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II SÉRIE-B — NÚMERO 32

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PROJETO DE VOTO N.º 205/XIV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE PEDRO BARROSO

Foi com consternação que as Deputadas e os Deputados à Assembleia da República tomaram

conhecimento do falecimento, no passado dia 16 de março, de Pedro Barroso, um dos nomes mais

importantes da música popular portuguesa.

António Pedro da Silva Chora Barroso nasceu em Lisboa, a 28 de novembro de 1950. Formado em

Educação Física pelo Instituto Nacional de Educação Física (1973) e professor da disciplina durante duas

décadas, Pedro Barroso destacou-se sobretudo como autor, músico e intérprete.

A sua longa carreira artística inicia-se aos 15 anos, na Emissora Nacional, ao lado de Odette de Saint-

Maurice, com quem faz teatro radiofónico. Em 1969, estreia-se no programa da RTP Zip-Zip, após o que lança

o seu primeiro EP, Trova-dor, em 1970, influenciado pela canção francesa.

De então para cá, foram quase trinta os singles e álbuns (de originais e coletâneas) de que foi autor e

intérprete, e em que colaboraram nomes como Maria Guinot, Tozé Brito, Nicolau Breyner, António Macedo ou

José Jorge Letria, muitos deles alcançando grande sucesso, não sem percalços: em 2009, quando completou

40 anos de carreira, afirmava numa entrevista ter tido, durante o Estado Novo, letras cortadas, canções

proibidas e, até, o disco mais celeremente apreendido em Portugal.

Uma das últimas atuações de Pedro Barroso deu-se em setembro de 2019, na Gala do Centenário do

Clube de Futebol Os Belenenses, clube de que era sócio inveterado e autor de um dos seus hinos.

Pedro Barroso deixa também uma marca na literatura, tendo publicado vários títulos de poesia e ficção, e

na pintura, assinando vasta obra como Pedro Chora.

Fiel aos valores que o caracterizavam, participou ativamente na Sociedade Portuguesa de Autores e no

Sindicato dos Músicos, integrando os respetivos corpos sociais e neles defendendo, de forma intransigente, os

direitos dos autores, de que é prova o Manifesto sobre o Estado da Música Portuguesa, de que foi um dos

principais promotores, em 2002.

No momento do seu desaparecimento, a Assembleia da República presta homenagem ao autor, músico e

intérprete, que foi também, pela canção e pela palavra, um combatente antifascista.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de Pedro

Barroso, endereçando aos seus familiares e amigos as mais sinceras condolências.

Palácio de São Bento, 2 de abril de 2020.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

Outros subscritores: Santinho Pacheco (PS) — Hugo Costa (PS) — Francisco Rocha (PS) — José Manuel

Carpinteira (PS) — Pedro do Carmo (PS) — Ana Maria Silva (PS).

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PROJETO DE VOTO N.º 206/XIV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOÃO GOMES

João Gomes faleceu aos 85 anos no passado dia 24 de março, em Lisboa, depois de hospitalizado com

doença crónica. Nascido em Lisboa em 1934, casado, com dois filhos, foi um dos fundadores do Partido

Socialista, foi Deputado à Assembleia Constituinte, em 1975, e Deputado à Assembleia da República, pelo

círculo de Lisboa, nas legislaturas seguintes, até 1985. Integrou, ainda, o II Governo Constitucional de Mário

Soares, enquanto Secretário de Estado da Comunicação Social.

Foi o primeiro jornalista português a obter uma licenciatura em jornalismo na prestigiada Escola Superior de

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