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4 DE ABRIL DE 2020

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Jornalismo de Lille, França, em 1966. Exerceu as funções de Diretor do «Diário de Notícias» e do «Portugal

Hoje», tendo ainda participado na revista «Flama», no jornal «República», na «Luta», no «Diário de Lisboa» e

no «Correio do Minho». Integrou os corpos gerentes do Sindicato Nacional dos Jornalistas no final dos anos

60, numa lista afeta à oposição democrática, defensora da liberdade de informação e contrária ao regime de

censura. Presidiu então ao Conselho Técnico e de Disciplina (atual Conselho Deontológico).

Militante desde muito jovem da Ação Católica, foi presidente diocesano da Juventude Operária Católica de

Lisboa e, mais tarde, presidente ao nível nacional da estrutura. João Gomes participou na Revolta da Sé, em

1959, ato que o levou a estar preso, nas cadeias de Aljube e Caxias. Mais tarde, foi julgado e absolvido pelo

Tribunal Militar de Santa Clara. Voltou a ser preso pela PIDE a propósito da constituição da PRAGMA –

Cooperativa de Difusão Cultural e Ação Comunitária, SCRC. De 1972 a 1974 foi presidente da Liga Operária

Católica (LOC), organismo que representou na Junta Central da Ação Católica Portuguesa. Já em democracia,

fundou e dirigiu até à sua extinção a revista «Actos – Cristãos na Sociedade Nova». Mais tarde, em 1996, foi

um dos fundadores do Fórum Abel Varzim – Desenvolvimento e Solidariedade.

Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia, entre 1983 e 1986 e presidente da Caixa de Previdência do

Pessoal das Companhias Reunidas Gás e Eletricidade (EDP), entre 1986 e 2000.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pelo falecimento de João

Gomes, presta homenagem ao cidadão exemplar, Deputado constituinte e antigo parlamentar e apresenta

sentidas condolências aos seus familiares e aos seus amigos.

Palácio de São Bento, 2 de abril de 2020.

Os Deputados do PS: Ana Catarina Mendonça Mendes — Pedro Cegonho — Hugo Costa — Francisco

Rocha — José Manuel Carpinteira — Pedro do Carmo — Ana Maria Silva — Francisco Pereira Oliveira —

Isabel Oneto — Joana Sá Pereira — Cláudia Santos — Bruno Aragão.

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PROJETO DE VOTO N.º 207/XIV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MÉCIA DE SENA

Faleceu no passado dia 28 de março, em Los Angeles, Estados Unidos da América, Mécia de Sena, figura

insigne das letras portuguesas, mulher de coragem e de limpidez, que se fez um exemplo pátrio.

Maria Mécia de Freitas Lopes nasceu em Leça da Palmeira, a 16 de março de 1920. Nascida de uma

família com fortes raízes culturais, formou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Lisboa.

Professora do ensino secundário, casou a 12 de março de 1949 com Jorge de Sena. Forçados ao exílio pela

ditadura salazarista, refizeram as suas vidas no Brasil e nos Estados Unidos da América, sem nunca perder a

ligação a Portugal.

Mulher ímpar, não teve vida fácil. A defesa da liberdade, a independência de espírito, a ética cívica, foram

sempre faróis que a moveram na defesa insubmissa da liberdade e da dignidade do próximo. Nunca a Pátria

esqueceu tão ilustres Filhos.

Escritora de mérito, a Mécia de Sena devemos também a preservação e defesa indelével do legado de

Jorge de Sena.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte de Mécia de

Sena, prestando homenagem à Mulher de Cultura e à Cidadã exemplar e endereçando aos seus familiares e

amigos as mais sinceras condolências.

Palácio de São Bento, 2 de abril de 2020.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

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