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22 DE FEVEREIRO DE 2020

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– Mineiros;

– Pescadores;

– Desportistas profissionais;

– Bailarinos Profissionais.

Assim, e tendo em conta o contexto laboral profissional, solicita-se a atribuição deste mesmo estatuto e

respetivo subsídio com base nos seguintes argumentos que concluem que nos enfermeiros também o stress e

as condições de trabalho adversas estão presentes:

 Pressão e stress

Somos uma profissão que obriga a um elevado nível de foco e concentração e a lidar diariamente com uma

elevada responsabilidade, a responsabilidade de lidar com vidas humanas… o stress de lidar com a doença, o

nascimento, o envelhecimento e a própria morte! A pressão de trabalhar em contexto de emergência, urgência,

cuidados intensivos, bloco operatório… onde a linha que separa a vida da morte muitas vezes não existe e o

stress torna-se brutal! Mas é também no contexto dos cuidados de saúde primários, onde a prevenção e a

atuação têm que ser uma constante que os enfermeiros se sentem pressionados a dar o seu melhor… os

cuidados continuados e os internamentos hospitalares são ainda valências onde se lida diariamente com a

morte… em suma…

Os enfermeiros trabalham sem dúvida alguma em stress… e a pressão e o cansaço aumentam os riscos de

erro na medicação e limitam a própria prestação de cuidados (ver

http://www.ipv.pt/millenium/millenium28/18.htm).

 Desgaste emocional ou físico

Desenvolvemos atividades cujas condições de trabalho são precárias e cuja remuneração pode e deve ser

atualmente considerada baixa, podendo induzir-se assim um forte desgaste emocional. Somos uma profissão

de grau de complexidade 3, mas presentemente o ordenado mínimo já é superior a metade do nosso vencimento

mensal! Temos um horário de trabalho preenchido, trabalhando sob forma de turnos, diurnos e noturnos com

consequências além de emocionais, também elas físicas. Está comprovado desde 2016 que um em cada cinco

enfermeiros se sentem em exaustão emocional! (vide https://www.dn.pt/sociedade/um-em-cada-cinco-

enfermeiros-sente-se-em-exaustao-emocional-5499660.html).

 Condições de trabalho

Trabalhamos em condições de trabalho adversas: trabalhamos por turnos, trabalhamos muitas vezes de noite

para dormir de seguida de dia, sem padrão de sono regular. Muitas das vezes somos poucos… o absentismo

aumentou exponencialmente na profissão (ver https://observador.pt/2018/04/26/taxa-de-absentismo-de-

enfermeiros-atinge-valor-historico-e-elevadissimo/) e com ele a necessidade de seguir turno fazendo se muitas

vezes turnos consecutivos de 16 horas aumentando a carga horária e a insatisfação profissional…

 Violência

Sabe-se ainda que os enfermeiros são os profissionais mais agredidos no setor da saúde

(https://www.dn.pt/edicao-do-dia/07-jan-2020/quatro-por-dia-numero-de-agressoes-a-profissionais-de-saude-

dispara-11676527.html), bem como 60,2% já foram agredidos fisicamente e 95,6% verbalmente no seu local de

trabalho (https://observador.pt/opiniao/agressoes-a-enfermeiros-a-realidade-e-bem-mais-negra/).

Por tudo o exposto anteriormente, solicitamos que à profissão de enfermeiro seja atribuído o estatuto oficial

de profissão de desgaste rápido e consequente subsídio de risco em Portugal.

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