, considerado

uma obra prima do rock progressivo. Ao atingir um novo estágio de maturidade musical nos anos 1980, Cid

transformou seu songbook (…) das raízes de Portugal no maravilhoso Fado de Sempre. Com dezenas de

sucessos, ele continua a ser uma grande atração em concertos em Portugal, lançando novas músicas (…).»

Acresce também as diversas participações no Festival RTP da Canção, destacando-se a vitória em 1980

com a canção Um grande, grande amor, uma das participações nacionais mais votada no Festival da

Eurovisão.

Assim, o Parlamento não pode ficar indiferente a este prémio recebido por José Cid, que homenageia uma

carreira de décadas e reconfirma o seu reconhecimento internacional.

Pelo exposto a Assembleia da República decide:

1 – Congratular José Cid pelo Grammy recebido no passado dia 13 de novembro;

2 – Louvar o cantor pela sua carreira de mais de meio século de sucessos e de marcas ímpares para a

história da música portuguesa;

Assembleia da República, 19 de novembro de 2019.

Os Deputados do CDS-PP: Cecília Meireles — Telmo Correia — Assunção Cristas — Ana Rita Bessa —

João Pinho de Almeida.

———

VOTO N.º 44/XIV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOSÉ MÁRIO BRANCO

Foi com profunda tristeza que as Deputadas e os Deputados à Assembleia da República tomaram

conhecimento do falecimento de José Mário Branco, nome maior da música e da arte portuguesas.

A Assembleia da República presta hoje homenagem ao artista, cantor e compositor, que foi também um

lutador político antifascista e combatente contra as opressões e as desigualdades.

As reações à notícia da sua morte, dos mais variados quadrantes da sociedade portuguesa, atestam o

merecido destaque que alcançou na cultura portuguesa. «Genial» e «generoso» são dois adjetivos que ficam

associados a José Mário Branco.

José Mário Branco é um dos maiores nomes da canção portuguesa, num percurso que começou muito

antes do 25 de Abril e que durou até aos dias de hoje. E que durará, na verdade, enquanto tivermos memória.

Como autor, deixa álbuns incontornáveis como Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades (1971),

Margem de Certa Maneira (1973) ou FMI (1982). Foi uma figura ímpar da música de intervenção, da canção

de abril, cruzando vários géneros musicais, do cancioneiro popular à música clássica, passando pelo rock, o

jazz ou a música francesa.

Músico muito para lá do rótulo da «canção de intervenção», trabalhou com gente de todas as gerações,

compôs, produziu, apoiou, ensinou e influenciou gente de tantas proveniências musicais. A intervenção

artística de José Mário Branco não se ficou pela música, tendo também dedicado à sua mestria ao cinema e

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