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22 DE FEVEREIRO DE 2020

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PROJETO DE VOTO N.º 183/XIV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DO ATOR E ENCENADOR TOZÉ MARTINHO

Foi com enorme pesar que a Assembleia da República recebeu a notícia da morte prematura de António

José Bastos de Oliveira Martinho, mais conhecido por Tozé Martinho.

A trágica informação chegou de surpresa e abalou todos os que, ao longo das décadas, acompanharam o

seu trabalho.

Nome maior do guionismo televisivo em Portugal, Tozé Martinho escreveu três das quatro telenovelas

portuguesas mais vistas de sempre, tendo também participado em tantas outras produções.

O ator e guionista marcou uma era na produção de conteúdo fictício em Portugal e, como o próprio admitiu,

decidiu fazê-lo para fazer frente às telenovelas brasileiras que dominavam o mercado português, tendo

alcançado a sua missão com enorme sucesso.

Tozé Martinho morreu no dia 16 de fevereiro, aos 72 anos, mas o seu trabalho permanecerá para sempre

vivo no imaginário dos portugueses. A imaginação incrível, a tenacidade e a entrega com que desenvolveu todos

os seus projetos merecem uma sentida consagração da importância da sua carreira para a cultura em Portugal.

Reunida em Plenário, a Assembleia da República presta a sua homenagem à memória de Tozé Martinho,

endereçando o seu sentido pesar à família e amigos.

Palácio de São Bento, 17 de fevereiro de 2020.

O Deputado do CH, André Ventura.

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PROJETO DE VOTO N.º 184/XIV/1.ª

DE CONDENAÇÃO PELA DEMORA NO PAGAMENTO DAS INDEMNIZAÇÕES DEVIDAS AOS

FERIDOS NOS INCÊNDIOS DE 2017

Mais de dois anos depois dos grandes incêndios de 2017, ficámos a saber, que há quatro vítimas que ainda

esperam pelas respetivas indemnizações, o bombeiro Rui Rosinha que, sublinhe-se, sacrificou a sua integridade

física para, em conjunto com outros colegas – um dos quais morreu –, salvar uma família. Quatro adultos e uma

criança sobreviveram ao inferno das chamas graças ao sacrifício destes bombeiros, mas Rui Rosinha ficou com

uma incapacidade de 85%.

Mais de dois anos depois, Vítor Neves aguarda pela indemnização que o poderá ajudar a sobreviver, pois

ficou com 65% do corpo queimado e com 1,5 centímetros de dedos numa mão e um centímetro na outra.

O que seria destas pessoas, que aguardam as indemnizações, se não fossem familiares e amigos que os

ajudam a ter, pelo menos, comida na mesa?

Os processos de indemnização que estão por concluir envolvem tribunais, seguros e desacordo em relação

a valores. Por outras palavras, o valor do dinheiro está a sobrepor-se ao valor da vida humana, ao valor da vida

destas pessoas que tiveram a infelicidade de vivenciar um dos momentos mais trágicos da história de Portugal.

Estas pessoas, que convivem todos os dias com as consequências do fatídico verão de 2017, estão

incapazes de trabalhar, já realizaram dezenas de intervenções cirúrgicas e, alguns, precisam de ainda mais.

Estas pessoas, que convivem diariamente com as consequências dos incêndios de 2017 cuja

responsabilidade está por apurar e cuja culpa – esperemos que não – acabará, como diz o povo, por morrer

solteira (porque é assim que acontece em Portugal), viram a sua vida interrompida de uma forma trágica que

nos é impossível sequer imaginar.

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